segunda-feira, janeiro 31, 2005
Mercado_1
Com estes ficaram, com estes acabarão.
O mercado de transferências fechou e os plantéis não mexem mais até final da época. Houve quem se reforçasse muito e mal, houve quem o fizesse pouco e bem. O tempo o dirá, mas aqui ficam algumas luzes do que realmente aconteceu:
Os 3 grandes mexeram e remexeram mas não parece que tenham suprido as verdadeiras carências da equipa. O Porto limitou-se a emagrecer o plantel (cedências dos pouco utilizados Hugo Almeida, Hugo Leal e César Peixoto) e a trocar de jogadores com as mesmas características: Carlos Alberto por Leo Lima, Derlei por Cláudio Pittbull e Hugo Leal por Leandro do Bonfim. Também chegaram Leandro numa altura em que Nuno Valente regressa de lesão e Ibson que já tinha sido referenciado pelo Benfica. Fernandez não melhorou a qualidade do grupo, eliminou "gorduras" desnecessárias mas não definiu se quer um 4*4*2 ou um 4*3*3. E numa equipa pouco mecanizada, o sistema não se encontra definido é meio caminho andado para se "andar aos papéis" nalguns jogos. Ao mesmo tempo que contratava Ibson e Leandro do Bonfim, Pinto da Costa rescindia com Fernandez. Péssimo acto de gestão, senão vejamos: as compras de Leandro, Leo Lima e Claudio Pittbull foram todas avalizadas pelo técnico espanhol. Uma derrota infeliz com o Braga (não pondo em causa a justiça no resultado, este foi conseguido com um golo fora de jogo e um de ressalto sortudo) e o técnico arrumou as malas. Resta saber qual a opção dos investid...digo, de Pinto da Costa. Estranha a opção de trocar portugueses por brasileiros. É que já são 7 no plantel!
O Benfica teve uns 15 reforços apalavrados: Maxi Lopez, Robinho, Ibson e até Pandiani. Muita parra e pouca uva (culpa de quem?). Fez como o Porto: trocou jogadores para a mesma posição: Saíram Argel, Zahovic e Sokota, chegaram André Luíz, Nuno Assis e...Delibasic. Contando ainda com Mantorras que voltou à competição, tem-se um plantel com as mesmas lacunas, apenas com a melhoria da velocidade e repentismo de Nuno Assis e a capacidade concretizadora (?) de Delibasic. Uma melhoria significativa mas penso que insuficiente. Roger ficou fora das contas e não entrará no plantel.
Já o Sporting foi buscar Mota e libertou Tinga, Danny e Paulo Sérgio (estes dois desnecessários neste sistema). Aumentou a concorrência na frente também com o regresso de Niculae e Sá Pinto e perdeu velocidade nas alas (pouco utilizada). O seu maior problema é a falta de velocidade no meio campo, João Moutinho (outra meia-aquisição) pode ser a solução e laterais pouco interventivos no jogo.
Dos 3 grandes, apenas o Benfica reforçou-se em algo que não tinha.
Das equipas que têm estado na meta de de cima da tabela, Braga, Rio Ave e Setúbal não se reforçaram, sinal de plantel equilibrado e/ou orçamento curto ou bem planeado.
O Boavista abdicou de Frechaut e foi buscar Hugo Almeida que pode dar muito jeito na frente de ataque, visto que Flores tem sido uma desilusão e Fary ainda não jogou devido a lesão. O Marítimo perdeu Leo Lima mas contratou Lobaton e Marcinho para a mesma posição. Não sofreu grandes alterações.
Das equipas que mais se reforçaram, o Beira Mar foi a que melhor o fez: Rui Óscar, Ricardo Silva, Ali, Ahamada e Jorge Silva mais o treinador Luís Campos. Dispensou os indiscipliados Zeman e Pablo Rodriguez, restando saber se haverá tempo para Luís Campos formar um 11 competitivo e capaz de fugir à despromoção. Também na luta para a permanência houve reforços das outras equipas: o Moreirense contratou Eriverton, Nei e Delfim enquanto que a Académica foi buscar Andrade, Hugo Leal, Roberto Brum, Beaud e Kennedy. O desafio de Nelo Vingada é idêntico ao de Luís Campos.
A meio da tabela o Belenenses tapou lacunas existentes com Paulo Sérgio para a ala, Catanha para a frente e Rui Ferreira para fechar a zona central, reforços importantes para o reequilibrio do plantel. Já o Gil Vicente promoveu pequenas alterações dispensando Jorge Ribeiro e Rui Baião e vendendo Julio César. Chegaram Ezequias e Carlos Carneiro. O Leiria contratou Ferreira para colmatar a lacuna finalizadora existente enquanto que perdeu Vargas para o Estoril que também se reforçou junto ao Benfica com Yannick e Amorerinha. A saída de N'Doye para o Penafiel era de esperar. Penafiel que reforçou a defesa com 2 desconhecidos (Vazas e Berville), lacuna grave que possuía. Por fim, o Nacional reforçou-se com Alonso, Wendell (bom jogador) e Marchand para o meio campo e João Carlos Pereira para o banco e o Guimarães perdeu Nuno Assis e Carlos Carneiro mas ganhou velocidade nas alas com César Peixoto e contratou Diogo, um avançado brasileiro que jogava na...Suécia.
Contas feitas, parece que Porto mexeu demais, Sporting não mexeu porque está bem, Benfica mexeu aquilo que pôde. Para a Europa, Braga, Boavista e Marítimo aparecem como os principais favoritos sendo que Rio Ave, Setúbal e até Belenenses, Leiria ou Guimarães (estes três últimos mais dificilmente) podem fazer uma gracinha. Depois, uma quebra na tabela e Nacional e Gil Vicente aparecem como os mais prováveis para fugir à despromoção. Ficam 5 candidatos para 3 vagas. Penafiel e Estoril ainda não estiveram abaixo da linha de água, mas poderão não aguentar o ritmo que Académica, Beira Mar e Moreirense irão introduzir com as suas novidades. Penso que Moreirense, Estoril e Beira Mar ou Académica (o que mais dificuldades tiver em formar uma equipa o mais cedo possível) não irão aguentar-se na I Liga.
Quanto ao campeão, até Braga e Boavista já parecem estar na corrida tal é a constante perda de pontos dos 3 grandes.
O mercado de transferências fechou e os plantéis não mexem mais até final da época. Houve quem se reforçasse muito e mal, houve quem o fizesse pouco e bem. O tempo o dirá, mas aqui ficam algumas luzes do que realmente aconteceu:
Os 3 grandes mexeram e remexeram mas não parece que tenham suprido as verdadeiras carências da equipa. O Porto limitou-se a emagrecer o plantel (cedências dos pouco utilizados Hugo Almeida, Hugo Leal e César Peixoto) e a trocar de jogadores com as mesmas características: Carlos Alberto por Leo Lima, Derlei por Cláudio Pittbull e Hugo Leal por Leandro do Bonfim. Também chegaram Leandro numa altura em que Nuno Valente regressa de lesão e Ibson que já tinha sido referenciado pelo Benfica. Fernandez não melhorou a qualidade do grupo, eliminou "gorduras" desnecessárias mas não definiu se quer um 4*4*2 ou um 4*3*3. E numa equipa pouco mecanizada, o sistema não se encontra definido é meio caminho andado para se "andar aos papéis" nalguns jogos. Ao mesmo tempo que contratava Ibson e Leandro do Bonfim, Pinto da Costa rescindia com Fernandez. Péssimo acto de gestão, senão vejamos: as compras de Leandro, Leo Lima e Claudio Pittbull foram todas avalizadas pelo técnico espanhol. Uma derrota infeliz com o Braga (não pondo em causa a justiça no resultado, este foi conseguido com um golo fora de jogo e um de ressalto sortudo) e o técnico arrumou as malas. Resta saber qual a opção dos investid...digo, de Pinto da Costa. Estranha a opção de trocar portugueses por brasileiros. É que já são 7 no plantel!
O Benfica teve uns 15 reforços apalavrados: Maxi Lopez, Robinho, Ibson e até Pandiani. Muita parra e pouca uva (culpa de quem?). Fez como o Porto: trocou jogadores para a mesma posição: Saíram Argel, Zahovic e Sokota, chegaram André Luíz, Nuno Assis e...Delibasic. Contando ainda com Mantorras que voltou à competição, tem-se um plantel com as mesmas lacunas, apenas com a melhoria da velocidade e repentismo de Nuno Assis e a capacidade concretizadora (?) de Delibasic. Uma melhoria significativa mas penso que insuficiente. Roger ficou fora das contas e não entrará no plantel.
Já o Sporting foi buscar Mota e libertou Tinga, Danny e Paulo Sérgio (estes dois desnecessários neste sistema). Aumentou a concorrência na frente também com o regresso de Niculae e Sá Pinto e perdeu velocidade nas alas (pouco utilizada). O seu maior problema é a falta de velocidade no meio campo, João Moutinho (outra meia-aquisição) pode ser a solução e laterais pouco interventivos no jogo.
Dos 3 grandes, apenas o Benfica reforçou-se em algo que não tinha.
Das equipas que têm estado na meta de de cima da tabela, Braga, Rio Ave e Setúbal não se reforçaram, sinal de plantel equilibrado e/ou orçamento curto ou bem planeado.
O Boavista abdicou de Frechaut e foi buscar Hugo Almeida que pode dar muito jeito na frente de ataque, visto que Flores tem sido uma desilusão e Fary ainda não jogou devido a lesão. O Marítimo perdeu Leo Lima mas contratou Lobaton e Marcinho para a mesma posição. Não sofreu grandes alterações.
Das equipas que mais se reforçaram, o Beira Mar foi a que melhor o fez: Rui Óscar, Ricardo Silva, Ali, Ahamada e Jorge Silva mais o treinador Luís Campos. Dispensou os indiscipliados Zeman e Pablo Rodriguez, restando saber se haverá tempo para Luís Campos formar um 11 competitivo e capaz de fugir à despromoção. Também na luta para a permanência houve reforços das outras equipas: o Moreirense contratou Eriverton, Nei e Delfim enquanto que a Académica foi buscar Andrade, Hugo Leal, Roberto Brum, Beaud e Kennedy. O desafio de Nelo Vingada é idêntico ao de Luís Campos.
A meio da tabela o Belenenses tapou lacunas existentes com Paulo Sérgio para a ala, Catanha para a frente e Rui Ferreira para fechar a zona central, reforços importantes para o reequilibrio do plantel. Já o Gil Vicente promoveu pequenas alterações dispensando Jorge Ribeiro e Rui Baião e vendendo Julio César. Chegaram Ezequias e Carlos Carneiro. O Leiria contratou Ferreira para colmatar a lacuna finalizadora existente enquanto que perdeu Vargas para o Estoril que também se reforçou junto ao Benfica com Yannick e Amorerinha. A saída de N'Doye para o Penafiel era de esperar. Penafiel que reforçou a defesa com 2 desconhecidos (Vazas e Berville), lacuna grave que possuía. Por fim, o Nacional reforçou-se com Alonso, Wendell (bom jogador) e Marchand para o meio campo e João Carlos Pereira para o banco e o Guimarães perdeu Nuno Assis e Carlos Carneiro mas ganhou velocidade nas alas com César Peixoto e contratou Diogo, um avançado brasileiro que jogava na...Suécia.
Contas feitas, parece que Porto mexeu demais, Sporting não mexeu porque está bem, Benfica mexeu aquilo que pôde. Para a Europa, Braga, Boavista e Marítimo aparecem como os principais favoritos sendo que Rio Ave, Setúbal e até Belenenses, Leiria ou Guimarães (estes três últimos mais dificilmente) podem fazer uma gracinha. Depois, uma quebra na tabela e Nacional e Gil Vicente aparecem como os mais prováveis para fugir à despromoção. Ficam 5 candidatos para 3 vagas. Penafiel e Estoril ainda não estiveram abaixo da linha de água, mas poderão não aguentar o ritmo que Académica, Beira Mar e Moreirense irão introduzir com as suas novidades. Penso que Moreirense, Estoril e Beira Mar ou Académica (o que mais dificuldades tiver em formar uma equipa o mais cedo possível) não irão aguentar-se na I Liga.
Quanto ao campeão, até Braga e Boavista já parecem estar na corrida tal é a constante perda de pontos dos 3 grandes.
quinta-feira, janeiro 27, 2005
Taça_1
Foi uma festa! Que grande espectáculo de futebol, que grande ambiente que se viveu, que belo (não perfeito) desportivismo entre todos. Fora do campo aconteceu o que eu esperava: sã rivalidade pois tratava-se de um jogo da taça. O amigo "lampião" levava o amigo "lagarto" ao Estádio da Luz. Foi assim comigo: levei o pai e o irmão lagartões e reforçei-me com o meu cunhado. Era um empate 2 a 2, tal como no final dos 90 minutos!
O jogo em si teve de tudo: grandes golos, grandes "frangos", bolas na barra, polémicas de arbitragem, penalties, 19 vezes a bola dentro da baliza, mais de 30 remates, etc. Primeiro levantaram-se os benfiquistas, 15 minutos depois já os sportinguistas se tinham levantado duas outras. O Benfica voltou a reequilibrar e, depois dos momentos únicos vividos por Paíto e Simão, o jogo foi para os penalties onde qualquer um podia ter sido feliz.
Em tantos derbys já vistos, nunca vi nenhum assim. É daqueles jogos que não se esquecem e, apesar dos inúmeros casos que teve, valeu pelo futebol jogado de um lado e de outro. Provaram-se duas coisas: que, também a jogar pontapé para a frente se conseguem criar inúmeras situações de perigo e que dominar o jogo e maravilhar com o seu futebol ofensivo, também abre espaços e lacunas graves cá atrás.
É que o Benfica não jogou mal. O Benfica jogou aquilo que planeou jogar perante uma equipa mais forte no eu conteúdo. É bonito ver a mecanização ofensiva do Sporting, a troca de bola do meio campo para a frente, a técnica de Viana, Barbosa e Rochemback, o repentismo de Liedson. Mas tem um problema: quando ataca fá-lo demasiado balanceado e, uma perda de bola significa contra-ataque perigoso. Falta-lhes matreirice e muita atenção no posicionamento defensivo. O Benfica aplicou o seu futebol com uma nuance: tentou manter a bola no chão sempre que possível. Notou-se falta de hábito nesse capítulo mas enorme vontade e disponibilidade de toda a equipa.
Apesar da eliminação, o Sporting voltou a provar (tal como fez na Choupana) que é uma equipa sem medo. O problema desses dois jogos, onde fez boas partidas, foi que esteve a ganhar nos dois e não venceu e que sofreu 5 golos (+1 prolongamento). Se acertar o aspecto defensivo é o principal candidato ao título.
O Benfica continua a provar lacunas evidentes e terá em Moreira de Cónegos uma boa resposta a dar sobre o seu verdadeiro valor. Se ganhar pode acreditar no título. Se não o fizer, fica cada vez mais longe do seu objectivo. Quanto à taça, apesar de tudo, não me parece que terá facilidades em conseguir vencê-la.
O jogo em si teve de tudo: grandes golos, grandes "frangos", bolas na barra, polémicas de arbitragem, penalties, 19 vezes a bola dentro da baliza, mais de 30 remates, etc. Primeiro levantaram-se os benfiquistas, 15 minutos depois já os sportinguistas se tinham levantado duas outras. O Benfica voltou a reequilibrar e, depois dos momentos únicos vividos por Paíto e Simão, o jogo foi para os penalties onde qualquer um podia ter sido feliz.
Em tantos derbys já vistos, nunca vi nenhum assim. É daqueles jogos que não se esquecem e, apesar dos inúmeros casos que teve, valeu pelo futebol jogado de um lado e de outro. Provaram-se duas coisas: que, também a jogar pontapé para a frente se conseguem criar inúmeras situações de perigo e que dominar o jogo e maravilhar com o seu futebol ofensivo, também abre espaços e lacunas graves cá atrás.
É que o Benfica não jogou mal. O Benfica jogou aquilo que planeou jogar perante uma equipa mais forte no eu conteúdo. É bonito ver a mecanização ofensiva do Sporting, a troca de bola do meio campo para a frente, a técnica de Viana, Barbosa e Rochemback, o repentismo de Liedson. Mas tem um problema: quando ataca fá-lo demasiado balanceado e, uma perda de bola significa contra-ataque perigoso. Falta-lhes matreirice e muita atenção no posicionamento defensivo. O Benfica aplicou o seu futebol com uma nuance: tentou manter a bola no chão sempre que possível. Notou-se falta de hábito nesse capítulo mas enorme vontade e disponibilidade de toda a equipa.
Apesar da eliminação, o Sporting voltou a provar (tal como fez na Choupana) que é uma equipa sem medo. O problema desses dois jogos, onde fez boas partidas, foi que esteve a ganhar nos dois e não venceu e que sofreu 5 golos (+1 prolongamento). Se acertar o aspecto defensivo é o principal candidato ao título.
O Benfica continua a provar lacunas evidentes e terá em Moreira de Cónegos uma boa resposta a dar sobre o seu verdadeiro valor. Se ganhar pode acreditar no título. Se não o fizer, fica cada vez mais longe do seu objectivo. Quanto à taça, apesar de tudo, não me parece que terá facilidades em conseguir vencê-la.
quarta-feira, janeiro 26, 2005
Benfica_6
Quando se fala nos jogadores do Benfica, tem-se muito o hábito de se exagerar (é como em relação ao número verdadeiro de adeptos): ou se é muito bom ou se é muito mau. Ao mínimo deslize, qualquer jogador é "queimado" pelos adeptos, mas se caem nas graças destes, até podem marcar auto-golos que levam palmas na mesma. O que procuro fazer é destacar pontos fortes e fracos de cada um dos jogadores (minimamente relevantes) deste plantel encarnado e tentar encontrar as grandes lacunas da equipa. Vamos a isto:
Moreira - Grande potencial. Tem uma boa margem de progressão e demonstrou nos momentos altos que tem tudo para ser um grande guarda-redes. É alto, forte, joga bem com os pés, é elástico, tem bons reflexos. Ponto fraco? Estabilidade emocional provavelmente.
Quim - É o oposto de Moreira, sejamos francos. Não irá evoluír positivamente em mais nada. Não tem sentido posicional, é baixo e frágil, dá dois passos à frente cada vez que vem lá remate (o que para um baixote como ele, é meio caminho andado para sofrer golo com a bola alta). Apesar disso, é muito elástico. Quanto à sua experiência (factor preferencial para Trappatoni), não é tão vasta quanto possa parecer. O eterno nº2 da Selecção (ou nº3 Mister Scolari?) só não o foi em Braga. A fase de titular na Luz rapidamente passará à história.
Miguel - Ainda me lembro quando lhe reconheci talento quando chegou à Luz. Muito criticado pela falta de motivação demonstrada, foi depois adaptado (não havia mais ninguém) por Chalana a um 3*5*2 e por Camacho a lateral de um 4*4*2. Não tem, por isso, sentido posicional em 2 situações fundamentais: quando a bola está do lado contrário ao seu e quando é necessário manter uma linha defensiva. No 1x1 é muito forte, mas joga demasiado na "queima". Outro pormenor: em jogos grandes desiquilibrou contra o Benfica (Antas dois anos seguidos e Alvalade). É bom jogador, ofensivamente importante, mas não se sabe cuidar nem sabe gerir o esforço: exemplo mais recente , lesionou-se aos 5 minutos com o Beira Mar e jogou até ao fim. O mal já estava feito não era Miguel? É que as noitadas dão-nos cabo dos músculos...
João Pereira - Camacho lançou-o ainda ninguém o conhecia. Menino raçudo e lutador, logo se comentou. Pouco tempo depois a fama (qual???) subiu-lhe à cabeça e começou a disparatar. É um jogador mediano, óptimo de ter no plantel. Camacho soube aproveitá-lo muito bem, mas cedo se fez dele um bom jogador. Com Trappatoni temos uma noção mais exacta do seu real valor.
Luisão - Dos poucos que se viu chegarem à Luz com baixo rendimento e conseguir subir e ser indiscutível (ou terá sido mesmo o único?). É um grande central, apesar das lacunas que tem. É lento no arranque, o jogo de cabeça não é bom se a bola vier muito rápida mas tem bom tempo de salto. É capaz de liderar a defesa e o interesse de grandes clubes europeus não é por acaso.
Ricardo Rocha - Tem as características normais do central português (forte fisicamente, entra muito na "queima" e é bom tecnicamente). A acrescer a isso é rápido, joga bem de cabeça e tem bom sentido posicional. Não é um central perfeito, longe disso mas sabe cumprir. Sofre do mesmo mal que Miguel: bola do lado contrário ao seu é um problema...
Alcides e Amoreirinha - Dois centrais jovens, o brasileiro com melhores condições que o português. Alcides tem pouco espaço de manobra mas já revelou bons pormenores com a bola pelo chão. Amoreirinha revela dificuldades a jogar mas é bom no desarme (apesar de abusar na antecipação com carrinhos, muitos deles em falta).
Fyssas - É um Álvaro para quem se lembra deste. Muitos diziam que Álvaro foi "feito" por Chalana, que jogar ao lado deste era fácil e até Álvaro era capaz de jogar bem. Fyssas é assim mas em relação a toda a equipa. No Panathinaikos foi várias vezes campeão, na Grécia foi campeão do Mundo. Sozinho não o conseguiu, é certo, mas tem um sentido de equipa (fundamental para obter títulos) muito grande. No Benfica, vemos as suas lacunas: falta de velocidade enorme e posicionamento no 1x1, mas é razoável tecnicamente e importante em termos de equipa. Ao contrário de Miguel e Ricardo Rocha, sabe estar do lado oposto da bola. Bom jogador de equipa.
