terça-feira, janeiro 31, 2006

Superliga_54

Jornada de 2 derbys, os 2 vitais para os forasteiros. O Sporting porque necessitava de se aproximar da frente, o Guimarães porque trazia 5 jogos sem ganhar na Superliga.
Acabou por ter melhor sorte o Sporting que fez uma 2ª parte memorável frente a um Benfica irreconhecível e a transbordar confiança excessiva. Já o Guimarães foi batido por um golo de João Tomás (as assistências de Rossato são meio golo) e terá na próxima semana frente ao Belenenses (motivado pela goleada da jornada) um teste vital às suas aspirações. O Sporting acabou mesmo por ganhar pontos ao Porto que não foi além do nulo frente a um Rio Ave que defendeu-se bem mas não soube ser audaz para aproveitar as igualdades numéricas na frente (3 contra 3) e "matar" o dragão.
Quem começa em grande a segunda volta é o Boavista que conta por vitórias os 3 jogos disputados. Desta vez frente ao Paços Ferreira que registou 2 derrotas seguidas em casa e leva 6 jogos sem vencer.
No resto da jornada, destaque para o Nacional que venceu e continua em 4º e terá teste de fogo em Alvalade e para a Naval que venceu um adversário na luta pela permanência (E.Amadora) e conseguiu ficar com vantagem no confronto directo.

Equipa da semana: Sporting
Jogador da semana: Liedson
Golo da semana: Liedson (o primeiro)
Treinador da semana: Paulo Bento
Negativo da semana: Penafiel. Não bastava perder, também é goleado.

segunda-feira, janeiro 30, 2006

Forum_20


Estando em 1º no campeonato com 4 pontos de avanço sobre o 2º classificado, tendo o 2º melhor ataque da Superliga (menos 1 golo que o Benfica), o melhor jogador até ao momento (Quaresma) e jogando um futebol ofensivo e agradável, é compreensível as críticas (e as cenas de violência) a Co Adriaanse? É assim tão mau treinador? Ou os adeptos portistas ainda estão mal habituados por culpa de Mourinho? (Lembro-me que Fernandez também estava em primeiro quando saíu...)
Diz a tua opinião!

Derby_Análise_3

Confirma-se: a tradição ainda é o que era! O Benfica começou melhor que o Sporting mas isso durou 5-10 minutos. Cedo se percebeu que o Sporting tinha 2 flechas apontadas (Liedson matador como sempre, Deivid um pouco apagado) e um meio campo com 4 unidades, sendo que 3 rodavam o jogo com uma velocidade considerável e que deixava Petit e Beto desarmado. Nem Nélson nem Manduca ajudaram a diminuír a inferioridade numérica do Benfica a meio campo e, por aí, muito passou a melhor qualidade de jogo do Sporting.
Depois do golo de Simão (penalty indiscutivel por mão de Caneira), o Sporting galvanizou-se. Com tudo a perder, decidiu dar tudo para…ganhar! Até ao intervalo, atirou ao poste por Carlos Martins e Sá Pinto “ofereceu” a Moretto a defesa do jogo.Via-se que o Sporting poderia aproveitar-se do seu melhor jogo a meio campo. Geovanni e Simão eclipsaram-se, Manduca não se soube libertar de Custódio (muito bem na marcação ao longo de todo o jogo) e os erros defensivos começaram a aparecer (Alcides desconcentrado, Anderson disparatado, Nélson apagado, Luisão aflito).
No início do segundo tempo, percebeu-se o recado de Paulo Bento no balneário: continuando assim, chegaremos ao golo! Porque, até então, o Sporting estava a ser menos mau do que o Benfica. Interviu Koeman para, como de costume, errar. Tirou Manduca (não tem muito fôlego, ainda para mais para jogar no meio) e meteu Manuel Fernandes. O meio campo do Benfica deixou de transportar jogo para a frente (não há ali qualidade de passe) e Simão, Geovanni e Nuno Gomes deixaram de existir. Paulo Bento respondeu com Nani (longe do que já demonstrou) saíndo Carlos Martins (curiosamente, o melhor até então). O golo do empate surgiu pouco depois, originado por um erro infantil de Beto que se deixou antecipar pelo rapidissimo Liedson e pontapeou-o. Sá Pinto marcou e o Benfica tremeu. Por esta altura, a transição defesa-ataque do Benfica foi, como sempre, lenta, mas ainda mais do que o habitual. Koeman tinha que intervir e voltou a errar ao pôr Marcel (saíu Beto). Se a bola não chegava na frente, para quê outro ponta de lança?
Apareceu então Liedson para resolver. Isolou-se pela esquerda (depois de falhanço incrível de Alcides que recuou a passo!), fintou Luisão e fez o 2-1. Koeman trocou homem por homem (Roberto por Geovanni), Paulo Bento reforçou o meio campo (João Alves por Deivid). O treinador leonino não foi o único a deixar Liedson sozinho na frente, Alcides também ajudou e permitiu a Liedson isolar-se e estabelecer o resultado final. Moretto foi lento a saír da baliza e o levezinho calou os cerca de 62 000 adeptos benfiquistas.
O Sporting foi melhor, o Benfica não soube criar perigo e denotou fragilidades defensivas que só costumam aparecer quando Quaresma ou Liedson aparecem pela frente, ou seja, se o adversário é muito forte as coisas tornam-se demasiado dificeis.
Relativamente à arbitragem, Pedro Henriques não esteve bem. Já se sabe que gosta de deixar jogar mas disciplinarmente foi desastroso. Abel entrou duro por trás em Simão logo aos 10 minutos. Beto teve uma entrada dura ainda na 1ª parte e não viu amarelo. Nos lances de grande penalidade (que ele não viu, foi o árbitro auxiliar que os assinalou), nem amarelo para Beto nem para Custódio. A Sá Pinto foi permitido demorar a saír de campo minuto e meio. Tecnicamente, não viu os 2 penaltys mas teve, no restante, bem. O que não invalida que, sem o bom trabalho dos auxiliares, estaria hoje a ser avaliado por uma fraca actuação.

quarta-feira, janeiro 25, 2006

O grande derby: Benfica-Sporting!


A tradição diz-nos que quem está pior ganha. Foi assim nos 7-1, nos 6-3 e em muitos outros jogos. Se a tradição ainda for o que era, o Sporting tem o pássaro na mão…mas um derby é sempre um derby o que o torna imprevisivel!
Passemos à análise de cada um:
A equipa de Paulo Bento trabalha à imagem do treinador. Esforçada, combativa, táctica. O Sporting ataca em progressão, apresenta uma defesa um pouco mais sólida nos últimos jogos (apesar dos centrais estarem a falhar muito, as laterais estão hoje bem melhor servidas), um meio campo trabalhador (Custódio voltou à boa forma) e, ao mesmo tempo, criativo (C. Martins começa