Dos Santos - Complementa Fyssas mas só pode jogar 1. É mais rápido que o grego, sobe melhor, tecnicamente é mais completo mas tem "paragens". É capaz de ser fintado 3 vezes seguidas pelo mesmo jogador e cometer sempre o mesmo erro de posicionamento. O jogo de cabeça é fraco, mas é também um bom jogador para o plantel.
Petit - Se é para lutar, correr, lutar e correr podem contar com ele. É um jogador incansável, que está mais maduro e menos viril. Nunca foi homem de dosear o esforço mas hoje em dia está mais controlado. Bolas paradas é com ele. Centra muito bem, mas se for bola corrida já sente dificuldades em soltar jogo. Por isso, não pode ser um construtor de jogo. Óptimo a fechar espaços cá atrás e a fazer pressão alta.
Manuel Fernandes - É um miudo talentoso. Tem um à vontade pouco usual para um menino da sua idade. Mas esse à vontade traz um problema: dá sempre um toque a mais na bola. É trabalho de semana que necessita de ser desenvolvido. Em breve ultrapassará esse pequeno defeito. Não tem grande físico mas possui enorme força e um grande pulmão. Se souber controlar o ímpeto de reagir a "tudo o que mexe", tornar-se-á um grande jogador. Por agora, é muito importante na equipa (tem mais importância do que aquela que realmente deveria ter) porque não há ninguém que preencha o meio campo como ele.
Paulo Almeida - Não tenho o hábito de "queimar" um jogador à partida. Gosto de dar chances, tal como dei a Luisão e Miguel, por exemplo. Mas Paulo Almeida ainda não demonstrou uma habilidade fora do normal: é lento, fraco no tackle, não se antecipa, é forte mas não tem força, não solta jogo para a frente, os passes para o lado nem puxam para a frente o lateral, etc.
Everson - ...
Geovanni - Ponto nº1: diga onde joga. Ponto nº2: se disser na posição 10 é dispensável pois é incapaz de fazer a diferença ou mudanças de velocidade. O forte pontapé ninguém lho tira mas não chega. Ponto nº3: se disser que é ala, necessita de trabalhar melhor os automatismos com Miguel de modo a dar uma maior liberdade a este que desiquilibra bem mais do que ele. É capaz de estar 5 jogos sem se ver para depois decidir um jogo com uma bomba. Não chega para um homem que já valeu 3,6 milhões de contos...
Simão - O capitão do Benfica deveria ser um homem com outro carisma, outra forma de estar. Antes disso, é bom jogador. Muito bom jogador mas nunca passará daí. Já não tem a rapidez suficiente para encarar um jogador no 1x1. Sempre que vai à linha cruzar (com o pé esquerdo), raramente consegue um passe para golo. Do lado direito não vale mesmo a pena pô-lo: não rasga para o meio nem chega à linha de fundo. A solução passa em deslocá-lo para o meio nas costas do ponta-de-lança. Até porque o "futuro táctico" em Portugal (e não só) acaba com os extremos de raíz. Alheia-se dos jogos grandes como gato escaldado de água fria. Não é capaz de empurrar a equipa para a frente em jogos decisivos. De qualquer forma, o perfume da sua técnica vê-se a espaços no jogo: as bolas paradas ou os passes a desmarcar colegas em corrida destacam-no tecnicamente do resto da equipa.
Carlitos - Outro miudo, com bela finta mas inconsequente, por enquanto. O Benfica não está virado para jogadores como ele: desconhecidos do grande publico e com uma finta que facilmente pode falhar. Terá dificuldades em vingar, dependendo disso a força mental que terá.
Roger - Um caso parecido ao de Carlitos mas com uma diferença: tem carisma e a "torcida" gosta dele. É um Geovanni popular. Tem um forte pontapé, mas a sua função dentro de campo é dispensável: joga no centro, mas não defende nem faz de segundo ponta-de-lança. Agarra muito a bola e tem um "pecado": é jogador de Vitor Santos e, por isso, carta fora do baralho. Mas continua a treinar junto ao grupo como se nada fosse...
Mantorras - Dava saudades de ver aquele drible que encanta qualquer um. Espevita qualquer equipa com a sua emotividade. Não é um matador, mas tem bom remate; não é ponta-de-lança, porque não tem jogo de cabeça nem poder de choque; não é nº10 porque se agarra muito à bola; não é ala, porque só pode fugir para um dos lados. Não tem posição, é certo, mas não deixa de ser importante por tudo aquilo que representa e é capaz de mexer num jogo e numa plateia.
Nuno Gomes - Bom tecnicamente, óptima leitura de jogo, mas...o que são aquelas figuras que faz? Cada salto a uma bola pelo ar dá vontade de perguntar o que está ali a fazer...precisa de ganhar confiança porque todos sabem que é bom jogador. Disso ninguém poderá ter dúvidas mas a questão é que há já muito tempo que não convence ninguém. Estagnou na carreira e dificilmente voltará a encarreirar. Importante ponto de referência na equipa mas esta não deve depender excessivamente da sua presença dentro de campo.
Karadas - Tosco. É tosco, pronto! Os pés parecem tábuas e os braços asas, tantas são as vezes que faz falta enquanto a bola vem no ar. É um lutador tanto ou mais como é falador. Abusa do contacto físico mas essa é a sua grande vantagem. Pode desiquilibrar graças ao seu bom jogo aéreo mas o Benfica faz cruzamentos na linha de fundo? Evoluíu com Trappatoni, é certo, mas continua muito fraquinho. Pode ser muito útil se o jogo do Benfica for de bola corrida até à linha.
Argel, Zahovic e Sokota - todos dispensados em Janeiro. Sim, dispensados. O central foi "queimado" pela torcida. Com razão, é certo. O que ia naquela cabeça para tantas falhas de concentração. Perdeu-se uma voz de líder no balneário, mas a limpeza a este já começou e promete ser suave. Outra voz de comando partiu 6 meses mais cedo que o previsoto. Diga-se de passagem que Zahovic não faz falta ao Benfica durante cerca de 30 jogos. Mas, em jogos grandes, via-se a classe que insistiu em esconder enquanto esteve no Benfica. Sem velocidade, sem disponibilidade física, ficaram (muito poucos) laivos de talento à vista aqui e ali. Lembro-me de 5-6 jogos bons que terá feito pelo Benfica: (Sporting(c) 2-2, Anderlecht(c) 1-0, Inter(f) 3-3, Nacional(c) 2-0 e pouco mais). Foi dispensado tarde de mais, até porque, recorde-se, foi a primeira contratação de peso (fracassada) de Luís Filipe Vieira. Quanto a Sokota, estranha-se o facto de não ter renovado. A solução parecia passar por Maxi Lopez mas o argentino preferiu o Barça. E a dupla Vieira-Veiga ficou a arder. Agora, Nuno Gomes e Karadas + a incógnita Mantorras. Será que o trunfo na manga a apresentar até dia 31 de Janeiro tem a qualidade de Karadas?
André Luíz e Nuno Assis - o central começa do 4º lugar da grelha de partida por isso não entra bem nas contas. O ex-vimaranense vem preencher uma lacuna do plantel: a mobilidade nas costas do ponta-de-lança. Pode ser uma chave importante mas não penso que tenha carisma para isso.
Pontos fundamentais:
- Falta um elo de ligação entre o meio campo e o ataque (Manuel Fernandes e Peti não chegam tão à frente, Roger e Geovanni não vêm tão atrás). Será Nuno Assis a solução?
- A táctica é um problema: o 4*4*2 puro caíu em desuso. Para 2 pontas-de-lança, só com médios ala a jogar por dentro. Com Nuno Assis dará para soltar este e Simão nas costas dos dois homens da frente?
- A equipa é lenta , baixa e fraca fisicamente.
- As soluções ofensivas escasseiam: Karadas não tem quem lhe dê "jogo bom", ou seja, para um 4*4*2 aberto há poucos cruzamentos para a área.
- Dos problemas apresentados, a solução possível passou por Nuno Assis. Aguentará o peso da responsabilidade?
P.S. - Não se pense que este post é colorido de vermelho. Longe disso: é importante saber separar águas. Às vezes, não se vê o reverso da medalha e daí os equívocos Luisão e Roger (só para citar 2 exemplos do actual plantel).
Moreira - Grande potencial. Tem uma boa margem de progressão e demonstrou nos momentos altos que tem tudo para ser um grande guarda-redes. É alto, forte, joga bem com os pés, é elástico, tem bons reflexos. Ponto fraco? Estabilidade emocional provavelmente.
Quim - É o oposto de Moreira, sejamos francos. Não irá evoluír positivamente em mais nada. Não tem sentido posicional, é baixo e frágil, dá dois passos à frente cada vez que vem lá remate (o que para um baixote como ele, é meio caminho andado para sofrer golo com a bola alta). Apesar disso, é muito elástico. Quanto à sua experiência (factor preferencial para Trappatoni), não é tão vasta quanto possa parecer. O eterno nº2 da Selecção (ou nº3 Mister Scolari?) só não o foi em Braga. A fase de titular na Luz rapidamente passará à história.
Miguel - Ainda me lembro quando lhe reconheci talento quando chegou à Luz. Muito criticado pela falta de motivação demonstrada, foi depois adaptado (não havia mais ninguém) por Chalana a um 3*5*2 e por Camacho a lateral de um 4*4*2. Não tem, por isso, sentido posicional em 2 situações fundamentais: quando a bola está do lado contrário ao seu e quando é necessário manter uma linha defensiva. No 1x1 é muito forte, mas joga demasiado na "queima". Outro pormenor: em jogos grandes desiquilibrou contra o Benfica (Antas dois anos seguidos e Alvalade). É bom jogador, ofensivamente importante, mas não se sabe cuidar nem sabe gerir o esforço: exemplo mais recente , lesionou-se aos 5 minutos com o Beira Mar e jogou até ao fim. O mal já estava feito não era Miguel? É que as noitadas dão-nos cabo dos músculos...
João Pereira - Camacho lançou-o ainda ninguém o conhecia. Menino raçudo e lutador, logo se comentou. Pouco tempo depois a fama (qual???) subiu-lhe à cabeça e começou a disparatar. É um jogador mediano, óptimo de ter no plantel. Camacho soube aproveitá-lo muito bem, mas cedo se fez dele um bom jogador. Com Trappatoni temos uma noção mais exacta do seu real valor.
Luisão - Dos poucos que se viu chegarem à Luz com baixo rendimento e conseguir subir e ser indiscutível (ou terá sido mesmo o único?). É um grande central, apesar das lacunas que tem. É lento no arranque, o jogo de cabeça não é bom se a bola vier muito rápida mas tem bom tempo de salto. É capaz de liderar a defesa e o interesse de grandes clubes europeus não é por acaso.
Ricardo Rocha - Tem as características normais do central português (forte fisicamente, entra muito na "queima" e é bom tecnicamente). A acrescer a isso é rápido, joga bem de cabeça e tem bom sentido posicional. Não é um central perfeito, longe disso mas sabe cumprir. Sofre do mesmo mal que Miguel: bola do lado contrário ao seu é um problema...
Alcides e Amoreirinha - Dois centrais jovens, o brasileiro com melhores condições que o português. Alcides tem pouco espaço de manobra mas já revelou bons pormenores com a bola pelo chão. Amoreirinha revela dificuldades a jogar mas é bom no desarme (apesar de abusar na antecipação com carrinhos, muitos deles em falta).
Fyssas - É um Álvaro para quem se lembra deste. Muitos diziam que Álvaro foi "feito" por Chalana, que jogar ao lado deste era fácil e até Álvaro era capaz de jogar bem. Fyssas é assim mas em relação a toda a equipa. No Panathinaikos foi várias vezes campeão, na Grécia foi campeão do Mundo. Sozinho não o conseguiu, é certo, mas tem um sentido de equipa (fundamental para obter títulos) muito grande. No Benfica, vemos as suas lacunas: falta de velocidade enorme e posicionamento no 1x1, mas é razoável tecnicamente e importante em termos de equipa. Ao contrário de Miguel e Ricardo Rocha, sabe estar do lado oposto da bola. Bom jogador de equipa.
Dos Santos - Complementa Fyssas mas só pode jogar 1. É mais rápido que o grego, sobe melhor, tecnicamente é mais completo mas tem "paragens". É capaz de ser fintado 3 vezes seguidas pelo mesmo jogador e cometer sempre o mesmo erro de posicionamento. O jogo de cabeça é fraco, mas é também um bom jogador para o plantel.
Petit - Se é para lutar, correr, lutar e correr podem contar com ele. É um jogador incansável, que está mais maduro e menos viril. Nunca foi homem de dosear o esforço mas hoje em dia está mais controlado. Bolas paradas é com ele. Centra muito bem, mas se for bola corrida já sente dificuldades em soltar jogo. Por isso, não pode ser um construtor de jogo. Óptimo a fechar espaços cá atrás e a fazer pressão alta.
Manuel Fernandes - É um miudo talentoso. Tem um à vontade pouco usual para um menino da sua idade. Mas esse à vontade traz um problema: dá sempre um toque a mais na bola. É trabalho de semana que necessita de ser desenvolvido. Em breve ultrapassará esse pequeno defeito. Não tem grande físico mas possui enorme força e um grande pulmão. Se souber controlar o ímpeto de reagir a "tudo o que mexe", tornar-se-á um grande jogador. Por agora, é muito importante na equipa (tem mais importância do que aquela que realmente deveria ter) porque não há ninguém que preencha o meio campo como ele.
Paulo Almeida - Não tenho o hábito de "queimar" um jogador à partida. Gosto de dar chances, tal como dei a Luisão e Miguel, por exemplo. Mas Paulo Almeida ainda não demonstrou uma habilidade fora do normal: é lento, fraco no tackle, não se antecipa, é forte mas não tem força, não solta jogo para a frente, os passes para o lado nem puxam para a frente o lateral, etc.
Everson - ...
Geovanni - Ponto nº1: diga onde joga. Ponto nº2: se disser na posição 10 é dispensável pois é incapaz de fazer a diferença ou mudanças de velocidade. O forte pontapé ninguém lho tira mas não chega. Ponto nº3: se disser que é ala, necessita de trabalhar melhor os automatismos com Miguel de modo a dar uma maior liberdade a este que desiquilibra bem mais do que ele. É capaz de estar 5 jogos sem se ver para depois decidir um jogo com uma bomba. Não chega para um homem que já valeu 3,6 milhões de contos...
Simão - O capitão do Benfica deveria ser um homem com outro carisma, outra forma de estar. Antes disso, é bom jogador. Muito bom jogador mas nunca passará daí. Já não tem a rapidez suficiente para encarar um jogador no 1x1. Sempre que vai à linha cruzar (com o pé esquerdo), raramente consegue um passe para golo. Do lado direito não vale mesmo a pena pô-lo: não rasga para o meio nem chega à linha de fundo. A solução passa em deslocá-lo para o meio nas costas do ponta-de-lança. Até porque o "futuro táctico" em Portugal (e não só) acaba com os extremos de raíz. Alheia-se dos jogos grandes como gato escaldado de água fria. Não é capaz de empurrar a equipa para a frente em jogos decisivos. De qualquer forma, o perfume da sua técnica vê-se a espaços no jogo: as bolas paradas ou os passes a desmarcar colegas em corrida destacam-no tecnicamente do resto da equipa.
Carlitos - Outro miudo, com bela finta mas inconsequente, por enquanto. O Benfica não está virado para jogadores como ele: desconhecidos do grande publico e com uma finta que facilmente pode falhar. Terá dificuldades em vingar, dependendo disso a força mental que terá.
Roger - Um caso parecido ao de Carlitos mas com uma diferença: tem carisma e a "torcida" gosta dele. É um Geovanni popular. Tem um forte pontapé, mas a sua função dentro de campo é dispensável: joga no centro, mas não defende nem faz de segundo ponta-de-lança. Agarra muito a bola e tem um "pecado": é jogador de Vitor Santos e, por isso, carta fora do baralho. Mas continua a treinar junto ao grupo como se nada fosse...
Mantorras - Dava saudades de ver aquele drible que encanta qualquer um. Espevita qualquer equipa com a sua emotividade. Não é um matador, mas tem bom remate; não é ponta-de-lança, porque não tem jogo de cabeça nem poder de choque; não é nº10 porque se agarra muito à bola; não é ala, porque só pode fugir para um dos lados. Não tem posição, é certo, mas não deixa de ser importante por tudo aquilo que representa e é capaz de mexer num jogo e numa plateia.
Nuno Gomes - Bom tecnicamente, óptima leitura de jogo, mas...o que são aquelas figuras que faz? Cada salto a uma bola pelo ar dá vontade de perguntar o que está ali a fazer...precisa de ganhar confiança porque todos sabem que é bom jogador. Disso ninguém poderá ter dúvidas mas a questão é que há já muito tempo que não convence ninguém. Estagnou na carreira e dificilmente voltará a encarreirar. Importante ponto de referência na equipa mas esta não deve depender excessivamente da sua presença dentro de campo.
Karadas - Tosco. É tosco, pronto! Os pés parecem tábuas e os braços asas, tantas são as vezes que faz falta enquanto a bola vem no ar. É um lutador tanto ou mais como é falador. Abusa do contacto físico mas essa é a sua grande vantagem. Pode desiquilibrar graças ao seu bom jogo aéreo mas o Benfica faz cruzamentos na linha de fundo? Evoluíu com Trappatoni, é certo, mas continua muito fraquinho. Pode ser muito útil se o jogo do Benfica for de bola corrida até à linha.
Argel, Zahovic e Sokota - todos dispensados em Janeiro. Sim, dispensados. O central foi "queimado" pela torcida. Com razão, é certo. O que ia naquela cabeça para tantas falhas de concentração. Perdeu-se uma voz de líder no balneário, mas a limpeza a este já começou e promete ser suave. Outra voz de comando partiu 6 meses mais cedo que o previsoto. Diga-se de passagem que Zahovic não faz falta ao Benfica durante cerca de 30 jogos. Mas, em jogos grandes, via-se a classe que insistiu em esconder enquanto esteve no Benfica. Sem velocidade, sem disponibilidade física, ficaram (muito poucos) laivos de talento à vista aqui e ali. Lembro-me de 5-6 jogos bons que terá feito pelo Benfica: (Sporting(c) 2-2, Anderlecht(c) 1-0, Inter(f) 3-3, Nacional(c) 2-0 e pouco mais). Foi dispensado tarde de mais, até porque, recorde-se, foi a primeira contratação de peso (fracassada) de Luís Filipe Vieira. Quanto a Sokota, estranha-se o facto de não ter renovado. A solução parecia passar por Maxi Lopez mas o argentino preferiu o Barça. E a dupla Vieira-Veiga ficou a arder. Agora, Nuno Gomes e Karadas + a incógnita Mantorras. Será que o trunfo na manga a apresentar até dia 31 de Janeiro tem a qualidade de Karadas?
André Luíz e Nuno Assis - o central começa do 4º lugar da grelha de partida por isso não entra bem nas contas. O ex-vimaranense vem preencher uma lacuna do plantel: a mobilidade nas costas do ponta-de-lança. Pode ser uma chave importante mas não penso que tenha carisma para isso.
Pontos fundamentais:
- Falta um elo de ligação entre o meio campo e o ataque (Manuel Fernandes e Peti não chegam tão à frente, Roger e Geovanni não vêm tão atrás). Será Nuno Assis a solução?
- A táctica é um problema: o 4*4*2 puro caíu em desuso. Para 2 pontas-de-lança, só com médios ala a jogar por dentro. Com Nuno Assis dará para soltar este e Simão nas costas dos dois homens da frente?
- A equipa é lenta , baixa e fraca fisicamente.
- As soluções ofensivas escasseiam: Karadas não tem quem lhe dê "jogo bom", ou seja, para um 4*4*2 aberto há poucos cruzamentos para a área.
- Dos problemas apresentados, a solução possível passou por Nuno Assis. Aguentará o peso da responsabilidade?
P.S. - Não se pense que este post é colorido de vermelho. Longe disso: é importante saber separar águas. Às vezes, não se vê o reverso da medalha e daí os equívocos Luisão e Roger (só para citar 2 exemplos do actual plantel).
terça-feira, janeiro 25, 2005
Humor_14
António Oliveira uma vez disse: "Por cada leão que caír, outro se levantará!".
A postura demonstrada por Luís Filipe Vieira dá vontade de dizer:
"Por cada derrota que apareça, um novo reforço surgirá!"
A postura demonstrada por Luís Filipe Vieira dá vontade de dizer:
"Por cada derrota que apareça, um novo reforço surgirá!"
Superliga_19
O campeonato "começou" de início, mas desta vez o Benfica começou atrás dos seus rivais. A derrota caseira inesperada com o Beira Mar deita muito a perder. Ainda para mais numa semana em que, teoricamente, poderia ganhar pontos, acaba por perder o máximo possível para a corrida ao título. Muito campeonato pela frente mas com semanas destas...Luís Campos esteve bem na estratégia. Fundamental a vitória no embate entre Beto+Paul Murray contra Petit+Paulo Almeida. Muito do sucesso do jogo passou por esta "vitória". O Benfica voltou a não apresentar ideias, como já fez noutros jogos este ano (Restelo e Leiria). Uma vez por mês costuma ser assim...
Quanto ao Sporting e Porto reagiram bem às várias ausências e venceram os seus jogos. Com maior ou menor dificuldade, o caminho para as vitórias foi encontrado e, numa semana decisiva em termos de reforços, fica a ideia que estas duas equipas são as principais candidatas ao título. Grande destaque para Sá Pinto que, depois de muitos meses de penúria, voltou à ribalta ao apontar dois grandes golos. Esperemos que o regresso seja definitivo e que, com ele, volte também Niculae.
No resto da jornada, destaque pela positiva para a vitória fora do Boavista na Choupana e pela negativa para a estreia menos feliz de João Carlos Pereira ao serviço do Nacional. Para hoje prevê-se a vingança no jogo da Taça. O Marítimo continua a baixar de produção e a Académica afunda-se cada vez mais. O Moreirense já leva 3 jogos sem perder.
Equipa da semana: Beira Mar
Jogador da semana: Sá Tanque Pinto Silva
Golo da semana: Sá Pinto (o intencional...ehehehe)
Quanto ao Sporting e Porto reagiram bem às várias ausências e venceram os seus jogos. Com maior ou menor dificuldade, o caminho para as vitórias foi encontrado e, numa semana decisiva em termos de reforços, fica a ideia que estas duas equipas são as principais candidatas ao título. Grande destaque para Sá Pinto que, depois de muitos meses de penúria, voltou à ribalta ao apontar dois grandes golos. Esperemos que o regresso seja definitivo e que, com ele, volte também Niculae.
No resto da jornada, destaque pela positiva para a vitória fora do Boavista na Choupana e pela negativa para a estreia menos feliz de João Carlos Pereira ao serviço do Nacional. Para hoje prevê-se a vingança no jogo da Taça. O Marítimo continua a baixar de produção e a Académica afunda-se cada vez mais. O Moreirense já leva 3 jogos sem perder.
Equipa da semana: Beira Mar
Jogador da semana: Sá Tanque Pinto Silva
Golo da semana: Sá Pinto (o intencional...ehehehe)
domingo, janeiro 23, 2005
Humor_13
Ricardo Costa no flash interview:
"...quando ficámos reduzidos a menos um..."
Grande vitória do Porto! Até com jogadores negativos ganharam o jogo!
"...quando ficámos reduzidos a menos um..."
Grande vitória do Porto! Até com jogadores negativos ganharam o jogo!
Forum_6
As recentes cotoveladas no futebol português fizeram-me pensar numa coisa:
O recurso ao vídeo durante a semana deverá ou não servir para castigar os agressores e/ou os simuladores? Esse castigo deverá ser em casos pontuais (como penso ser agora) ou em todas as situações? Não saírão prejudicados os clubes grandes por terem nos seus jogos mais câmaras a "vigiar" as acções que ocorrem em campo?
O recurso ao vídeo durante a semana deverá ou não servir para castigar os agressores e/ou os simuladores? Esse castigo deverá ser em casos pontuais (como penso ser agora) ou em todas as situações? Não saírão prejudicados os clubes grandes por terem nos seus jogos mais câmaras a "vigiar" as acções que ocorrem em campo?
sábado, janeiro 22, 2005
Calcio_2
Uma luta que era para ser a 3 resume-se a 2: Juventus e Milan. O Inter, apesar de ainda não ter perdido, conta já com 13 empates e Mancini continua a baquear em jogos de segundo plano. Adriano tem sido uma das figuras do campeonato (a par do inevitável Shevchenko), mas não tem chegado para elevar o Inter, vítima da pouca consistência de jogo da sua equipa. Por isso, Capello e Ancelotti continuam a ditar regras e um deles chegará ao fim como vencedor. Tal como em Espanha, aqui a prestação na Liga Milionária ditará posturas: Manchester e Real Madrid serão etapas que, a não serem ultrapassadas, definirão o principal candidato ao título italiano. Quando a balança está tão equilibrada será nos pequenos factores que o título se decidirá: no Juventus-Milan (0-0) viu-se um dos piores jogos da história entre os dois clubes. Dificilmente o campeonato ficará decidido antes do jogo da segunda volta por isso esse poderá ser o mais ardente duelo dos últimos anos (ao nível da final da Liga dos Campeões de há 2 anos). Outro pequeno pormenor: O Milan terá de ir jogar fora com Udinese, Inter e Roma. A Juventus evitará todas essas deslocações, fará mais um jogo em casa do que o rival, mas jogará fora o jogo do título. A Juve (como de costume nas equipas de Capello) já está fora da taça de Itália.
Possivelmente, a luta pelo scudetto manter-se-á até final e poderá ser dos campeonatos europeus mais indefinidos nesse capítulo. Vantagem mínima para Juventus.
No resto do campeonato, Udinese e Inter lutarão pelo 3º lugar com Roma (depois de um período de indefinição muito grande) e Sampdória a tentarem chegar aos lugares cimeiros da classificação. Lázio e Parma estão aquém do esperado, mas não estranha a má prestação dados os problemas financeiros dos clubes. Curioso ver se Palermo conseguirá aceder a um lugar europeu.
Possivelmente, a luta pelo scudetto manter-se-á até final e poderá ser dos campeonatos europeus mais indefinidos nesse capítulo. Vantagem mínima para Juventus.
No resto do campeonato, Udinese e Inter lutarão pelo 3º lugar com Roma (depois de um período de indefinição muito grande) e Sampdória a tentarem chegar aos lugares cimeiros da classificação. Lázio e Parma estão aquém do esperado, mas não estranha a má prestação dados os problemas financeiros dos clubes. Curioso ver se Palermo conseguirá aceder a um lugar europeu.
La Liga_2
Metade da Liga Espanhol já ficou para trás e, contrariamente ao que indiquei no início da época, o Barcelona de Rijkaard é agora o principal candidato ao título. Tem 7 pontos de vantagem, o futebol mais alegre e consistente e a grande figura do campeonato que tem sido elogiado por tudo e todos: Deco. Se parecia difícil encaixá-lo (sem perder rendimento de ambos) com Ronaldinho no início da época, agora percebe-se que bons jogadores são sempre complementares. A qualidade de jogo de Deco liberta Ronaldinho para "brincadeiras" que também ele sabe fazer mas dispensa. Esta dupla aliada a Eto'o (melhor marcador) poderá formar a tripla de campeão. É que Zidane, Figo, Raúl e Ronaldo não têm feito campeonato brilhante e já conheceram o seu 3º treinador esta época: Wanderlei Luxemburgo. Homem carismático, amigo do jogador, mas disciplinador. Tem o perfil indicado para gerir o balneário madridista, mas este é uma bomba que não tem código de desactivação. Com ele, chegou a última roda do Ferrari de Queiróz: Gravesen. O "Makelele nórdico" terá muito trabalho para fazer e muito do equilíbrio da equipa dependerá desse mesmo trabalho. A desvantagem pontual não é muito grande mas difícil de recuperar dada a inconsistência madridista. A seu favor, dois factores: a motivação da equipa com a chegada de Luxemburgo e o cansaço e as lesões do Barça. A nível de calendário as saídas que terão de realizar com grau de dificuldade mais elevado são as mesmas: Sevilla, Deportivo, Saragoça, Osasuna e Valência. Vantagem Real que recebe o Barça a 7 jornadas do fim.
Logo atrás vêm um Valência ainda não muito bem carburado por Ranieri mas dentro do que seria de esperar (melhor defesa da Liga) e o surpreendente Espanhol de Lotina que foi capaz de recuperar De La Peña e tem uma defesa com tantos golos sofridos quanto Barça e Real. Destaque pela negativa para Irureta e o seu Depor, tendo sido inclusivamente criticado por alguns dos seus jogadores, que está em 12º e apenas venceu 2 vezes no Riazor e para a Real Sociedade que está em 13º. Espera-se que estas2 equipas subam na classificação ainda a tempo de lutar pela UEFA conjuntamente com Sevilla, Bétis, Bilbao e Atl. Madrid.
Os desafios europeus com Chelsea e Juventus poderão influenciar a atitude de catalães e madridistas na postura para a competição interna. É que o adeus prematuro na Liga Milionária definirá que a vitória na "La Liga" salvará a época...
Logo atrás vêm um Valência ainda não muito bem carburado por Ranieri mas dentro do que seria de esperar (melhor defesa da Liga) e o surpreendente Espanhol de Lotina que foi capaz de recuperar De La Peña e tem uma defesa com tantos golos sofridos quanto Barça e Real. Destaque pela negativa para Irureta e o seu Depor, tendo sido inclusivamente criticado por alguns dos seus jogadores, que está em 12º e apenas venceu 2 vezes no Riazor e para a Real Sociedade que está em 13º. Espera-se que estas2 equipas subam na classificação ainda a tempo de lutar pela UEFA conjuntamente com Sevilla, Bétis, Bilbao e Atl. Madrid.
Os desafios europeus com Chelsea e Juventus poderão influenciar a atitude de catalães e madridistas na postura para a competição interna. É que o adeus prematuro na Liga Milionária definirá que a vitória na "La Liga" salvará a época...
quarta-feira, janeiro 19, 2005
Balanço_2
Chegados a meio do campeonato, é altura de perceber como evoluíram as equipas e compreender o que podem elas fazer na segunda metade da época.
Porto (incoerente): o campeão europeu nada fez, a nível interno, que provasse esse estatuto: apesar de ter demonstrado clara superioridade frente a Benfica e Sporting, tem perdido pontos com equipas que lutam para não descer (Estoril, Académica, Beira Mar) e já teve 2 derrotas no Estádio do Dragão (consecutivas, depois de 2 anos invencível em casa!). Por cada peça que saíu, uma parecida entrou, inclusivamente agora em Janeiro (Pitbull e Leo Lima por Derlei e Carlos Alberto). Conseguiu a proeza de contratar 3 defesas esquerdos na mesma época (Areias, Rossato e Leandro). É 1º classificado mas com este rendimento muito dificilmente será campeão. Apesar disso, ainda não perdeu fora de casa e é a equipa que, nessa condição, mais pontos alcançou. De destacar também que já venceu os seus dois rivais directos e tem 5 deslocações difíceis na 2ª volta (Leiria, Restelo, Alvalade, Bessa e Vila do Conde). Dos 3 candidatos, tem o calendário mais acessível a encerrar o campeonato. Actua, definitivamente, num 4*4*2, de modo a tentar rentabilizar a criatividade de Diego e a eficácia goleadora de McCarthy e Fabiano (em nítido sub-rendimento), não havendo espaço para Quaresma, o jogador que mais desiquilíbrios tem feito na equipa.
Sporting (progressivo): Começou mal com Peseiro a ser duramente criticado, Pinilla e Douala a não renderem, Roca e Beto de fora por lesão, mas rapidamente encarreirou e pratica, neste momento, o melhor futebol da Superliga. Roca voltou, Douala facturou, Carlos Martins explodiu e, claro está, Liedson resolveu vezes sem conta. Chegou a mota mas o BMW já lá está à porta. Liedson tem sido o homem do campeonato e os sportinguistas nem querem pensar no seu "Romário" lesionado. O peso de Roca também é significativo e a dependência nestes 2 homens pode mesmo decidir o título. Para lá chegar, tem, neste momento, mais atitude e confiança do que os seus rivais. Falta-lhes o "savoir faire" necessário para saber estar em vantagem e não perdê-la...
Benfica (intermitente): Afinal o plantel não ficou assim tão melhor do que o ano passado. Os reforços são homens de banco mas alguns deles nem para isso servem. Muito fustigado por lesões, sempre que viveu um momento grande, vacilou e tropeçou. Assim foi com Porto, Sporting, Rio Ave e na Europa. A alegria de recuperar Mantorras é um enorme alento para o balneário. Com o plantel operacional, é forte candidato ao título mas se falha uma peça vital...tal como o Sporting, também tem as suas "prima donnas": Miguel, Luisão, Petit e Simão. Este não desiquilibra tanto como dantes mas continua a ser fundamental por todas as razões. Argel, Zahovic e Sokota já saíram e, em termos de rendimento esta época, rapidamente serão esquecidos. Até porque os substitutos já aí estão. Só terá chances de chegar ao título se não tiver mais lesões nas peças fulcrais e se, pelo menos, um dos reforços de Janeiro seja peça importante na equipa.
Braga (suissinho): Primeiramente, os factos: 3º melhor ataque, 2ª melhor defesa e apenas uma derrota fora de portas.Depois, os pormenores: das duas vezes que pôde assumir a liderança, baqueou em casa frente a equipas de menor expressão. É certo que não é candidato ao título mas falta-lhe a "mentalidade assassina". Defende muito bem (às vezes demasiado fechado) e tem um óptimo contra-ataque. De espantar ver tão pouco Paulo Sérgio e Jaime, mas o rigor tem imperado. Cesinha e João Alves têm sido agradáveis surpresas. O top-5 não lhes deverá fugir, apesar de, ao mínimo deslize, Jesualdo Ferreira sentir os pés a tremer (por culpa dos sócios).
Boavista (enigmático): O mais enigmático da Superliga. Ja foi líder, mas também já esteve na 2ª metade da tabela. O facto de ter ganho 5 jogos (em 9 vitórias) no último minuto deixa um dilema: lutadores por natureza ou afortunados? O plantel tem qualidade técnica (João Pinto, Zé Manel, Toñito, Guga) mas esta não é valorizada no esquema de Jaime Pacheco. Ele que foi a casa dos 3 grandes jogar em todos de maneira diferente e só trouxe um resultado positivo naquele onde se defendeu mais...é um caso difícil de explicar, mas certamente conseguirá atingir a meta (não assumida) europeia.
Marítimo (mecanizado): Começou muito bem a Liga, com Mariano Barreto a surpreender pela positiva. Revelaram-se Wénio, Manduca e Leo Lima (transferido para o Porto). Até Luís Filipe se habituou a lateral. Mas, com o passar dos tempos, foi perdendo força. Apesar disso, continua a manter um bom nível qualitativo e é forte candidato à Europa. Dependerá também do reforço Márcio (ex-Santos) para substituír Leo Lima.
Rio Ave (vivaço): Carlos Brito continua a surpreender pela positiva. Apesar de ter perdido jogadores importantes, soube dar a volta e apresenta um futebol de topo na Superliga. Ricardo Nascimento tem sido o expoente máximo mas Franco, Miguelito, Niquinha e Paulo César não têm ficado muito atrás. Empatar no Dragão e na Luz é sinal de grande mérito, ainda para mais da forma como foram conseguidos. Pela qualidade do futebol merece a Europa mas será que morrerá na praia como da última vez?
Setúbal (bom exemplo): Os salários em atraso e o excesso de responsabilidade sobre os ombros poderão ter pesado no mau período que têm passado os sadinos. A novela-Jorginho também não tem sido positiva. De destacar Manuel José e Ricardo Chaves, duas agradáveis surpresas numa equipa de futebol alegre e bem jogado. Joga num 4*2*3*1, mas se perder Jorginho terá de encontrar uma solução plausível (entrada de 2 pontas-de-lança ou passagem a 3 médios centro?). José Couceiro continua a justificar o estatuto de um dos treinadores mais equilibrados da Superliga. O objectivo deverá passar pela primeira metade da tabela.
Leiria (continuidade): Grande trabalho de Vitor Pontes, tantas foram as vezes que vimos o Leiria recuperar de uma desvantagem. Nenhum dos 3 grande lhe ganhou, apenas perdeu 4 vezes, mas a malapata do Magalhães Pessoa terá de ser ultrapassada de modo a poder assumir o objectivo-Europa. Equipa bem organizada num 4*3*3 muito móvel com 2 unidades do miolo capazes de provocar desiquílibrios, tanto defensiva, como ofensivamente (Caíco e Edson). Adapta-se muito bem ao 4*4*2.
Guimarães (inconstante): Manuel Machado reclama para si o sistema mais ousado da Superliga (4*1*3*2) e tem conseguido bons resultados com ele. Apesar da insegurança defensiva, o ataque já está mais equilibrado. Apesar de utilizar um sistema e jogo bem aberto, marca e sofre poucos golos (a par do Leiria com 35 golos nos seus jogos). Fez lançar o jovem Targino, mas poderá perder Nuno Assis para o Benfica. Se tal acontecer e Marco Ferreira reaparecer em forma, a solução poderá passar pelo deslocamento de Luís Mário (bom campeonato) para o centro do terreno. Está a subir de forma mas dificilmente terá condições para chegar a um lugar europeu. Deverá mesmo ficar a meio da tabela.
Nacional (desmoralizado): Um caso estranho na Superliga. Rondinelli e Ferreira chegaram como grandes reforços, mas já partiram. Problemas na discoteca, baixo rendimento das peças fulcrais (Serginho e Adriano), inadaptação de alguns brasileiros têm condicionado a estratégia do já ex-treinador Casimiro Mior. A rigidez táctica deste também foi "culpada" deste abaixamento de resultados. As 3 vitórias consecutivas deixam antever ao novo técnico João Carlos Pereira um trabalho determinado e capaz de pôr o Nacional a lutar pela Europa (muito difícil), mas quando a meta do Presidente era ficar à frente de um dos 3 grandes e se conseguem 3 pontos em 24 possíveis fora da Madeira...
Penafiel (surpreendente): Individualmente não tenho dúvidas: é a equipa mais fraca da Superliga. Já depois do começo do campeonato, conseguiu reforça-se com Fernando Aguiar e Sidney mas continua a ter muitas lacunas, não deixando, contudo, de ser um conjunto interessante. Luís Castro até tem agradado, mas também não tem marcado a diferença (não que fosse de esperar). Wesley é figura de proa mas nem por isso deixa de conhecer o sabor do banco. Por esta e outras razões, o Penafiel é e funciona como uma equipa, o que já lhe proporcionou 3 vitórias fora (tantas como em casa). Se o Porto é recordista de defesas esquerdos, o Penafiel bate o record de extremos-esquerdos: 4! (Folha, Drulovic, Edgar Marcelino e, mais recentemente, Pascal). Tem 2 hipóteses: ou faz uma 2ª volta melhor em casa, ou mantém a prestação nos jogos fora. Uma das duas bastará para se manter na 1ª Liga. Ainda não esteve em posição de descida o que é de realçar mas será que aguenta o ritmo?
Gil Vicente (contraditório): Um dos plantéis mais desiquilibrados da Superliga. Comparar Carlitos, Fábio e Júlio César (entretanto saíram), Paulo Costa, Luís Coentrão e Nandinho com Rovérsio, Sidraílson, Gregory e Marcos António faz-nos pensar nos desiquilibrios patentes no plantel. De qualquer forma, a sua defesa é menos batida que a do Sporting e está a um golo da do Benfica! E o ataque encontra-se nos 5 piores. As individualidades já não são o que eram...Ulisses Morais tem feito um trabalho muito positivo e promete bons resultados no futuro. As portas da descida estão perto mas o Gil Vicente tem condições para saír da situação de aperto. Deverá garantir a manutenção.
Estoril (alegre): Começou bem o Estoril, já "empatou" Porto e Boavista fora de portas, mas tirando a vitória em Moreira de Cónegos, sofreu derrotas nas outras 6 saídas da Amoreira. O problema N'Doye foi bem resolvido dentro do balneário, dentro de campo ainda se nota a ausência do senegalês. Tem andado sempre acima da linha de água mas será difícil conseguir a manutenção. O esquema que apresenta permite aos laterais serem dos mais ofensivos da Liga. Mantém o 4*2*3*1 mas facilmente passa ao 4*2*4. Litos é o técnico que menos problemas tem em mexer aos 20 minutos de jogo, se preciso for. Erro seu de casting ou grande conhecedor do balneário que possui? Fica a incógnita...
Belenenses (oscilante): E ao último jogo da 1ª volta venceu fora de portas! Tem oscilado muito e pecado por alguma juventude da sua linha recuada. Sofreu com as ausências, por lesão de Lourenço e Rodolfo Lima, e por castigo/dispensa de Brasília. Agora com Catanha e Paulo Sérgio promete ser uma equipa com mais soluções mas deverá manter o esquema de 4*4*2 losango. Se conseguir atingir a primeira metade da tabela já será muito positivo. Através do seu sistema de puro contra-ataque precisa de conquistar mais pontos fora de portas.
Moreirense (fraco): Contrariamente ao que antevi, Vitor Oliveira tem durado no lugar. A equipa joga mal, marca pouco, mas já conseguiu subir na tabela e ultrapassar Beira Mar e Académica, 2 equipas que, curiosamente, já sofreram "chicotadas psicológicas". O reforço da equipa com Nei e Eriverton não parece suficiente. Apesar disso, passar em Moreira de Cónegos tem sido tarefa difícil (apenas o Estoril ganhou), mas os 5 empates em 8 jogos indicam que também não é muito chata a viagem. E aqui está a possível salvação do Moreirense: os jogos em casa. Se conseguir encarreirar em Moreira de Cónegos, possivelmente poderá se salvar da descida. Se não o fizer, dificilmente conseguirá marcar a diferença fora de portas até porque ainda só obteve 5 pontos nessa condição. O problema será ter de receber os 3 grandes + Braga e Marítimo...
Beira Mar (desilusão): Será desta Luís Campos? Depois do insucesso na mesma época em Setúbal e na Póvoa do Varzim e uma passagem pouco fugaz em Barcelos, será o jovem promissor (?) treinador capaz de salvar o Beira Mar? Para já o começo não é positivo com 2 derrotas. A chegada de reforços e o discurso (demasiado) optimista de Mano Nunes poderão impulsionar a equipa para outro patamar. Será mesmo possível? Sem dúvida, o grande desafio de Luís Campos. Depois das cenas tristes em Barcelos ("eu tenho tomates!"), tem 1001 razões para conseguir ter sucesso. É que se não tiver os cartuchos esgotam-se...
Académica (negra): Os resultados estavam aquém, Nelo Vingada estava livre e foi uma união fácil. O professor chegou e travou logo o Porto mas a falta de qualidade da equipa até assusta. A experiência de Dário, os flashes de Luciano, o gordinho Kenedy e os jovens Vasco Faísca e Zé Castro não chegam para uma equipa forte. o 4*3*3 parece ser a aposta de Vingada. Tal como Luís Campos, tem um desafio interessante.
Porto (incoerente): o campeão europeu nada fez, a nível interno, que provasse esse estatuto: apesar de ter demonstrado clara superioridade frente a Benfica e Sporting, tem perdido pontos com equipas que lutam para não descer (Estoril, Académica, Beira Mar) e já teve 2 derrotas no Estádio do Dragão (consecutivas, depois de 2 anos invencível em casa!). Por cada peça que saíu, uma parecida entrou, inclusivamente agora em Janeiro (Pitbull e Leo Lima por Derlei e Carlos Alberto). Conseguiu a proeza de contratar 3 defesas esquerdos na mesma época (Areias, Rossato e Leandro). É 1º classificado mas com este rendimento muito dificilmente será campeão. Apesar disso, ainda não perdeu fora de casa e é a equipa que, nessa condição, mais pontos alcançou. De destacar também que já venceu os seus dois rivais directos e tem 5 deslocações difíceis na 2ª volta (Leiria, Restelo, Alvalade, Bessa e Vila do Conde). Dos 3 candidatos, tem o calendário mais acessível a encerrar o campeonato. Actua, definitivamente, num 4*4*2, de modo a tentar rentabilizar a criatividade de Diego e a eficácia goleadora de McCarthy e Fabiano (em nítido sub-rendimento), não havendo espaço para Quaresma, o jogador que mais desiquilíbrios tem feito na equipa.
Sporting (progressivo): Começou mal com Peseiro a ser duramente criticado, Pinilla e Douala a não renderem, Roca e Beto de fora por lesão, mas rapidamente encarreirou e pratica, neste momento, o melhor futebol da Superliga. Roca voltou, Douala facturou, Carlos Martins explodiu e, claro está, Liedson resolveu vezes sem conta. Chegou a mota mas o BMW já lá está à porta. Liedson tem sido o homem do campeonato e os sportinguistas nem querem pensar no seu "Romário" lesionado. O peso de Roca também é significativo e a dependência nestes 2 homens pode mesmo decidir o título. Para lá chegar, tem, neste momento, mais atitude e confiança do que os seus rivais. Falta-lhes o "savoir faire" necessário para saber estar em vantagem e não perdê-la...
Benfica (intermitente): Afinal o plantel não ficou assim tão melhor do que o ano passado. Os reforços são homens de banco mas alguns deles nem para isso servem. Muito fustigado por lesões, sempre que viveu um momento grande, vacilou e tropeçou. Assim foi com Porto, Sporting, Rio Ave e na Europa. A alegria de recuperar Mantorras é um enorme alento para o balneário. Com o plantel operacional, é forte candidato ao título mas se falha uma peça vital...tal como o Sporting, também tem as suas "prima donnas": Miguel, Luisão, Petit e Simão. Este não desiquilibra tanto como dantes mas continua a ser fundamental por todas as razões. Argel, Zahovic e Sokota já saíram e, em termos de rendimento esta época, rapidamente serão esquecidos. Até porque os substitutos já aí estão. Só terá chances de chegar ao título se não tiver mais lesões nas peças fulcrais e se, pelo menos, um dos reforços de Janeiro seja peça importante na equipa.
Braga (suissinho): Primeiramente, os factos: 3º melhor ataque, 2ª melhor defesa e apenas uma derrota fora de portas.Depois, os pormenores: das duas vezes que pôde assumir a liderança, baqueou em casa frente a equipas de menor expressão. É certo que não é candidato ao título mas falta-lhe a "mentalidade assassina". Defende muito bem (às vezes demasiado fechado) e tem um óptimo contra-ataque. De espantar ver tão pouco Paulo Sérgio e Jaime, mas o rigor tem imperado. Cesinha e João Alves têm sido agradáveis surpresas. O top-5 não lhes deverá fugir, apesar de, ao mínimo deslize, Jesualdo Ferreira sentir os pés a tremer (por culpa dos sócios).
Boavista (enigmático): O mais enigmático da Superliga. Ja foi líder, mas também já esteve na 2ª metade da tabela. O facto de ter ganho 5 jogos (em 9 vitórias) no último minuto deixa um dilema: lutadores por natureza ou afortunados? O plantel tem qualidade técnica (João Pinto, Zé Manel, Toñito, Guga) mas esta não é valorizada no esquema de Jaime Pacheco. Ele que foi a casa dos 3 grandes jogar em todos de maneira diferente e só trouxe um resultado positivo naquele onde se defendeu mais...é um caso difícil de explicar, mas certamente conseguirá atingir a meta (não assumida) europeia.
Marítimo (mecanizado): Começou muito bem a Liga, com Mariano Barreto a surpreender pela positiva. Revelaram-se Wénio, Manduca e Leo Lima (transferido para o Porto). Até Luís Filipe se habituou a lateral. Mas, com o passar dos tempos, foi perdendo força. Apesar disso, continua a manter um bom nível qualitativo e é forte candidato à Europa. Dependerá também do reforço Márcio (ex-Santos) para substituír Leo Lima.
Rio Ave (vivaço): Carlos Brito continua a surpreender pela positiva. Apesar de ter perdido jogadores importantes, soube dar a volta e apresenta um futebol de topo na Superliga. Ricardo Nascimento tem sido o expoente máximo mas Franco, Miguelito, Niquinha e Paulo César não têm ficado muito atrás. Empatar no Dragão e na Luz é sinal de grande mérito, ainda para mais da forma como foram conseguidos. Pela qualidade do futebol merece a Europa mas será que morrerá na praia como da última vez?
Setúbal (bom exemplo): Os salários em atraso e o excesso de responsabilidade sobre os ombros poderão ter pesado no mau período que têm passado os sadinos. A novela-Jorginho também não tem sido positiva. De destacar Manuel José e Ricardo Chaves, duas agradáveis surpresas numa equipa de futebol alegre e bem jogado. Joga num 4*2*3*1, mas se perder Jorginho terá de encontrar uma solução plausível (entrada de 2 pontas-de-lança ou passagem a 3 médios centro?). José Couceiro continua a justificar o estatuto de um dos treinadores mais equilibrados da Superliga. O objectivo deverá passar pela primeira metade da tabela.
Leiria (continuidade): Grande trabalho de Vitor Pontes, tantas foram as vezes que vimos o Leiria recuperar de uma desvantagem. Nenhum dos 3 grande lhe ganhou, apenas perdeu 4 vezes, mas a malapata do Magalhães Pessoa terá de ser ultrapassada de modo a poder assumir o objectivo-Europa. Equipa bem organizada num 4*3*3 muito móvel com 2 unidades do miolo capazes de provocar desiquílibrios, tanto defensiva, como ofensivamente (Caíco e Edson). Adapta-se muito bem ao 4*4*2.
Guimarães (inconstante): Manuel Machado reclama para si o sistema mais ousado da Superliga (4*1*3*2) e tem conseguido bons resultados com ele. Apesar da insegurança defensiva, o ataque já está mais equilibrado. Apesar de utilizar um sistema e jogo bem aberto, marca e sofre poucos golos (a par do Leiria com 35 golos nos seus jogos). Fez lançar o jovem Targino, mas poderá perder Nuno Assis para o Benfica. Se tal acontecer e Marco Ferreira reaparecer em forma, a solução poderá passar pelo deslocamento de Luís Mário (bom campeonato) para o centro do terreno. Está a subir de forma mas dificilmente terá condições para chegar a um lugar europeu. Deverá mesmo ficar a meio da tabela.
Nacional (desmoralizado): Um caso estranho na Superliga. Rondinelli e Ferreira chegaram como grandes reforços, mas já partiram. Problemas na discoteca, baixo rendimento das peças fulcrais (Serginho e Adriano), inadaptação de alguns brasileiros têm condicionado a estratégia do já ex-treinador Casimiro Mior. A rigidez táctica deste também foi "culpada" deste abaixamento de resultados. As 3 vitórias consecutivas deixam antever ao novo técnico João Carlos Pereira um trabalho determinado e capaz de pôr o Nacional a lutar pela Europa (muito difícil), mas quando a meta do Presidente era ficar à frente de um dos 3 grandes e se conseguem 3 pontos em 24 possíveis fora da Madeira...
Penafiel (surpreendente): Individualmente não tenho dúvidas: é a equipa mais fraca da Superliga. Já depois do começo do campeonato, conseguiu reforça-se com Fernando Aguiar e Sidney mas continua a ter muitas lacunas, não deixando, contudo, de ser um conjunto interessante. Luís Castro até tem agradado, mas também não tem marcado a diferença (não que fosse de esperar). Wesley é figura de proa mas nem por isso deixa de conhecer o sabor do banco. Por esta e outras razões, o Penafiel é e funciona como uma equipa, o que já lhe proporcionou 3 vitórias fora (tantas como em casa). Se o Porto é recordista de defesas esquerdos, o Penafiel bate o record de extremos-esquerdos: 4! (Folha, Drulovic, Edgar Marcelino e, mais recentemente, Pascal). Tem 2 hipóteses: ou faz uma 2ª volta melhor em casa, ou mantém a prestação nos jogos fora. Uma das duas bastará para se manter na 1ª Liga. Ainda não esteve em posição de descida o que é de realçar mas será que aguenta o ritmo?
Gil Vicente (contraditório): Um dos plantéis mais desiquilibrados da Superliga. Comparar Carlitos, Fábio e Júlio César (entretanto saíram), Paulo Costa, Luís Coentrão e Nandinho com Rovérsio, Sidraílson, Gregory e Marcos António faz-nos pensar nos desiquilibrios patentes no plantel. De qualquer forma, a sua defesa é menos batida que a do Sporting e está a um golo da do Benfica! E o ataque encontra-se nos 5 piores. As individualidades já não são o que eram...Ulisses Morais tem feito um trabalho muito positivo e promete bons resultados no futuro. As portas da descida estão perto mas o Gil Vicente tem condições para saír da situação de aperto. Deverá garantir a manutenção.
Estoril (alegre): Começou bem o Estoril, já "empatou" Porto e Boavista fora de portas, mas tirando a vitória em Moreira de Cónegos, sofreu derrotas nas outras 6 saídas da Amoreira. O problema N'Doye foi bem resolvido dentro do balneário, dentro de campo ainda se nota a ausência do senegalês. Tem andado sempre acima da linha de água mas será difícil conseguir a manutenção. O esquema que apresenta permite aos laterais serem dos mais ofensivos da Liga. Mantém o 4*2*3*1 mas facilmente passa ao 4*2*4. Litos é o técnico que menos problemas tem em mexer aos 20 minutos de jogo, se preciso for. Erro seu de casting ou grande conhecedor do balneário que possui? Fica a incógnita...
Belenenses (oscilante): E ao último jogo da 1ª volta venceu fora de portas! Tem oscilado muito e pecado por alguma juventude da sua linha recuada. Sofreu com as ausências, por lesão de Lourenço e Rodolfo Lima, e por castigo/dispensa de Brasília. Agora com Catanha e Paulo Sérgio promete ser uma equipa com mais soluções mas deverá manter o esquema de 4*4*2 losango. Se conseguir atingir a primeira metade da tabela já será muito positivo. Através do seu sistema de puro contra-ataque precisa de conquistar mais pontos fora de portas.
Moreirense (fraco): Contrariamente ao que antevi, Vitor Oliveira tem durado no lugar. A equipa joga mal, marca pouco, mas já conseguiu subir na tabela e ultrapassar Beira Mar e Académica, 2 equipas que, curiosamente, já sofreram "chicotadas psicológicas". O reforço da equipa com Nei e Eriverton não parece suficiente. Apesar disso, passar em Moreira de Cónegos tem sido tarefa difícil (apenas o Estoril ganhou), mas os 5 empates em 8 jogos indicam que também não é muito chata a viagem. E aqui está a possível salvação do Moreirense: os jogos em casa. Se conseguir encarreirar em Moreira de Cónegos, possivelmente poderá se salvar da descida. Se não o fizer, dificilmente conseguirá marcar a diferença fora de portas até porque ainda só obteve 5 pontos nessa condição. O problema será ter de receber os 3 grandes + Braga e Marítimo...
Beira Mar (desilusão): Será desta Luís Campos? Depois do insucesso na mesma época em Setúbal e na Póvoa do Varzim e uma passagem pouco fugaz em Barcelos, será o jovem promissor (?) treinador capaz de salvar o Beira Mar? Para já o começo não é positivo com 2 derrotas. A chegada de reforços e o discurso (demasiado) optimista de Mano Nunes poderão impulsionar a equipa para outro patamar. Será mesmo possível? Sem dúvida, o grande desafio de Luís Campos. Depois das cenas tristes em Barcelos ("eu tenho tomates!"), tem 1001 razões para conseguir ter sucesso. É que se não tiver os cartuchos esgotam-se...
Académica (negra): Os resultados estavam aquém, Nelo Vingada estava livre e foi uma união fácil. O professor chegou e travou logo o Porto mas a falta de qualidade da equipa até assusta. A experiência de Dário, os flashes de Luciano, o gordinho Kenedy e os jovens Vasco Faísca e Zé Castro não chegam para uma equipa forte. o 4*3*3 parece ser a aposta de Vingada. Tal como Luís Campos, tem um desafio interessante.
segunda-feira, janeiro 17, 2005
Árbitros_13
Numa semana em que ficámos a saber que Portugal não estará representado no Mundial de 2006, em termos de arbitragem, os árbitros portugueses fizeram questão de demonstrar porque é que estão fora da pré-convocatória.
Pedro Proença tem 2 grandes virtudes: é bom tecnicamente e sabe-se fazer respeitar. Disciplinarmente é fraco, muito fraco mesmo. Isto porque confia em demasia na qualidade de se fazer respeitar em campo. Como os jogadores não discutem, ele pode poupar (mais) um amarelo...No Académica-Porto, tecnicamente esteve bem. Não há dúvidas, no aspecto físico e posicional colocou-se sempre com a atenção devida e todos sabemos o quanto isso é importante num jogo de futebol. Mas manchou a exibição disciplinarmente: Costinha não viu amarelo por jogo perigoso (pé alto) ainda no primeiro tempo. Pouco depois fez falta para amarelo (que seria o segundo). Jorge Costa viu amarelo por parar um contra-ataque com uma falta a meio campo. Tudo bem se a falta não tem sido uma agressão às pernas do adversário. Por falar em agredir, McCarthy voltou a f(r)acturar mais uma. Tem tanto de bom jogador como de mau desportista.
Olegário Benquerença no Nacional-Sporting optou pelo critério habitual em Portugal: "a primeira é de graça". Por isso poupou Gouveia e Carlos Martins. Depois, deu um amarelo em Polga absolutamente ridículo (Goulart simulou falta e ele mesmo deveria ter levado o amarelo). Noutro lance, marcou pé em riste (numa zona de perigo para o Nacional) de Custódio quando era falta de Wendell. Até final, expulsou Paíto por acumulação de amarelos em 2 minutos. Sendo que o primeiro amarelo se deveu, não à falta em si, mas ao excesso de infracções cometidas pelo lateral. O segundo amarelo revela ingenuidade do moçambicano.
João Ferreira no Benfica-Boavista cometeu a proeza de assinalar uma falta...por si cometida! Tiago caíu nas suas costas, e o árbitro apitou a falta.Não havendo dúvidas no penalty sobre Nuno Gomes, nem no lance aos 2 minutos com Miguel, ficou por mostrar o vermelho (ou o amarelo) a este por derrubar Diogo Valente num lance que daria grande penalidade pelo facto da bola ainda estar em campo. Apesar da falta de desportivismo deste, Miguel deveria conter-se. Faltou também o amarelo a Simão por simular uma falta e o segundo amarelo a Tiago e Hélder Rosário por faltas duras. Petit também deu a ideia de agredir Tiago (vingança por uma entrada anterior deste). Quanto à expulsão de Zé Manel, só João Ferreira sabe porque o fez (supostamente por palavras).
Pedro Proença tem 2 grandes virtudes: é bom tecnicamente e sabe-se fazer respeitar. Disciplinarmente é fraco, muito fraco mesmo. Isto porque confia em demasia na qualidade de se fazer respeitar em campo. Como os jogadores não discutem, ele pode poupar (mais) um amarelo...No Académica-Porto, tecnicamente esteve bem. Não há dúvidas, no aspecto físico e posicional colocou-se sempre com a atenção devida e todos sabemos o quanto isso é importante num jogo de futebol. Mas manchou a exibição disciplinarmente: Costinha não viu amarelo por jogo perigoso (pé alto) ainda no primeiro tempo. Pouco depois fez falta para amarelo (que seria o segundo). Jorge Costa viu amarelo por parar um contra-ataque com uma falta a meio campo. Tudo bem se a falta não tem sido uma agressão às pernas do adversário. Por falar em agredir, McCarthy voltou a f(r)acturar mais uma. Tem tanto de bom jogador como de mau desportista.
Olegário Benquerença no Nacional-Sporting optou pelo critério habitual em Portugal: "a primeira é de graça". Por isso poupou Gouveia e Carlos Martins. Depois, deu um amarelo em Polga absolutamente ridículo (Goulart simulou falta e ele mesmo deveria ter levado o amarelo). Noutro lance, marcou pé em riste (numa zona de perigo para o Nacional) de Custódio quando era falta de Wendell. Até final, expulsou Paíto por acumulação de amarelos em 2 minutos. Sendo que o primeiro amarelo se deveu, não à falta em si, mas ao excesso de infracções cometidas pelo lateral. O segundo amarelo revela ingenuidade do moçambicano.
João Ferreira no Benfica-Boavista cometeu a proeza de assinalar uma falta...por si cometida! Tiago caíu nas suas costas, e o árbitro apitou a falta.Não havendo dúvidas no penalty sobre Nuno Gomes, nem no lance aos 2 minutos com Miguel, ficou por mostrar o vermelho (ou o amarelo) a este por derrubar Diogo Valente num lance que daria grande penalidade pelo facto da bola ainda estar em campo. Apesar da falta de desportivismo deste, Miguel deveria conter-se. Faltou também o amarelo a Simão por simular uma falta e o segundo amarelo a Tiago e Hélder Rosário por faltas duras. Petit também deu a ideia de agredir Tiago (vingança por uma entrada anterior deste). Quanto à expulsão de Zé Manel, só João Ferreira sabe porque o fez (supostamente por palavras).
Superliga_18
Havia curiosidade para ver como o líder Sporting reagia a essa mesma condição sofrendo das ausências de Rochemback e Douala e jogando num dos campos mais difíceis da Superliga - a Choupana. O resultado final foi desolador mas a nível de atitude e vontade de querer ganhar os sportinguistas podem-se sentir confiantes, pois o esforço final pela vitória (foi demasiado arriscado?) não compensou mas demonstrou força e vontade, factores determinantes para se ser campeão nesta época tão equilibrada. Adriano voltou aos golos e Liedson continua a encher o seu saco, agora de penalty. Quem se colou aos leões, foram os actuais campeões nacionais que empataram o seu 3º jogo consecutivo. Estreou Leandro, Paulo Machado e Leo Lima, mas nenhum deles foi capaz de assentar ideias numa equipa que continua por encontrar o seu modelo de jogo. Na Luz, o Benfica vingou-se da derrota em Alvalade e quem pagou as favas foi o Boavista que, na visita aos grandes de Lisboa, encaixou 10(!) golos. Nuno Gomes voltou aos melhores momentos, tal como Mantorras que 2 anos depois voltou a festejar um golo. Ao fim da primeira volta os 3 grandes estão empatados no topo!
No resto da jornada, destaque para o Rio Ave que derrubou um Leiria que não perdia há 10 jogos. O Marítimo voltou às vitórias e Luís Campos continua a marcar passo com o seu Beira Mar. O Braga voltou a baquear no momento de assumir a liderança do campeonato e o Penafiel garantiu a sua 3ª vitória fora de portas, factor importante para a luta da manutenção.
Equipa da semana: Benfica
Jogador da semana: Adriano
Golo da semana: Custódio
No resto da jornada, destaque para o Rio Ave que derrubou um Leiria que não perdia há 10 jogos. O Marítimo voltou às vitórias e Luís Campos continua a marcar passo com o seu Beira Mar. O Braga voltou a baquear no momento de assumir a liderança do campeonato e o Penafiel garantiu a sua 3ª vitória fora de portas, factor importante para a luta da manutenção.
Equipa da semana: Benfica
Jogador da semana: Adriano
Golo da semana: Custódio
quinta-feira, janeiro 13, 2005
Castigos_1
Ir ao Brasil, segundo contam, é tão bom que dá vontade de lá ficar. Então quem é brasileiro e vai uns diazinhos de férias, deve ter mesmo vontade de não saír de lá! Todos os anos os jogadores brasileiros vão a "casa" pelo Natal e alguns costumam ter dificuldades em voltar. Este ano parece que foi abuso! Mas não foram só os brasileiros que se atrasaram: Uma lista composta por Pepe, Derlei, Diego, Maciel, Liedson, Jorge Ribeiro, Tixier, Zeman, Pablo Rodriguez, McPhee, Tanque Silva, Quaresma, Jorge Ribeiro, Trappatoni (!!!) e até Beckham que se atrasou no regresso a Madrid! Uma lista infindável de nomes que mereceram tratamentos diferentes por parte dos responsáveis de cada clube.
E essa é a grande questão: o que fazer nestas situações? José Peseiro disse com alguma razão: "o castigo a Liedson deve ser monetário". Primeiro que tudo, se faltou a dias de trabalho, esses dias têm de ser descontados (Já agora, descontado com base em que vencimento: o declarado ou o realmente auferido? eh eh eh). Depois, a grande questão: como reage um balneário perante faltas permanentes e injustificadas de um colega seu? Bom, a questão é peremptória mas de mais fácil análise que se possa pensar: peguemos, por exemplo, numa frase de Seitaridis: "A equipa fica mais forte com Diego e Derlei". Pois é, mas Pepe e Maciel também estavam atrasados...Rogério foi também claro assim que Liedson regressou: "O grupo aceitou-o bem de volta". O derby estava aí e era necessário segurar as pontas. Ou seja, tudo depende da influência do jogador em causa dentro do balneário. A equipa precisa ou não dele? Romário terá sido criticado, no Brasil, por algum jogador pelas suas sucessivas ausências? Até me lembro de Edmundo, na Fiorentina há pouco mais de 6 meses, ir para o Carnaval do Rio, atrasar-se e ser compreendido e defendido publicamente por alguns colegas de equipa. No fundo, o ponto de honra para se ter direito a umas "folgas" é mesmo ser-se carismático e influente...
E essa é a grande questão: o que fazer nestas situações? José Peseiro disse com alguma razão: "o castigo a Liedson deve ser monetário". Primeiro que tudo, se faltou a dias de trabalho, esses dias têm de ser descontados (Já agora, descontado com base em que vencimento: o declarado ou o realmente auferido? eh eh eh). Depois, a grande questão: como reage um balneário perante faltas permanentes e injustificadas de um colega seu? Bom, a questão é peremptória mas de mais fácil análise que se possa pensar: peguemos, por exemplo, numa frase de Seitaridis: "A equipa fica mais forte com Diego e Derlei". Pois é, mas Pepe e Maciel também estavam atrasados...Rogério foi também claro assim que Liedson regressou: "O grupo aceitou-o bem de volta". O derby estava aí e era necessário segurar as pontas. Ou seja, tudo depende da influência do jogador em causa dentro do balneário. A equipa precisa ou não dele? Romário terá sido criticado, no Brasil, por algum jogador pelas suas sucessivas ausências? Até me lembro de Edmundo, na Fiorentina há pouco mais de 6 meses, ir para o Carnaval do Rio, atrasar-se e ser compreendido e defendido publicamente por alguns colegas de equipa. No fundo, o ponto de honra para se ter direito a umas "folgas" é mesmo ser-se carismático e influente...
terça-feira, janeiro 11, 2005
O Zé de Londres
Sempre fui um fã de vencedores. Gosto de uma pessoa, que contra tudo e contra todos assume a sua vontade de vencer e mesmo quando lhe dão poucas hipóteses vence e diz: Sou vencedor.
Alguns gritam arrogancia, outros dizem que é presunção... eu chamo-lhe uma muito boa dose de confiança.
Este é o caso de José Mourinho, o homem que mais do que conhecer todos os pormenores tácticos do jogo, domina os seus aspectos psicológicos como ninguém: Um jogador que não tenha força para correr com Mourinho, não tem força para correr com ninguém. Quem não se lembra de palavras como: "Este Pavlin é fantástico, garante-me tempo de posse de bola" - Pavlin era muito lento, leia-se nas entrelinhas, e 3 ou 4 meses depois foi dispensado. Mas durante esses 3 ou 4 meses trabalhou que nem um mouro.
"Eu não admito ao Jaques que sobreponha a sua importância à do grupo, e ou ele me pede desculpa à frente de toda a gente, ou então nunca mais joga" - Ganhou o balneário do Leiria.
Bem, vários títulos depois, José Mourinho abraçou um desafio no estrangeiro mas não deixou de deitar sempre um olho cá pelo burgo, qual figura mítica que de vez em quando surge a dizer verdades absolutas... E tem-se portado mal!
José Mourinho tem um contrato com o Record no qual faz comentários redutores de tudo o que já atingiu : Limita-se a mandar bitaites.
Início do ano: "Para mim este é um campeonato para ser decidido a dois: Benfica e Porto, com vantagem para este último" - Menosprezou a capacidade de trabalho e de melhorar de alguns dos seus colegas de profissão, o que é estranho para quem tanto construíu vindo do nada. Nem quero pensar que acha que é o único no mundo com qualidade para fazê-lo.
Mais tarde, na qualidade de analista do futebol do Benfica (todas as semanas os seus artigos sobre a superliga, têm 90 % de conteúdo sobre esta autêntica pedra no sapato de Mourinho), teceu as seguintes considerações: "Não percebo o que Simão está a fazer na luz" - o que para além de desrespeitoso para com o nosso futebol, é contraditório com a sua afirmação inicial, de que o clube da luz tinha qualidade para chegar ao título... Duas respostas: 1- Está a lutar para ser campeão; 2- Está a tentar fazer-se homem e ser decisivo nos jogos importantes cá dentro, para depois disso tudo ir lá para fora, não fazer papel de mais um... Só porque o Mister Mourinho optou por ir para o estrangeiro, não se perdeu toda a qualidade que cá existia. Pelo contrário, o Sr. Mourinho até contribuiu e muito para engrandecer e melhorar a qualidade da nossa Little Premiership.
Por fim, escreveu uma apreciação ao derby no Domingo, e nela disse o seguinte : "O SCP ganhou utilizando um modelo de jogo que eu aperfeiçoei". Pouco mais disse da equipa vencedora do derby, e depois alongou-se acerca da falta de qualidade do SLB, sem nunca explanar aspectos tácticos relevantes - Bitaites! Obrigado, mas disso já temos que chegue.
Com relação ao 4-4-2 losango, lembro-me de jogar CM em 95 e ver vários amigos meus utilizar o sistema... tenho pena que não tivessem registado a patente. Depois, quando José Mourinho chegou ao FCP utilizava um 4-3-3, com dois alas bem abertos (Derlei à esquerda e Capucho à direita), e foi com esse sistema que o FCP apresentou o seu melhor futebol, na época em que ganha a Uefa, com Postiga e Deco em gde, a Superliga garantida a 1000 jogos do fim, etc. e tal. Na Europa realmente usava nos jogos mais difíceis Alenitchev em vez de Capucho e aí nasceu o tal 4-4-2 losango, no qual posteriormente Pedro Mendes substituíu o russo em termos de influência e McCarthy tomou o lugar de Postiga (outro que não sabia o que fazia em Portugal e quando chegou lá fora lembrou-se: Jogava). Para além disso, as semelhanças entre o 4-4-2 de Mourinho e o do SCP, esgotam-se na designação, pois tão pouco o SCP utiliza um losango no meio campo, e tão pouco Pedro Mendes e Maniche rompiam pelas alas a dentro... O Losango é mais seguro, o 4-1-3-2 do SCP é mais ousado. Por fim, ninguém é campeão nacional (2 vezes), vencedor da Uefa e da Liga dos campeões usando apenas um sistema táctico (seria passar um atestado de ignorância a toda a gente) e Mourinho sabe isso - Concerteza teria instruções diferentes para os seus jogadores em cada jogo, ao nível de movimentação e dinâmica, e isso também define um sitema táctico, ou não? Senão só se precisa do treinador uma vez: No início do ano. "O Esquema é este, repitam-no 34 vezes e vai correr tudo bem".
Alguns gritam arrogancia, outros dizem que é presunção... eu chamo-lhe uma muito boa dose de confiança.
Este é o caso de José Mourinho, o homem que mais do que conhecer todos os pormenores tácticos do jogo, domina os seus aspectos psicológicos como ninguém: Um jogador que não tenha força para correr com Mourinho, não tem força para correr com ninguém. Quem não se lembra de palavras como: "Este Pavlin é fantástico, garante-me tempo de posse de bola" - Pavlin era muito lento, leia-se nas entrelinhas, e 3 ou 4 meses depois foi dispensado. Mas durante esses 3 ou 4 meses trabalhou que nem um mouro.
"Eu não admito ao Jaques que sobreponha a sua importância à do grupo, e ou ele me pede desculpa à frente de toda a gente, ou então nunca mais joga" - Ganhou o balneário do Leiria.
Bem, vários títulos depois, José Mourinho abraçou um desafio no estrangeiro mas não deixou de deitar sempre um olho cá pelo burgo, qual figura mítica que de vez em quando surge a dizer verdades absolutas... E tem-se portado mal!
José Mourinho tem um contrato com o Record no qual faz comentários redutores de tudo o que já atingiu : Limita-se a mandar bitaites.
Início do ano: "Para mim este é um campeonato para ser decidido a dois: Benfica e Porto, com vantagem para este último" - Menosprezou a capacidade de trabalho e de melhorar de alguns dos seus colegas de profissão, o que é estranho para quem tanto construíu vindo do nada. Nem quero pensar que acha que é o único no mundo com qualidade para fazê-lo.
Mais tarde, na qualidade de analista do futebol do Benfica (todas as semanas os seus artigos sobre a superliga, têm 90 % de conteúdo sobre esta autêntica pedra no sapato de Mourinho), teceu as seguintes considerações: "Não percebo o que Simão está a fazer na luz" - o que para além de desrespeitoso para com o nosso futebol, é contraditório com a sua afirmação inicial, de que o clube da luz tinha qualidade para chegar ao título... Duas respostas: 1- Está a lutar para ser campeão; 2- Está a tentar fazer-se homem e ser decisivo nos jogos importantes cá dentro, para depois disso tudo ir lá para fora, não fazer papel de mais um... Só porque o Mister Mourinho optou por ir para o estrangeiro, não se perdeu toda a qualidade que cá existia. Pelo contrário, o Sr. Mourinho até contribuiu e muito para engrandecer e melhorar a qualidade da nossa Little Premiership.
Por fim, escreveu uma apreciação ao derby no Domingo, e nela disse o seguinte : "O SCP ganhou utilizando um modelo de jogo que eu aperfeiçoei". Pouco mais disse da equipa vencedora do derby, e depois alongou-se acerca da falta de qualidade do SLB, sem nunca explanar aspectos tácticos relevantes - Bitaites! Obrigado, mas disso já temos que chegue.
Com relação ao 4-4-2 losango, lembro-me de jogar CM em 95 e ver vários amigos meus utilizar o sistema... tenho pena que não tivessem registado a patente. Depois, quando José Mourinho chegou ao FCP utilizava um 4-3-3, com dois alas bem abertos (Derlei à esquerda e Capucho à direita), e foi com esse sistema que o FCP apresentou o seu melhor futebol, na época em que ganha a Uefa, com Postiga e Deco em gde, a Superliga garantida a 1000 jogos do fim, etc. e tal. Na Europa realmente usava nos jogos mais difíceis Alenitchev em vez de Capucho e aí nasceu o tal 4-4-2 losango, no qual posteriormente Pedro Mendes substituíu o russo em termos de influência e McCarthy tomou o lugar de Postiga (outro que não sabia o que fazia em Portugal e quando chegou lá fora lembrou-se: Jogava). Para além disso, as semelhanças entre o 4-4-2 de Mourinho e o do SCP, esgotam-se na designação, pois tão pouco o SCP utiliza um losango no meio campo, e tão pouco Pedro Mendes e Maniche rompiam pelas alas a dentro... O Losango é mais seguro, o 4-1-3-2 do SCP é mais ousado. Por fim, ninguém é campeão nacional (2 vezes), vencedor da Uefa e da Liga dos campeões usando apenas um sistema táctico (seria passar um atestado de ignorância a toda a gente) e Mourinho sabe isso - Concerteza teria instruções diferentes para os seus jogadores em cada jogo, ao nível de movimentação e dinâmica, e isso também define um sitema táctico, ou não? Senão só se precisa do treinador uma vez: No início do ano. "O Esquema é este, repitam-no 34 vezes e vai correr tudo bem".
segunda-feira, janeiro 10, 2005
Superliga_17
E a uma jornada do fim da primeira volta, eis que o Sporting assume a liderança! Depois de um início de época atribulado, chegam ao topo após vitória sobre o rival Benfica e deslize no Dragão (mais um) do Porto. Com Diego semi-castigado e a meio tempo, Derlei e Carlos Alberto já dentro do avião e sem Maniche lesionado, o Porto enfrentou uma equipa muito bem organizada, como já tinha provado na Luz. O Rio Ave é, sem dúvida, a equipa mais descomplexada da Superliga. Quanto ao Sporting venceu o seu rival de sempre por 2-1, mostrando-se nitidamente superior, mesmo em inferioridade numérica durante 30 minutos. O Benfica tem vindo a perder gás e, ou reajusta de modo eficiente o plantel em Janeiro, ou terá dificuldades em manter-se colado ao topo.
No resto da jornada, destaque para mais uma vitória nos últimos instantes de jogo do Boavista que está agora no 2º lugar! Luís Campos começou mal a campanha no Beira Mar com uma exibição desastrosa, mas poderá utilizar a taça (Espinho em casa) como factor de motivação. Na luta pela manutenção, o Moreirense, apesar de mostrar muito pouco futebol, venceu a Académica e deixou o último posto da tabela. Destaque pela negativa para Belenenses e Marítimo que continuam a descer lugares na tabela e, pela positiva, para Ulisses Morais e o seu Gil Vicente que até já consegue vencer fora.
Equipa da semana: Sporting
Jogador da semana: Mantorras (25 meses depois, e no mesmo estádio onde jogou o último jogo, regressou à competição)
Golo da semana: Liedson (o primeiro)
Jogador do fim-de-semana: Liedson (espero que não levem a mal o trocadilho...como é óbvio, o regresso de Mantorras saúda-se mas o jogador que resolveu, decidiu e foi o melhor, sem dúvida, foi Liedson).
P.S. - O Sporting chega ao topo depois de Setúbal, Porto e Benfica passarem por lá recentemente. Nenhum deles conseguiu manter essa liderança por muito tempo. Veremos como se comporta o Sporting com o estatuto de líder. Para já tem um calendário mais difícil que os seus adversários directos (Nacional e Gil Vicente fora, Setúbal em casa, enquanto que o Porto vai a Coimbra e Leiria e recebe Braga e Benfica recebe o Boavista e Beira Mar e desloca-se a Moreira de Cónegos).
No resto da jornada, destaque para mais uma vitória nos últimos instantes de jogo do Boavista que está agora no 2º lugar! Luís Campos começou mal a campanha no Beira Mar com uma exibição desastrosa, mas poderá utilizar a taça (Espinho em casa) como factor de motivação. Na luta pela manutenção, o Moreirense, apesar de mostrar muito pouco futebol, venceu a Académica e deixou o último posto da tabela. Destaque pela negativa para Belenenses e Marítimo que continuam a descer lugares na tabela e, pela positiva, para Ulisses Morais e o seu Gil Vicente que até já consegue vencer fora.
Equipa da semana: Sporting
Jogador da semana: Mantorras (25 meses depois, e no mesmo estádio onde jogou o último jogo, regressou à competição)
Golo da semana: Liedson (o primeiro)
Jogador do fim-de-semana: Liedson (espero que não levem a mal o trocadilho...como é óbvio, o regresso de Mantorras saúda-se mas o jogador que resolveu, decidiu e foi o melhor, sem dúvida, foi Liedson).
P.S. - O Sporting chega ao topo depois de Setúbal, Porto e Benfica passarem por lá recentemente. Nenhum deles conseguiu manter essa liderança por muito tempo. Veremos como se comporta o Sporting com o estatuto de líder. Para já tem um calendário mais difícil que os seus adversários directos (Nacional e Gil Vicente fora, Setúbal em casa, enquanto que o Porto vai a Coimbra e Leiria e recebe Braga e Benfica recebe o Boavista e Beira Mar e desloca-se a Moreira de Cónegos).
domingo, janeiro 09, 2005
DERBY_O Jogo
Pouco antes do jogo começar, as dúvidas dissiparam-se:
José Peseiro não arriscou a presença de Enakharire e apostou em Beto. Sinal de maior confiança no sub-capitão. O balneário, consciente da sua importância, perdoou Liedson e este resolveu.
Do outro lado, Giovanni Trappatoni deu a titularidade a Quim, Alcides, Bruno Aguiar e Nuno Gomes. Destaca-se o facto destes 4 jogadores (e ainda Ricardo Rocha) não terem participado em mais de 10 jogos nesta época da Superliga. A dupla de centrais também era nova e nunca havia sido utilizada em conjunto.
O jogo começa e o Sporting cria perigo logo aos 2 minutos. Com mais uma unidade no meio campo (4 para 3), visto que Simão e Geovanni jogavam a extremos e próximos de Nuno Gomes, o Sporting controlou a maior parte do primeiro tempo. Não massacrou, longe disso, mas soube manter a posse de bola e o Benfica longe da baliza de Ricardo. Durante essa pressão, Manuel Fernandes entra de carrinho a Liedson e vê amarelo (aceitável apesar do teatro do brasileiro). Aos 21 minutos, num lance rápido e simples, Rochemback cruza da esquerda, Ricardo Rocha tenta antecipar-se a Liedson, falha clamorosamente e o "Romário de Alvalade" marca um belo golo de cabeça. Quim não teve chances. Com o estádio em polvorosa, Simão entra finalmente em jogo...para protestar e ver amarelo. Duarte Gomes nem deu chances aos jogadores de dialogarem com ele (foi coerente nesse aspecto apesar de ter permitido discussões entre os jogadores - Beto, João Pereira e Hugo Viana é um exemplo). Pouco depois de chegar à vantagem, o Sporting deixa-se empatar. Beto tenta desarmar Geovanni, a bola sobra para Manuel Fernandes que solta em Nuno Gomes que parte de posição bastante discutível (na minha opinião, em linha). O árbitro auxiliar deixou seguir (terá tido dúvidas?) e Ricardo não teve hipóteses de evitar a igualdade. Quase sem saber como, o Benfica põe o jogo novamente na estaca 0.
3 minutos depois do golo do empate, Rochemback agride Petit na cara enquanto mantém o controlo da bola. Duarte Gomes nada assinala. Aos 35 minutos, Geovanni desmarca-se de modo a ficar cara-a-cara com Ricardo, mas é ligeiramente puxado por Rui Jorge. A mão do defesa esquerdo está lá e é visível na televisão. Será que Duarte Gomes não estava encoberto pelo corpo de Rui Jorge? Este é, quanto a mim, mal expulso pois Geovanni não tinha o controlo da bola. Numa altura em que se esperaria um crescimento da equipa do Benfica, o Sporting continuou mais dominador. Hugo Viana desceu para defesa esquerdo, conseguiu suster Simão, mas a equipa ficou algo nervosa e excedeu-se em protestos. Beto e Hugo Viana viram amarelo ainda antes do intervalo por isso mesmo.
Depois do intervalo esperava-se em campo Paíto e...Karadas. O norueguê continuou de fora, o moçambicano rendeu Douala (muito apagado, para render em jogo grande tem de jogar mais na linha) e o Sporting ficou num 4*4*1 com Carlos Martins e Rochemback preponderantes na movimentação ofensiva, sempre com os olhos postos em Liedson. O Benfica não mexeu e manteve gente a mais na defesa. A solução era óbvia: passar a 2 trincos e avançar um homem para as costas do ponta-de-lança (ou mesmo para o seu lado). Aos 60 minutos, Manuel Fernandes discute a bola com Rogério, comete falta e Duarte Gomes poupa-lhe o segundo amarelo (prevaleceu o critério do "amarelo só aos carrinhos e protestos"). Pouco depois, Liedson passa por Alcides, este puxa ligeiramente a camisola do brasileiro e este cai. Ao seu lado, chegavam João Pereira e Bruno Aguiar. Não consciente disso, e tentando seguir o critério do primeiro tempo, Duarte Gomes expulsa o central benfiquista. Quanto a mim foi mal expulso (se Duarte Gomes optasse por considerar simulação dos avançados, Liedson seria expulso neste lance).
Por esta altura, Carlitos encontrava-se junto à linha lateral pronto a entrar. Trappatoni ia mexer, mas será que ia arriscar (Parece-me que saíria Geovanni...)? O Benfica fica desorientado, Petit passa, momentaneamente, para central e numa perda de bola de João Pereira (após passe à queima de Petit), Rochemback centra ao segundo poste, Carlos Martins, solto, centra novamente e Liedson resolve o jogo. 2 minutos depois entram Argel (já com amarelo por protestar enquanto aquecia) e Carlitos para os lugares de Bruno Aguiar (apagadíssimo) e Geovanni. Na resposta esperada do Benfica, nota-se a falta de inspiração de Simão na marcação de um livre perigoso e o desgaste nítido de Nuno Gomes, com falta de ritmo. A 10 minutos do fim, lançam-se as últimas apostas: Sá Pinto (por Carlos Martins, homem por homem) e Mantorras (saída do lateral João Pereira, recuo de Carlitos).
O jogo torna-se agitado, até demasiado irrequieto, as equipas partem-se ao meio (esteve mal o Sporting em não manter a ordem e calma) e surgem as últimas chances. Mantorras mexeu bem na frente, e cabeceou ao lado. Polga tentou, sem sucesso, o chapéu a Quim. Pouco depois, o jogo termina e o Sporting é considerado, unanimemente, um justo vencedor.
Duarte Gomes foi coerente durante todo o jogo e esteve num plano bom. Alguns erros de pormenor mas coisa pouca. Dúvidas nas expulsões, nas faltas que dão origem a essas mesmas expulsões, no golo de Nuno Gomes, no segundo amarelo a Manuel Fernandes e pouco mais.
José Peseiro jogou pela certa (Beto e Liedson de início, Douala por Paíto) e manteve o losango de meio campo até ao fim. Afinal, era nesse factor que o Sporting era muito superior ao Benfica).
Giovanni Trappatoni arriscou pouco enquanto devia, ficando na dúvida quem saíria para Carlitos antes do 2-1. Não soube aproveitar a superioridade numérica para igualar a luta a meio campo.
Liedson chegou, marcou e resolveu. Perdoado para sempre pois a vitória foi frente ao rival. Fez lembrar os bons tempos de Romário.
Simão voltou a mostrar que não tem personalidade para os grandes jogos. Raramente apareceu e não foi o líder (dentro de campo) que a equipa precisava.
José Peseiro não arriscou a presença de Enakharire e apostou em Beto. Sinal de maior confiança no sub-capitão. O balneário, consciente da sua importância, perdoou Liedson e este resolveu.
Do outro lado, Giovanni Trappatoni deu a titularidade a Quim, Alcides, Bruno Aguiar e Nuno Gomes. Destaca-se o facto destes 4 jogadores (e ainda Ricardo Rocha) não terem participado em mais de 10 jogos nesta época da Superliga. A dupla de centrais também era nova e nunca havia sido utilizada em conjunto.
O jogo começa e o Sporting cria perigo logo aos 2 minutos. Com mais uma unidade no meio campo (4 para 3), visto que Simão e Geovanni jogavam a extremos e próximos de Nuno Gomes, o Sporting controlou a maior parte do primeiro tempo. Não massacrou, longe disso, mas soube manter a posse de bola e o Benfica longe da baliza de Ricardo. Durante essa pressão, Manuel Fernandes entra de carrinho a Liedson e vê amarelo (aceitável apesar do teatro do brasileiro). Aos 21 minutos, num lance rápido e simples, Rochemback cruza da esquerda, Ricardo Rocha tenta antecipar-se a Liedson, falha clamorosamente e o "Romário de Alvalade" marca um belo golo de cabeça. Quim não teve chances. Com o estádio em polvorosa, Simão entra finalmente em jogo...para protestar e ver amarelo. Duarte Gomes nem deu chances aos jogadores de dialogarem com ele (foi coerente nesse aspecto apesar de ter permitido discussões entre os jogadores - Beto, João Pereira e Hugo Viana é um exemplo). Pouco depois de chegar à vantagem, o Sporting deixa-se empatar. Beto tenta desarmar Geovanni, a bola sobra para Manuel Fernandes que solta em Nuno Gomes que parte de posição bastante discutível (na minha opinião, em linha). O árbitro auxiliar deixou seguir (terá tido dúvidas?) e Ricardo não teve hipóteses de evitar a igualdade. Quase sem saber como, o Benfica põe o jogo novamente na estaca 0.
3 minutos depois do golo do empate, Rochemback agride Petit na cara enquanto mantém o controlo da bola. Duarte Gomes nada assinala. Aos 35 minutos, Geovanni desmarca-se de modo a ficar cara-a-cara com Ricardo, mas é ligeiramente puxado por Rui Jorge. A mão do defesa esquerdo está lá e é visível na televisão. Será que Duarte Gomes não estava encoberto pelo corpo de Rui Jorge? Este é, quanto a mim, mal expulso pois Geovanni não tinha o controlo da bola. Numa altura em que se esperaria um crescimento da equipa do Benfica, o Sporting continuou mais dominador. Hugo Viana desceu para defesa esquerdo, conseguiu suster Simão, mas a equipa ficou algo nervosa e excedeu-se em protestos. Beto e Hugo Viana viram amarelo ainda antes do intervalo por isso mesmo.
Depois do intervalo esperava-se em campo Paíto e...Karadas. O norueguê continuou de fora, o moçambicano rendeu Douala (muito apagado, para render em jogo grande tem de jogar mais na linha) e o Sporting ficou num 4*4*1 com Carlos Martins e Rochemback preponderantes na movimentação ofensiva, sempre com os olhos postos em Liedson. O Benfica não mexeu e manteve gente a mais na defesa. A solução era óbvia: passar a 2 trincos e avançar um homem para as costas do ponta-de-lança (ou mesmo para o seu lado). Aos 60 minutos, Manuel Fernandes discute a bola com Rogério, comete falta e Duarte Gomes poupa-lhe o segundo amarelo (prevaleceu o critério do "amarelo só aos carrinhos e protestos"). Pouco depois, Liedson passa por Alcides, este puxa ligeiramente a camisola do brasileiro e este cai. Ao seu lado, chegavam João Pereira e Bruno Aguiar. Não consciente disso, e tentando seguir o critério do primeiro tempo, Duarte Gomes expulsa o central benfiquista. Quanto a mim foi mal expulso (se Duarte Gomes optasse por considerar simulação dos avançados, Liedson seria expulso neste lance).
Por esta altura, Carlitos encontrava-se junto à linha lateral pronto a entrar. Trappatoni ia mexer, mas será que ia arriscar (Parece-me que saíria Geovanni...)? O Benfica fica desorientado, Petit passa, momentaneamente, para central e numa perda de bola de João Pereira (após passe à queima de Petit), Rochemback centra ao segundo poste, Carlos Martins, solto, centra novamente e Liedson resolve o jogo. 2 minutos depois entram Argel (já com amarelo por protestar enquanto aquecia) e Carlitos para os lugares de Bruno Aguiar (apagadíssimo) e Geovanni. Na resposta esperada do Benfica, nota-se a falta de inspiração de Simão na marcação de um livre perigoso e o desgaste nítido de Nuno Gomes, com falta de ritmo. A 10 minutos do fim, lançam-se as últimas apostas: Sá Pinto (por Carlos Martins, homem por homem) e Mantorras (saída do lateral João Pereira, recuo de Carlitos).
O jogo torna-se agitado, até demasiado irrequieto, as equipas partem-se ao meio (esteve mal o Sporting em não manter a ordem e calma) e surgem as últimas chances. Mantorras mexeu bem na frente, e cabeceou ao lado. Polga tentou, sem sucesso, o chapéu a Quim. Pouco depois, o jogo termina e o Sporting é considerado, unanimemente, um justo vencedor.
Duarte Gomes foi coerente durante todo o jogo e esteve num plano bom. Alguns erros de pormenor mas coisa pouca. Dúvidas nas expulsões, nas faltas que dão origem a essas mesmas expulsões, no golo de Nuno Gomes, no segundo amarelo a Manuel Fernandes e pouco mais.
José Peseiro jogou pela certa (Beto e Liedson de início, Douala por Paíto) e manteve o losango de meio campo até ao fim. Afinal, era nesse factor que o Sporting era muito superior ao Benfica).
Giovanni Trappatoni arriscou pouco enquanto devia, ficando na dúvida quem saíria para Carlitos antes do 2-1. Não soube aproveitar a superioridade numérica para igualar a luta a meio campo.
Liedson chegou, marcou e resolveu. Perdoado para sempre pois a vitória foi frente ao rival. Fez lembrar os bons tempos de Romário.
Simão voltou a mostrar que não tem personalidade para os grandes jogos. Raramente apareceu e não foi o líder (dentro de campo) que a equipa precisava.
sábado, janeiro 08, 2005
Porto_7
Numa altura onde o tema do dia é o Sporting-Benfica, o Porto tem aproveitado para reformular o seu plantel. Ou chamemos-lhe antes, o seu balneário. Primeiro, vamos tentar compreender porque o fazem:
Depois de ganhar a Liga dos Campeões, não havia outra maneira de fugir ao busílis da questão: jogadores teriam de ser vendidos (até o treinador o foi!). Assim, Mourinho levou imediatamente com ele Paulo Ferreira e deixou 20 milhões nos cofres portistas(alguns foram de "gorjeta"). Depois, quando sentiu que ainda faltava algo ao Chelsea, garantiu Ricardo Carvalho (a "gorjeta" deste foi muito mais baixa). Ao mesmo tempo saía, inevitavelmente, Deco para o Barcelona. Nesta altura o Porto já tinha perdido outros 2 campeões europeus: Pedro Mendes e Alenitchev. Os dirigentes olharam para os que ficaram e arregassaram as mangas. Em pouco tempo, os craques brasileiros Diego e Luís Fabiano chegaram às Antas. Seitaridis foi o primeiro a chegar e viriam ainda Hélder Postiga, Pepe, Areias, Hugo Leal e Quaresma. A qualidade individual dos jogadores mantinha-se (quase ao mesmo nível): Seitaridis por Paulo Ferreira, o potencial de Pepe e Diego por Ricardo Carvalho e Deco, Hugo Leal por Pedro Mendes, Quaresma por Alenitchev e mais opções atacantes: Fabiano e Postiga.
Mas, as lesões apareceram e afastaram mais campeões europeus: Nuno Valente, Derlei e Costinha. Num curto espaço de tempo, o Porto perdia a sua alma de campeão europeu (recuperou parte na vitória sobre o Chelsea e na vitória da Intercontinental). Mas de tudo isto, surgiu um outro problema: o balneário tinha sido abalado. Luís Fabiano, pressionado pela falta de rendimento, admite no Brasil que o balneário está dividido. Brasileiros são postos à parte no dia-a-dia por parte dos jogadores mais carismáticos e influentes (Vitor Baía, Jorge Costa, Maniche, pensa-se).
O amarelo de Quaresma para não ir à Madeira, as declarações de Carlos Alberto, o Natal atribulado de Derlei, Pepe e Diego serviram para os dirigentes deixarem bem claro uma coisa: o balneário estava "doente" e precisava de ser curado! Começa a mini-revolução: sai Carlos Alberto, depois Derlei e Hugo Almeida. O problema, decerto, não são as contas do clube. São os problemas que trazem estes jogadores que deveriam ter um determinado comportamento e não o têm. Simples também é perceber que quem sai é quem está há mais tempo no clube e quem não teve um investimento elevado. O "ninja" que levou a UEFA para as Antas com os seus dois golos e Carlos Alberto que iniciou a vitória na final da Liga dos Campeões, brevemente estarão esquecidos para o lado das Antas. Ou não...? É que Deco e Ricardo Carvalho deixaram muitas, muitas saudades...
P.S. - O Porto corta o que considera ser o seu mal pela raíz. Para o jogo com o Rio Ave, Costinha, Bosingwa e Hugo Leal deverão ser titulares. Para quem pensa no meio campo que poderia jogar, a mensagem que passa é clara como água: "Aqui não há estrelas!"
Depois de ganhar a Liga dos Campeões, não havia outra maneira de fugir ao busílis da questão: jogadores teriam de ser vendidos (até o treinador o foi!). Assim, Mourinho levou imediatamente com ele Paulo Ferreira e deixou 20 milhões nos cofres portistas(alguns foram de "gorjeta"). Depois, quando sentiu que ainda faltava algo ao Chelsea, garantiu Ricardo Carvalho (a "gorjeta" deste foi muito mais baixa). Ao mesmo tempo saía, inevitavelmente, Deco para o Barcelona. Nesta altura o Porto já tinha perdido outros 2 campeões europeus: Pedro Mendes e Alenitchev. Os dirigentes olharam para os que ficaram e arregassaram as mangas. Em pouco tempo, os craques brasileiros Diego e Luís Fabiano chegaram às Antas. Seitaridis foi o primeiro a chegar e viriam ainda Hélder Postiga, Pepe, Areias, Hugo Leal e Quaresma. A qualidade individual dos jogadores mantinha-se (quase ao mesmo nível): Seitaridis por Paulo Ferreira, o potencial de Pepe e Diego por Ricardo Carvalho e Deco, Hugo Leal por Pedro Mendes, Quaresma por Alenitchev e mais opções atacantes: Fabiano e Postiga.
Mas, as lesões apareceram e afastaram mais campeões europeus: Nuno Valente, Derlei e Costinha. Num curto espaço de tempo, o Porto perdia a sua alma de campeão europeu (recuperou parte na vitória sobre o Chelsea e na vitória da Intercontinental). Mas de tudo isto, surgiu um outro problema: o balneário tinha sido abalado. Luís Fabiano, pressionado pela falta de rendimento, admite no Brasil que o balneário está dividido. Brasileiros são postos à parte no dia-a-dia por parte dos jogadores mais carismáticos e influentes (Vitor Baía, Jorge Costa, Maniche, pensa-se).
O amarelo de Quaresma para não ir à Madeira, as declarações de Carlos Alberto, o Natal atribulado de Derlei, Pepe e Diego serviram para os dirigentes deixarem bem claro uma coisa: o balneário estava "doente" e precisava de ser curado! Começa a mini-revolução: sai Carlos Alberto, depois Derlei e Hugo Almeida. O problema, decerto, não são as contas do clube. São os problemas que trazem estes jogadores que deveriam ter um determinado comportamento e não o têm. Simples também é perceber que quem sai é quem está há mais tempo no clube e quem não teve um investimento elevado. O "ninja" que levou a UEFA para as Antas com os seus dois golos e Carlos Alberto que iniciou a vitória na final da Liga dos Campeões, brevemente estarão esquecidos para o lado das Antas. Ou não...? É que Deco e Ricardo Carvalho deixaram muitas, muitas saudades...
P.S. - O Porto corta o que considera ser o seu mal pela raíz. Para o jogo com o Rio Ave, Costinha, Bosingwa e Hugo Leal deverão ser titulares. Para quem pensa no meio campo que poderia jogar, a mensagem que passa é clara como água: "Aqui não há estrelas!"
sexta-feira, janeiro 07, 2005
DERBY
Epá, debateram-se jogadores, posicionamentos, mas falta o mais importante: o jogo em si!
Um derby não se perspectiva: Lazio-Roma, Atl. Madrid-Real Madrid ou até mesmo um Arsenal-Tottenham são imprevisíveis! Não há chances de dizer o que possa acontecer porque...derby é derby!
Como todos nós gostamos de coisas impossíveis, vamos lá tentar entender (e arriscar num resultado) o que poderá acontecer nos 90 minutos do jogo:
Penso que o Sporting vai entrar mais forte, pressionante, a ganhar muitos cantos logo de início. Num desses lances, abre o marcador. O Benfica terá de subir e Geovanni e Simão irão criar espaços para alguém aparecer solto e marcar no início da segunda parte. Até final o Sporting domina, o Benfica contra-ataca com perigo mas o jogo cai para o lado do Sporting que faz 2-1 apanhando o Benfica num lance em contra-pé.
Dito por um benfiquista, revela pessimismo. Eu sei.
Mas também sei que a condição física vai ser importante e o Benfica estará uns furos abaixo do Sporting pelos dias de férias que teve a mais. Depois, a condição psicológica: aí o Benfica já provou que é fraco (Anderlecht, Supertaça, Porto, Rio Ave e Estugarda). Os deslizes sucedem-se e as falhas de concentração também. O Sporting não é muito melhor.
A favor do Benfica, a história recente: 5 vitórias nos últimos 7 jogos e um palco habitualmente feliz para os encarnados.
Que ganhe o melhor.
Um derby não se perspectiva: Lazio-Roma, Atl. Madrid-Real Madrid ou até mesmo um Arsenal-Tottenham são imprevisíveis! Não há chances de dizer o que possa acontecer porque...derby é derby!
Como todos nós gostamos de coisas impossíveis, vamos lá tentar entender (e arriscar num resultado) o que poderá acontecer nos 90 minutos do jogo:
Penso que o Sporting vai entrar mais forte, pressionante, a ganhar muitos cantos logo de início. Num desses lances, abre o marcador. O Benfica terá de subir e Geovanni e Simão irão criar espaços para alguém aparecer solto e marcar no início da segunda parte. Até final o Sporting domina, o Benfica contra-ataca com perigo mas o jogo cai para o lado do Sporting que faz 2-1 apanhando o Benfica num lance em contra-pé.
Dito por um benfiquista, revela pessimismo. Eu sei.
Mas também sei que a condição física vai ser importante e o Benfica estará uns furos abaixo do Sporting pelos dias de férias que teve a mais. Depois, a condição psicológica: aí o Benfica já provou que é fraco (Anderlecht, Supertaça, Porto, Rio Ave e Estugarda). Os deslizes sucedem-se e as falhas de concentração também. O Sporting não é muito melhor.
A favor do Benfica, a história recente: 5 vitórias nos últimos 7 jogos e um palco habitualmente feliz para os encarnados.
Que ganhe o melhor.
quinta-feira, janeiro 06, 2005
DERBY_AC´s
Aqui temos novamente uma comparação entre pares: Liedson/Douala vs Nuno Gomes/Karadas
Liedson e Douala, são dois jogadores de características semelhantes, e ao mesmo tempo complementares. Semelhantes, porque tanto um como o outro vivem da sua movimentação constante para criarem desiquilibrios nas defensivas adversárias. Complementares, porque ao passo que as deslocações de Douala são sobretudo verticais, as de Liedson são horizontais. Isso faz com que quando Douala procura a linha, Liedson esteja de olho na baliza. 2+2 = .... Golo. Entendem-se às mil maravilhas. E ambos são extremamente rápidos. Outro paralelismo, é a facilidade com que falham golos: Douala porque faz tudo a 1000 à hora. Liedson porque... quer fazer tudo bonito. O remate para ele é uma obra de arte, se fosse um pouco mais objectivo, em vez dos 12 golos já levaria por certo uns 20.
Liedson vai ter muitos olhos em cima de si: Numa altura em que tudo lhe corria às mil maravilhas, ele lembrou-se de complicar um pouco a coisa... no fundo, o que ele faz em frente à baliza. Os sportinguistas olham para ele com um misto de esperança e desconfiança, quando há duas semanas só havia motivos para admiração. Liedson sabe disso... Será capaz de aguentar? Aquele cartão que vê em Guimarães, é premeditado e revela alguma frieza,calculismo e objectividade: que as mostre na hora de rematar à baliza.
Chegados à dupla da luz, é difícil de analisar o que é esperado deles em conjunto. Primeiro que tudo é esperado que cavem faltas á entrada da área (tanto um como o outro são muito bons nisso, e essa é uma das funções de um bom ponta de lança), de Nuno Gomes espera-se que segure a bola para a soltar nas alas , ou para o remate de Petit. De Karadas que possa fazer golos de cabeça, e que ganhe espaço para o remate na área. Complementam-se? Não gosto da dupla que podem formar. Diz-se muita vez que Nuno Gomes é bom com alguém ao lado (fala-se de Deane, fala-se de Jimmy, mas quanto a mim fala-se do passado), mas o que isso quer dizer é que já não sabe fazer golos. Mas tem muita técnica, já não tem o poder de desmarcação de outrora (tinha sempre uma chance isolado), e sobretudo não sabe rematar dentro da área. Tem bom remate fora dela. É ium perigo, e transcende-se em jogos importantes (sendo que a confiança dos responsáveis nele, é tanta que mesmo vindo de uma lesão é o único que tem lugar garantido no ataque do Benfica).
Karadas, é um espectáculo dentro do espectáculo, remata muito bem, mas não é muito dotado tecnicamente. Está sempre a reclamar, tem temperamento duvidoso, e se for Polga a marcá-lo é certo que fará um golito de cabeça, ou que pelo menos terá chance soberana para tal.
Duas duplas interessantes, mas a estatística prova-o: Vantagem Sporting Clube de Portugal (grande vantagem- Liedson Resolve... se resolver jogar, claro está. É que Liedson, para além de resolver, parece que também Manda... aí o perigo deixa de ser para as defesas e passa a ser para o SCP).
Liedson e Douala, são dois jogadores de características semelhantes, e ao mesmo tempo complementares. Semelhantes, porque tanto um como o outro vivem da sua movimentação constante para criarem desiquilibrios nas defensivas adversárias. Complementares, porque ao passo que as deslocações de Douala são sobretudo verticais, as de Liedson são horizontais. Isso faz com que quando Douala procura a linha, Liedson esteja de olho na baliza. 2+2 = .... Golo. Entendem-se às mil maravilhas. E ambos são extremamente rápidos. Outro paralelismo, é a facilidade com que falham golos: Douala porque faz tudo a 1000 à hora. Liedson porque... quer fazer tudo bonito. O remate para ele é uma obra de arte, se fosse um pouco mais objectivo, em vez dos 12 golos já levaria por certo uns 20.
Liedson vai ter muitos olhos em cima de si: Numa altura em que tudo lhe corria às mil maravilhas, ele lembrou-se de complicar um pouco a coisa... no fundo, o que ele faz em frente à baliza. Os sportinguistas olham para ele com um misto de esperança e desconfiança, quando há duas semanas só havia motivos para admiração. Liedson sabe disso... Será capaz de aguentar? Aquele cartão que vê em Guimarães, é premeditado e revela alguma frieza,calculismo e objectividade: que as mostre na hora de rematar à baliza.
Chegados à dupla da luz, é difícil de analisar o que é esperado deles em conjunto. Primeiro que tudo é esperado que cavem faltas á entrada da área (tanto um como o outro são muito bons nisso, e essa é uma das funções de um bom ponta de lança), de Nuno Gomes espera-se que segure a bola para a soltar nas alas , ou para o remate de Petit. De Karadas que possa fazer golos de cabeça, e que ganhe espaço para o remate na área. Complementam-se? Não gosto da dupla que podem formar. Diz-se muita vez que Nuno Gomes é bom com alguém ao lado (fala-se de Deane, fala-se de Jimmy, mas quanto a mim fala-se do passado), mas o que isso quer dizer é que já não sabe fazer golos. Mas tem muita técnica, já não tem o poder de desmarcação de outrora (tinha sempre uma chance isolado), e sobretudo não sabe rematar dentro da área. Tem bom remate fora dela. É ium perigo, e transcende-se em jogos importantes (sendo que a confiança dos responsáveis nele, é tanta que mesmo vindo de uma lesão é o único que tem lugar garantido no ataque do Benfica).
Karadas, é um espectáculo dentro do espectáculo, remata muito bem, mas não é muito dotado tecnicamente. Está sempre a reclamar, tem temperamento duvidoso, e se for Polga a marcá-lo é certo que fará um golito de cabeça, ou que pelo menos terá chance soberana para tal.
Duas duplas interessantes, mas a estatística prova-o: Vantagem Sporting Clube de Portugal (grande vantagem- Liedson Resolve... se resolver jogar, claro está. É que Liedson, para além de resolver, parece que também Manda... aí o perigo deixa de ser para as defesas e passa a ser para o SCP).
DERBY_ME
Nesta posição temos dois produtos com o selo de garantia da escola do SCP: Hugo Viana vs Simão Sabrosa.
De Viana pode dizer-se que sempre foi um jogador sobrevalorizado pela crítica: Olhando para ele, vê-se que é um rapaz cheio de ideias, com um bom remate, com capacidade para fazer passes dificeis. Também se vê que: É mole, perde muitas bolas, como só quer fazer passes difíceis deve ser o jogador com mais passes falhados da superliga, não é particularmente rápido...
O Balanço... Bem, este ano é positivo. Porque tem aparecido bem na área para fazer golos (por isso acrescente-se aos aspectos positivos a sua movimentação), porque quando acerta os passes, por norma causa desequilíbrios, e sobretudo porque no SCP a bola não tem que passar por ele, e não é dele que se esperam as decisões.´
No modelo táctico de Peseiro, Viana é o jogador que fecha o centro esquerda, e que beneficia muitas vezes do acompanhamento que Douala faz das subidas dos laterais para não ter que correr muito. É também um jogador, que pela posição que ocupa em campo, cria um dilema: Quem é que o marca?? O Lateral não pode descer tanto no terreno para o marcar, o trinco tem lá outro jogador com que se preocupar, o extremo seria a resposta mais correcta, mas não se deve desgastar assim tanto em missões defensivas... SE Liedson resolve, Hugo Viana desequilibra, e preocupa, e cria diferentes problemas a quem tem que o defender.
Do lado do SLB, Simão Sabrosa, o rapaz que vai lá para dentro com a braçadeira porque quer ter algo no braço. Simão Sabrosa é um muito bom jogador. É rápido, tem um muito bom remate, se ganha a linha cruza bem, se vai para o meio finaliza ainda melhor, se tem uma bola parada para bater... ponham a bola no centro do campo, e poupem o embaraço ao GR. É muito frio na hora de finalizar, desmarca-se bem. O único problema que tem (futebolísticamente, porque se formos a falar no seu carácter e na sua força mental enquanto jogador, nunca mais saímos daqui, tamanhas são as suas lacunas), é a excessiva dependência que a sua equipa tem dele, que o briga a repetir os seus movimentos vezes e vezes sem conta, tornando-o previsível. Não é aquele extremo que finte tudo oque lhe aparece à frente, mas é aquele extremo que sabe onde estar e sobretudo, para onde tem que ir.
Vantagem clara para o SLB, que precisa de um Simão ao mais alto nível para brilhar (Há quem duvide: serve para os jogos grandes?) .
De Viana pode dizer-se que sempre foi um jogador sobrevalorizado pela crítica: Olhando para ele, vê-se que é um rapaz cheio de ideias, com um bom remate, com capacidade para fazer passes dificeis. Também se vê que: É mole, perde muitas bolas, como só quer fazer passes difíceis deve ser o jogador com mais passes falhados da superliga, não é particularmente rápido...
O Balanço... Bem, este ano é positivo. Porque tem aparecido bem na área para fazer golos (por isso acrescente-se aos aspectos positivos a sua movimentação), porque quando acerta os passes, por norma causa desequilíbrios, e sobretudo porque no SCP a bola não tem que passar por ele, e não é dele que se esperam as decisões.´
No modelo táctico de Peseiro, Viana é o jogador que fecha o centro esquerda, e que beneficia muitas vezes do acompanhamento que Douala faz das subidas dos laterais para não ter que correr muito. É também um jogador, que pela posição que ocupa em campo, cria um dilema: Quem é que o marca?? O Lateral não pode descer tanto no terreno para o marcar, o trinco tem lá outro jogador com que se preocupar, o extremo seria a resposta mais correcta, mas não se deve desgastar assim tanto em missões defensivas... SE Liedson resolve, Hugo Viana desequilibra, e preocupa, e cria diferentes problemas a quem tem que o defender.
Do lado do SLB, Simão Sabrosa, o rapaz que vai lá para dentro com a braçadeira porque quer ter algo no braço. Simão Sabrosa é um muito bom jogador. É rápido, tem um muito bom remate, se ganha a linha cruza bem, se vai para o meio finaliza ainda melhor, se tem uma bola parada para bater... ponham a bola no centro do campo, e poupem o embaraço ao GR. É muito frio na hora de finalizar, desmarca-se bem. O único problema que tem (futebolísticamente, porque se formos a falar no seu carácter e na sua força mental enquanto jogador, nunca mais saímos daqui, tamanhas são as suas lacunas), é a excessiva dependência que a sua equipa tem dele, que o briga a repetir os seus movimentos vezes e vezes sem conta, tornando-o previsível. Não é aquele extremo que finte tudo oque lhe aparece à frente, mas é aquele extremo que sabe onde estar e sobretudo, para onde tem que ir.
Vantagem clara para o SLB, que precisa de um Simão ao mais alto nível para brilhar (Há quem duvide: serve para os jogos grandes?) .
DERBY_MD
Uma das minhas preferidas: Carlos Martins vs Geovanni.
Em condições normais, é caso para dizer: It´s a no contest.
Carlos Martins é um jogador muito fino. Tem uma excelente técnica, tem um aspecto relativamente frágil, mas é forte, e neste momento aumentou em muito o seu grande ponto fraco: Os índides físicos e psicológicos.
Explode para cima do adversário, tem recursos técnicos muito acima da média que lhe permitem decidir no último momento o que fazer, a sua achada qualidade física permite-lhe subir e descer no terreno, e tem um remate, que faz tremer o mais seguro dos guarda-redes. Finalmente está a cumprir as promessas que "fez" aos sportinguistas com as suas excelentes épocas nos escalões de formação, que lhe valeram alcunhas como "Beckenbauer", que tanto gozo provocaram em algumas pessoas.
Geovanni, é o jogador incógnita: Ainda não descobriu a sua posição. No ínicio do ano reclamava um lugar no centro do terreno, depois jogou lá, e afinal já não se sentia bem. Encostado à linha outra vez... a dúvida permanece.
Vou estabelecer o paralelismo perfeito: É o Tello do Benfica. O clube quer rentabilizá-lo, mas não sabe como...
Mas é tudo mau? Não. Este jogador tem facilidade de remate, e até aparece bem nos espaços livres. É um bom concretizador em potência... Na prática, é um mau jogador. Disse há pouco que era uma incógnita, mas às vezes mais parece incógnito: Onde anda ele? Está na linha... Ai não, é o fiscal de linha. Curiosamente, enfrenta em Rui Jorge o jogador perfeito para ele poder brilhar: Contem com uma corrida entre a tartaruga e a formiga. A formiga não é terrivelmente rápida, mas o touchet não está para correrias. Rui Jorge até costuma dar espaço aos adversários para rematarem, e isto Geovanni faz bem. Por outro lado, para que o jogo do Benfica vingue, as alas têm que ser solicitadas - "Geo, é o teu jogo. Agarra-o ou põe-te a andar!!" - dirão os benfiquistas.
Vantagem clara, claríssima, absoluta, certíssima para o SCP.
Em condições normais, é caso para dizer: It´s a no contest.
Carlos Martins é um jogador muito fino. Tem uma excelente técnica, tem um aspecto relativamente frágil, mas é forte, e neste momento aumentou em muito o seu grande ponto fraco: Os índides físicos e psicológicos.
Explode para cima do adversário, tem recursos técnicos muito acima da média que lhe permitem decidir no último momento o que fazer, a sua achada qualidade física permite-lhe subir e descer no terreno, e tem um remate, que faz tremer o mais seguro dos guarda-redes. Finalmente está a cumprir as promessas que "fez" aos sportinguistas com as suas excelentes épocas nos escalões de formação, que lhe valeram alcunhas como "Beckenbauer", que tanto gozo provocaram em algumas pessoas.
Geovanni, é o jogador incógnita: Ainda não descobriu a sua posição. No ínicio do ano reclamava um lugar no centro do terreno, depois jogou lá, e afinal já não se sentia bem. Encostado à linha outra vez... a dúvida permanece.
Vou estabelecer o paralelismo perfeito: É o Tello do Benfica. O clube quer rentabilizá-lo, mas não sabe como...
Mas é tudo mau? Não. Este jogador tem facilidade de remate, e até aparece bem nos espaços livres. É um bom concretizador em potência... Na prática, é um mau jogador. Disse há pouco que era uma incógnita, mas às vezes mais parece incógnito: Onde anda ele? Está na linha... Ai não, é o fiscal de linha. Curiosamente, enfrenta em Rui Jorge o jogador perfeito para ele poder brilhar: Contem com uma corrida entre a tartaruga e a formiga. A formiga não é terrivelmente rápida, mas o touchet não está para correrias. Rui Jorge até costuma dar espaço aos adversários para rematarem, e isto Geovanni faz bem. Por outro lado, para que o jogo do Benfica vingue, as alas têm que ser solicitadas - "Geo, é o teu jogo. Agarra-o ou põe-te a andar!!" - dirão os benfiquistas.
Vantagem clara, claríssima, absoluta, certíssima para o SCP.
Reflexão_8
Aos 88' Pedro Mendes chuta do meio campo, Roy Carrol tem um deslize (habitual nele) e a bola entra na baliza. O árbitro auxiliar não viu porque estava longe (bem colocado e a acompanhar o lance onde ele se desenrolava) uma jogada mais evidente que a do Benfica-Porto.
Vejam as reacções dos intervenientes e não só:
"O árbitro estava perto de mim e dali era impossível perceber se a bola entrara"
"Só no balneário percebi que tinha sido golo"
Pedro Mendes, marcador do golo anulado
"Foi tão óbvio que a bola rematada por Pedro Mendes entrou... É incrível que o golo não tenha sido validado. Sentimo-nos roubados, mas também compreendo que era difícil ao árbitro e ao árbitro-assistente julgar o lance"
Martin Jol, treinador do Tottenham
"A bola entrou. Não há dúvidas. Penso que este lance serve para convencer as pessoas que pensam ser impossível aplicar a tecnologia ao futebol. Se tivermos de demorar 30 segundos a consultar a televisão para saber se a bola entrou, penso que não é grave. É mais ou menos o tempo que um guarda-redes demora a marcar um pontapé-de-baliza"
Alex Ferguson, treinador do Manchester United
"Quando toda a gente, menos o árbitro, vê que foi golo, isso deve reforçar a ideia de que as imagens podem ajudar a tomar a decisão mais correcta. É um excelente exemplo para demonstrar as situações em que o árbitro deve poder ter acesso à televisão"
Arsène Wenger, treinador do Arsenal
"Fiz o meu trabalho, que era estar em linha com o último defesa do Manchester para saber se havia fora-de-jogo. Estava a 25 metros da linha de golo e era impossível, a essa distância, saber se a bola ultrapassou a linha. Só se corresse tão rápido como Linford Christie... Não podia adivinhar, pois temos de ter cem por cento de certeza neste tipo de lances"
Rob Lewis, árbitro-assistente que não validou o golo
"O árbitro-assistente roubou os 'spurs', que foram impedidos de ganhar por uma das decisões mais controversas da história da Premier League. Roy Carroll largou a bola para dentro da baliza"
Sky Sports
"O jogo teve um clímax sensacional, quando o Tottenham marcou um golo que deveria ter sido o da vitória, mas não foi validado pelo árbitro nem pelo árbitro-assistente. A bola rematada por Pedro Mendes ultrapassou claramente a linha de baliza"
Site oficial do Manchester United
1º - O lance é mais nítido que o do Benfica-Porto, mas o treinador da equipa prejudicada compreendeu que o árbitro não visse. Trappatoni não.
2º - O site do Man Utd reconheceu o erro do árbitro e o benefício à sua equipa dessa decisão. O site do Porto não.
3º - O treinador de um dos rivais directos dos beneficiados interviu de forma construtiva (recurso à tecnologia). Do Sporting nada se ouviu nesse sentido.
4º - E a mais importante de todas: O árbitro assistente inglês explicou o lance e deixou bem claro que pensou no que poderia ter feito mal. O árbitro auxiliar português não falou e foi defendido por Luís Guilherme que limitou-se a dizer que o lance não era suficientemente claro na televisão e que queria mais imagens televisivas!
Se recuarmos algumas semanas e lermos o que foi dito e escrito aquando do lance do Benfica-Porto sentimo-nos envergonhados...
Vejam as reacções dos intervenientes e não só:
"O árbitro estava perto de mim e dali era impossível perceber se a bola entrara"
"Só no balneário percebi que tinha sido golo"
Pedro Mendes, marcador do golo anulado
"Foi tão óbvio que a bola rematada por Pedro Mendes entrou... É incrível que o golo não tenha sido validado. Sentimo-nos roubados, mas também compreendo que era difícil ao árbitro e ao árbitro-assistente julgar o lance"
Martin Jol, treinador do Tottenham
"A bola entrou. Não há dúvidas. Penso que este lance serve para convencer as pessoas que pensam ser impossível aplicar a tecnologia ao futebol. Se tivermos de demorar 30 segundos a consultar a televisão para saber se a bola entrou, penso que não é grave. É mais ou menos o tempo que um guarda-redes demora a marcar um pontapé-de-baliza"
Alex Ferguson, treinador do Manchester United
"Quando toda a gente, menos o árbitro, vê que foi golo, isso deve reforçar a ideia de que as imagens podem ajudar a tomar a decisão mais correcta. É um excelente exemplo para demonstrar as situações em que o árbitro deve poder ter acesso à televisão"
Arsène Wenger, treinador do Arsenal
"Fiz o meu trabalho, que era estar em linha com o último defesa do Manchester para saber se havia fora-de-jogo. Estava a 25 metros da linha de golo e era impossível, a essa distância, saber se a bola ultrapassou a linha. Só se corresse tão rápido como Linford Christie... Não podia adivinhar, pois temos de ter cem por cento de certeza neste tipo de lances"
Rob Lewis, árbitro-assistente que não validou o golo
"O árbitro-assistente roubou os 'spurs', que foram impedidos de ganhar por uma das decisões mais controversas da história da Premier League. Roy Carroll largou a bola para dentro da baliza"
Sky Sports
"O jogo teve um clímax sensacional, quando o Tottenham marcou um golo que deveria ter sido o da vitória, mas não foi validado pelo árbitro nem pelo árbitro-assistente. A bola rematada por Pedro Mendes ultrapassou claramente a linha de baliza"
Site oficial do Manchester United
1º - O lance é mais nítido que o do Benfica-Porto, mas o treinador da equipa prejudicada compreendeu que o árbitro não visse. Trappatoni não.
2º - O site do Man Utd reconheceu o erro do árbitro e o benefício à sua equipa dessa decisão. O site do Porto não.
3º - O treinador de um dos rivais directos dos beneficiados interviu de forma construtiva (recurso à tecnologia). Do Sporting nada se ouviu nesse sentido.
4º - E a mais importante de todas: O árbitro assistente inglês explicou o lance e deixou bem claro que pensou no que poderia ter feito mal. O árbitro auxiliar português não falou e foi defendido por Luís Guilherme que limitou-se a dizer que o lance não era suficientemente claro na televisão e que queria mais imagens televisivas!
Se recuarmos algumas semanas e lermos o que foi dito e escrito aquando do lance do Benfica-Porto sentimo-nos envergonhados...
terça-feira, janeiro 04, 2005
Derby_MC
ROCA vs manuel fernandes...
Rochemback é um jogador que mesmo fora de forma tem uma importancia vital no SCP. Confere músculo ao meio campo, coloca a bola onde quer, é um perigo a rematar (mesmo com zero golos) e sobretudo, quando pega na bola faz com que pelo menos 2 adversários se concentrem nas suas acções. Ora o Benfica no meio campo, vai ter 2 jogadores...
As virtudes do atleta não estão em causa, a sua sublima técnica, a sua capacidade de explosão, etc e tal... Em forma, é um verdadeiro perigo, é uma bomba. Fora de forma, pode ser um perigo. Cansado, não pode fazer muito, durante muito tempo. O Roca de hoje dura 30 mins, 45 no máximo ao mais alto nível. A sua capacidade física é altamente duvidosa, e é possível a um dos homens do meio campo benfiquista impedi-lo de ter a bola, o que lhe vai retirar protagonismo ofensivo, mas nunca vai apagar o seu protagonismo defensivo. Roca está sempre no sítio certo. A outra falha que ele apresenta, é o facto de nunca o ter visto jogar ao mais alto nível em jogos importantes... Será que este membro do grupo dos picanha (ele, Rogério, Polga e Lidson - agora sem Tinga) treme? A rever.
Manuel Fernandes é um jogador com muito potencial: É forte, tem boa capacidade técnica, é inclusivé bom driblador. Mas a responsabilidade de coordenar o meio campo do benfica não lhe assnta bem neste momento. Meter isso nas mãos deste miúdo, é dar tudo para Petit fazer. Já li que Manuel Fernandes é um 10 em potencia... O tipico folclore à volta dos jogadores encarnados, wque anteriormente fez de Hugo Leal um Deus, de João Pereira o novo Chalana, De Calado um valor de 10 milhões de euros, de Dimas um grande lateral esquerdo... a lista é infindável. Mas este Manuel Fernandes é de todos o que apresenta mais condições - Rápido, bom no ar, com boa condição física, remata bem - é um excelente box to box em perspectiva, assim aprenda a pisar os terrenos certos, e a não querer estar em todo o lado. No meio campo do Benfica parece que não há funções definidas, e muito passa pelo facto deste miúdo ainda não ter crescido como jogador... Terá tempo para crescer?
Quem já não precisa de crecer mais (em todos os sentidos) é Fábio Rochemback e portanto a vantagem aqui é toda do SCP.
Rochemback é um jogador que mesmo fora de forma tem uma importancia vital no SCP. Confere músculo ao meio campo, coloca a bola onde quer, é um perigo a rematar (mesmo com zero golos) e sobretudo, quando pega na bola faz com que pelo menos 2 adversários se concentrem nas suas acções. Ora o Benfica no meio campo, vai ter 2 jogadores...
As virtudes do atleta não estão em causa, a sua sublima técnica, a sua capacidade de explosão, etc e tal... Em forma, é um verdadeiro perigo, é uma bomba. Fora de forma, pode ser um perigo. Cansado, não pode fazer muito, durante muito tempo. O Roca de hoje dura 30 mins, 45 no máximo ao mais alto nível. A sua capacidade física é altamente duvidosa, e é possível a um dos homens do meio campo benfiquista impedi-lo de ter a bola, o que lhe vai retirar protagonismo ofensivo, mas nunca vai apagar o seu protagonismo defensivo. Roca está sempre no sítio certo. A outra falha que ele apresenta, é o facto de nunca o ter visto jogar ao mais alto nível em jogos importantes... Será que este membro do grupo dos picanha (ele, Rogério, Polga e Lidson - agora sem Tinga) treme? A rever.
Manuel Fernandes é um jogador com muito potencial: É forte, tem boa capacidade técnica, é inclusivé bom driblador. Mas a responsabilidade de coordenar o meio campo do benfica não lhe assnta bem neste momento. Meter isso nas mãos deste miúdo, é dar tudo para Petit fazer. Já li que Manuel Fernandes é um 10 em potencia... O tipico folclore à volta dos jogadores encarnados, wque anteriormente fez de Hugo Leal um Deus, de João Pereira o novo Chalana, De Calado um valor de 10 milhões de euros, de Dimas um grande lateral esquerdo... a lista é infindável. Mas este Manuel Fernandes é de todos o que apresenta mais condições - Rápido, bom no ar, com boa condição física, remata bem - é um excelente box to box em perspectiva, assim aprenda a pisar os terrenos certos, e a não querer estar em todo o lado. No meio campo do Benfica parece que não há funções definidas, e muito passa pelo facto deste miúdo ainda não ter crescido como jogador... Terá tempo para crescer?
Quem já não precisa de crecer mais (em todos os sentidos) é Fábio Rochemback e portanto a vantagem aqui é toda do SCP.
DERBY_TRINCO
Na posição de trinco analisamos Custódio e Petit.
Custódio começou a época no banco de suplentes. Não era a opção mais credível para o treinador, que via em Viana, Barbosa, Rogério e Tinga um quarteto bastante sólido. Com os maus resultados acumulados, cedo Peseiro olhou para este jogador como o garante de alguma tranquilidade num meio campo de jogadores criativos, que têm em mente fazer jogadas bonitas, ir para cima do adversário, que arriscam no passe... Custódio é a chamada àgua na fervura. É um jogador que tendo uma técnica razoável, compreende que não é nenhum fora de série, não se aventura muito no ataque, porque entende as suas limitações de movimentação (não é particularmente dinâmico, nem rápido), é o homem que assegura que está sempre alguém presente para fazer face a perdas de bola no meio campo leonino. Tudo bem, garante estabilidade... Mas nem por isso o SCP tem deixado de sofrer golos. E isto porque as intervenções defensivas de Custódio limitam-se àquele espaço central entre a defesa e o meio campo... Não compensa as subidas dos seus laterais (é raro vê-lo fazer uma dobra à esquerda ou à direita), o que obriga os centrais a fazê-lo - Isso não seria grande problema, se Custódio compensasse os seus centrais no centro da defesa... mas não o faz, e quando o faz, o seu jogo de cabeça é deveras deficiente, e não lhe permite ganhar qualquer bola (nos lances de bola parada, os responsáveis pelos golos que o SCP sofre são sempre Custódio ou Polga), o que ajuda a explicar a ideia de Peseiro em pôr Beto a trinco, era tão bom ter um trinco que compensasse alguma coisa na defesa não era mister? Bom a equilibrar o meio campo, caótico a equilibrar a defesa. Não há bela sem senão.
Chegados ao Benfica e a Petit...Petit, é um caceteiro com muita técnica e que tem no meio campo do Benfica uma missão extremamente complicada, senão vejamos: 1- Defender, compensando sobretudo as subidas do lateral direito do benfica, porque o lateral esquerdo sobe muito pouco; 2- Estar disponível para ser o primeiro receptor de bola, assim que ela sai da defesa do Benfica; 3- Ah, se for ele a recuperá-la é ele que tem que a levar; 4- Se a recuperar do lado direito, tem que fazer um passe longo para o Simão; 5- Ainda tem que dizer ao Manuel Fernandes aonde é que tem que estar; 6- Imprimir velocidade ao jogo do Benfica; 7- De vez em quando ir lá frente criar desiquilíbrios e rematar de longe; 8- Ufff... se eu já estou cansado de escrever isto, nem quero imaginar o pulmão do homem ; 9- Bater as bolas paradas; 10- Bater nos homens que se mexem; 10- Controlar o seu mau génio.
Por tudo isto, e sobretudo porque faz praticamente tudo isto se estiver num dia bom (se jogasse bem de cabeça era tão bom como o Costinha, eheheheh), a vantagem nesta posição é claramente da equipa visitante.
Custódio começou a época no banco de suplentes. Não era a opção mais credível para o treinador, que via em Viana, Barbosa, Rogério e Tinga um quarteto bastante sólido. Com os maus resultados acumulados, cedo Peseiro olhou para este jogador como o garante de alguma tranquilidade num meio campo de jogadores criativos, que têm em mente fazer jogadas bonitas, ir para cima do adversário, que arriscam no passe... Custódio é a chamada àgua na fervura. É um jogador que tendo uma técnica razoável, compreende que não é nenhum fora de série, não se aventura muito no ataque, porque entende as suas limitações de movimentação (não é particularmente dinâmico, nem rápido), é o homem que assegura que está sempre alguém presente para fazer face a perdas de bola no meio campo leonino. Tudo bem, garante estabilidade... Mas nem por isso o SCP tem deixado de sofrer golos. E isto porque as intervenções defensivas de Custódio limitam-se àquele espaço central entre a defesa e o meio campo... Não compensa as subidas dos seus laterais (é raro vê-lo fazer uma dobra à esquerda ou à direita), o que obriga os centrais a fazê-lo - Isso não seria grande problema, se Custódio compensasse os seus centrais no centro da defesa... mas não o faz, e quando o faz, o seu jogo de cabeça é deveras deficiente, e não lhe permite ganhar qualquer bola (nos lances de bola parada, os responsáveis pelos golos que o SCP sofre são sempre Custódio ou Polga), o que ajuda a explicar a ideia de Peseiro em pôr Beto a trinco, era tão bom ter um trinco que compensasse alguma coisa na defesa não era mister? Bom a equilibrar o meio campo, caótico a equilibrar a defesa. Não há bela sem senão.
Chegados ao Benfica e a Petit...Petit, é um caceteiro com muita técnica e que tem no meio campo do Benfica uma missão extremamente complicada, senão vejamos: 1- Defender, compensando sobretudo as subidas do lateral direito do benfica, porque o lateral esquerdo sobe muito pouco; 2- Estar disponível para ser o primeiro receptor de bola, assim que ela sai da defesa do Benfica; 3- Ah, se for ele a recuperá-la é ele que tem que a levar; 4- Se a recuperar do lado direito, tem que fazer um passe longo para o Simão; 5- Ainda tem que dizer ao Manuel Fernandes aonde é que tem que estar; 6- Imprimir velocidade ao jogo do Benfica; 7- De vez em quando ir lá frente criar desiquilíbrios e rematar de longe; 8- Ufff... se eu já estou cansado de escrever isto, nem quero imaginar o pulmão do homem ; 9- Bater as bolas paradas; 10- Bater nos homens que se mexem; 10- Controlar o seu mau génio.
Por tudo isto, e sobretudo porque faz praticamente tudo isto se estiver num dia bom (se jogasse bem de cabeça era tão bom como o Costinha, eheheheh), a vantagem nesta posição é claramente da equipa visitante.
segunda-feira, janeiro 03, 2005
DERBY_DC´S
Com algum atraso, chegámos a uma das posições que mais influencia podem ter no decorrer de um jogo: O centro da defesa.
Até agora, temos tido certezas no Sporting e dúvidas no Benfica... Moreira ou Quim? Miguel ou João Pereira? Fyssas ou Dos Santos?
Na posição de Defesas centrais, os leões juntam-se às àguias no mar de indefinições.
Ao longo da época, o Sporting já utilizou os seus 4 centrais. Começou a época com Hugo e Polga. O Erro de Hugo em Setúbal (1 penalty escusado), obrigou Beto a voltar mais depressa, reeditando a dupla com Polga... Mas Beto não teve pré-época, e por incrível que pareça nunca mais pareceu à vontade em campo. Parece lento, com pouco timing de entrada aos lances, deficiente abordagem no jogo aéreo, erra passes que por hábito não falha e nem sequer consegue fazer aquelas subidas com a bola controlada (deixou-as a cargo de Polga). Enakarhire, que há muito justificava uma oportunidade e que por isso foi encostado à direita, começou a surgir no meio da defesa leonina com uma regularidade impressionante. Bom na marcação individual, óptimo jogo de cabeça, intratável no um para um, e sem hesitar em jogar feio. Polga, esteve ao seu nível : Optimo pelo chão (É muito dificil passar por este brasileiro), sofrível pelo ar (há bolas às quais nem salta...), e com lapsos de concentração aqui e ali. Tudo somado, e em teoria a dupa ideal seria Enakarhire com um dos centrais mais virtuosos, mas dá asensação que o estatuto pesa e que Peseiro não consegue prescindir de Beto, pese embora o seu mau momento de forma. Sou da opinião, que neste momento até Hugo seria uma solução mais credível (embora Hugo tenha regressado de uma lesão). Gostava de ver a dupla Hugo - Enak... Suspeito que seria a melhor para o que o SCP precisa de ter no centro da defesa - Segurança e chutão para frente.
Na defesa do Benfica... Só dúvidas, todos se lesionam à vez, e única certeza que todos têm é que tanto Argel com Amoreirinha são jogadores de qualidade muito duvidosa. Sobram Rocha e Luisão, com prova de qualidade dada, e Alcides... Quem? Quê? Isso mesmo, uma incógnita. Rocha e Luisão começaram a época em bom nível. O Benfica jogava bem, e os dois centrais davam conta do recado, complementando na perfeição as suas qualidades: Luisão, óptimo pelo ar, Rocha bom pelo chão (sem deixar de ser bom no jogo aéreo). Entretanto vieram as lesões de Ricardo Rocha e tb de Luisão, o centro do Benfica começou a tremer por todos os lados, os dois jogadores que antes das lesões já davam sinais de começar a fraquejar não mais conseguiram exibir a mesma qualidade (O Benfica pós jogo com o FCP, piorou a todos os níveis, menos talvez na extrema esquerda). Voltam os fantasmas sobre a capacidade de empenho e marcação individual de Luisão, e a questão das eternar precipitações de Ricardo Rocha (Sr. Queima)...
Partindo do princípio que as duplas serão Polga-Enak, e Luisão-Rocha... Dá empate.
Até agora, temos tido certezas no Sporting e dúvidas no Benfica... Moreira ou Quim? Miguel ou João Pereira? Fyssas ou Dos Santos?
Na posição de Defesas centrais, os leões juntam-se às àguias no mar de indefinições.
Ao longo da época, o Sporting já utilizou os seus 4 centrais. Começou a época com Hugo e Polga. O Erro de Hugo em Setúbal (1 penalty escusado), obrigou Beto a voltar mais depressa, reeditando a dupla com Polga... Mas Beto não teve pré-época, e por incrível que pareça nunca mais pareceu à vontade em campo. Parece lento, com pouco timing de entrada aos lances, deficiente abordagem no jogo aéreo, erra passes que por hábito não falha e nem sequer consegue fazer aquelas subidas com a bola controlada (deixou-as a cargo de Polga). Enakarhire, que há muito justificava uma oportunidade e que por isso foi encostado à direita, começou a surgir no meio da defesa leonina com uma regularidade impressionante. Bom na marcação individual, óptimo jogo de cabeça, intratável no um para um, e sem hesitar em jogar feio. Polga, esteve ao seu nível : Optimo pelo chão (É muito dificil passar por este brasileiro), sofrível pelo ar (há bolas às quais nem salta...), e com lapsos de concentração aqui e ali. Tudo somado, e em teoria a dupa ideal seria Enakarhire com um dos centrais mais virtuosos, mas dá asensação que o estatuto pesa e que Peseiro não consegue prescindir de Beto, pese embora o seu mau momento de forma. Sou da opinião, que neste momento até Hugo seria uma solução mais credível (embora Hugo tenha regressado de uma lesão). Gostava de ver a dupla Hugo - Enak... Suspeito que seria a melhor para o que o SCP precisa de ter no centro da defesa - Segurança e chutão para frente.
Na defesa do Benfica... Só dúvidas, todos se lesionam à vez, e única certeza que todos têm é que tanto Argel com Amoreirinha são jogadores de qualidade muito duvidosa. Sobram Rocha e Luisão, com prova de qualidade dada, e Alcides... Quem? Quê? Isso mesmo, uma incógnita. Rocha e Luisão começaram a época em bom nível. O Benfica jogava bem, e os dois centrais davam conta do recado, complementando na perfeição as suas qualidades: Luisão, óptimo pelo ar, Rocha bom pelo chão (sem deixar de ser bom no jogo aéreo). Entretanto vieram as lesões de Ricardo Rocha e tb de Luisão, o centro do Benfica começou a tremer por todos os lados, os dois jogadores que antes das lesões já davam sinais de começar a fraquejar não mais conseguiram exibir a mesma qualidade (O Benfica pós jogo com o FCP, piorou a todos os níveis, menos talvez na extrema esquerda). Voltam os fantasmas sobre a capacidade de empenho e marcação individual de Luisão, e a questão das eternar precipitações de Ricardo Rocha (Sr. Queima)...
Partindo do princípio que as duplas serão Polga-Enak, e Luisão-Rocha... Dá empate.
Vit. Guimarães_1
Manuel Machado, treinador do Vit. Guimarães:
"O Vitória, neste momento, em termos de perfil táctico, é a equipa mais ousada do campeonato português."
Compreendo o que quer dizer Manuel Machado. A justificação que ele dá para dizer que a sua equipa é a mais ousada é que Porto e Benfica jogam com 2 médios defensivos e o Sporting fecha com 3, tal como a maioria das equipas. O Vit. Guimarães foge um pouco a esse modelo. Quem o viu jogar com o Sporting percebe que o seu losango de meio campo é em forma de flecha: os interiores subidos e o trinco mais só. Mas a isso não se chama ser "ousado". No seu caso, chama-se ser "descompensado". E isto porque a defesa do Vit. Guimarães é fraca em termos individuais. Bessa e Alex na direita não comprometem mas também não se destacam por aí além. No lado esquerdo, Rogério Matias e Zé Nando defendem mal. No centro...bom, no centro o que dizer de Cléber, Paulo Turra, Medeiros e Dragoner? Cléber, Paulo Turra e Medeiros não têm talento. São duros de rins, demasiado faltosos, fracos no 1x1 e capazes de agressões bárbaras (com provas dadas). Dragoner dá ideia de ser bom jogador mas chegou há pouco e (ainda) não tem capacidade de liderar. Podemos pensar ainda em Moreno mas tem sido (pouco) utilizado no meio campo. Por aqui, com a saída de Rui Ferreira, ficam Flávio Meireles (igual a Cléber & Companhia), Moreno e Alexandre que não é bem trinco. Muita fragilidade para um sector defensivo só...
Quanto ao ataque, até tem bons jogadores para várias soluções: Criatividade de Nuno Assis, Djurdjevic e Luís Mário, poder de choque de Romeu e Silva, velocidade de Marco Ferreira e Targino. Manuel Machado ainda não foi capaz de potenciar estes valores. Apesar de admirar o seu trabalho em Moreira de Cónegos e achar que tem valor para erguer o Vit. Guimarães, continuo a achar que se perde em protestos em demasia. Tudo para ele se vira contra o seu clube e a vitimização constante que usa chega a ser degradante...
Era bom termos um Vit. Guimarães mais forte. Apesar de ter uma claque de arruaceiros (os 3 grandes também as têm), é um clube com uma grande mística e que merece estar nos lugares cimeiros do nosso campeonato.
P.S. - Manuel Machado tem espaço de manobra. O presidente conhece-o bem, fizeram uma dupla fantástica em Moreira de Cónegos e é daqueles casos em que, se houver chicotada psicológica, não há mesmo volta a dar: Não existem projectos com mais de 6 meses...
"O Vitória, neste momento, em termos de perfil táctico, é a equipa mais ousada do campeonato português."
Compreendo o que quer dizer Manuel Machado. A justificação que ele dá para dizer que a sua equipa é a mais ousada é que Porto e Benfica jogam com 2 médios defensivos e o Sporting fecha com 3, tal como a maioria das equipas. O Vit. Guimarães foge um pouco a esse modelo. Quem o viu jogar com o Sporting percebe que o seu losango de meio campo é em forma de flecha: os interiores subidos e o trinco mais só. Mas a isso não se chama ser "ousado". No seu caso, chama-se ser "descompensado". E isto porque a defesa do Vit. Guimarães é fraca em termos individuais. Bessa e Alex na direita não comprometem mas também não se destacam por aí além. No lado esquerdo, Rogério Matias e Zé Nando defendem mal. No centro...bom, no centro o que dizer de Cléber, Paulo Turra, Medeiros e Dragoner? Cléber, Paulo Turra e Medeiros não têm talento. São duros de rins, demasiado faltosos, fracos no 1x1 e capazes de agressões bárbaras (com provas dadas). Dragoner dá ideia de ser bom jogador mas chegou há pouco e (ainda) não tem capacidade de liderar. Podemos pensar ainda em Moreno mas tem sido (pouco) utilizado no meio campo. Por aqui, com a saída de Rui Ferreira, ficam Flávio Meireles (igual a Cléber & Companhia), Moreno e Alexandre que não é bem trinco. Muita fragilidade para um sector defensivo só...
Quanto ao ataque, até tem bons jogadores para várias soluções: Criatividade de Nuno Assis, Djurdjevic e Luís Mário, poder de choque de Romeu e Silva, velocidade de Marco Ferreira e Targino. Manuel Machado ainda não foi capaz de potenciar estes valores. Apesar de admirar o seu trabalho em Moreira de Cónegos e achar que tem valor para erguer o Vit. Guimarães, continuo a achar que se perde em protestos em demasia. Tudo para ele se vira contra o seu clube e a vitimização constante que usa chega a ser degradante...
Era bom termos um Vit. Guimarães mais forte. Apesar de ter uma claque de arruaceiros (os 3 grandes também as têm), é um clube com uma grande mística e que merece estar nos lugares cimeiros do nosso campeonato.
P.S. - Manuel Machado tem espaço de manobra. O presidente conhece-o bem, fizeram uma dupla fantástica em Moreira de Cónegos e é daqueles casos em que, se houver chicotada psicológica, não há mesmo volta a dar: Não existem projectos com mais de 6 meses...
domingo, janeiro 02, 2005
Verdade Desportiva_2
Aproveitando este tema sempre interessante, decidi debruçar-me um pouco sobre o que realmente acontece nesta fase do ano onde é preciso pagar o subsídio de Natal e se acaba por ir comprar novos jogadores. Todos os anos é assim. Os clubes não têm dinheiro para pagar salários e prémios de jogo, mas têm dinheiro para despedir treinadores e contratar novos "craques".
Comecemos, por exemplo, com a Académica: A nova direcção nem deu tempo a João Carlos Pereira: As boas relações entre Simões e Vingada prevaleceram e o jovem técnico voltou a dar um passo atrás na carreira. Vingada chegou e fez exigências: Kennedy, Marcel e Andrade chegaram e o preço do plantel subiu. Mas será que esse mesmo plantel tem os ordenados em dia? Quase impossível, ainda para mais num clube que recentemente teve eleições e que o penúltimo presidente saíu por contas forjadas...
Continuando a vistoriar as equipas que se reforçam, temos o Beira Mar. Contratou o 3º treinador da época (Luís Campos), Ricardo Silva e Rui Óscar (dois jogadores que não arranjaram clube no início da época por serem demasiado caros) e dispensou Zeman e Rodriguez por motivos disciplinares...Mano Nunes (qual José António Linhares) promete o 10º lugar, mas dá a ideia que se prepara para bater em retirada, não sem antes apostar tudo por tudo, entrando, inclusivamente, em loucuras.
Quem não se lembra do Campomaiorense que costumava pagar a tempo e horas e não entrava em loucuras e teve que terminar a sua existência por não haver dinheiro. Outros andam na ruína mas com "sacos azuis" e fugas aos impostos conseguem sobreviver e contratar, dispensar e disparatar durante uma época inteira. O número de 8 chicotadas psicológicas ao longo desta época fazem pensar que, em Julho,não houve planeamento nem gestão nos clubes.
P.S. - As derrapagens orçamentais dos clubes de futebol fazem lembrar os orçamentos de obras públicas. Não há maneira de travar estes gastos absurdos e quando o Ministro das Finanças vem à praça pública exigir o dinheiro dos impostos aos clubes é olhado de lado e encarado como se fosse o "mau da fita".
Era tão bom podermos dizer: "Ano novo, Vida nova"...
Comecemos, por exemplo, com a Académica: A nova direcção nem deu tempo a João Carlos Pereira: As boas relações entre Simões e Vingada prevaleceram e o jovem técnico voltou a dar um passo atrás na carreira. Vingada chegou e fez exigências: Kennedy, Marcel e Andrade chegaram e o preço do plantel subiu. Mas será que esse mesmo plantel tem os ordenados em dia? Quase impossível, ainda para mais num clube que recentemente teve eleições e que o penúltimo presidente saíu por contas forjadas...
Continuando a vistoriar as equipas que se reforçam, temos o Beira Mar. Contratou o 3º treinador da época (Luís Campos), Ricardo Silva e Rui Óscar (dois jogadores que não arranjaram clube no início da época por serem demasiado caros) e dispensou Zeman e Rodriguez por motivos disciplinares...Mano Nunes (qual José António Linhares) promete o 10º lugar, mas dá a ideia que se prepara para bater em retirada, não sem antes apostar tudo por tudo, entrando, inclusivamente, em loucuras.
Quem não se lembra do Campomaiorense que costumava pagar a tempo e horas e não entrava em loucuras e teve que terminar a sua existência por não haver dinheiro. Outros andam na ruína mas com "sacos azuis" e fugas aos impostos conseguem sobreviver e contratar, dispensar e disparatar durante uma época inteira. O número de 8 chicotadas psicológicas ao longo desta época fazem pensar que, em Julho,não houve planeamento nem gestão nos clubes.
P.S. - As derrapagens orçamentais dos clubes de futebol fazem lembrar os orçamentos de obras públicas. Não há maneira de travar estes gastos absurdos e quando o Ministro das Finanças vem à praça pública exigir o dinheiro dos impostos aos clubes é olhado de lado e encarado como se fosse o "mau da fita".
Era tão bom podermos dizer: "Ano novo, Vida nova"...
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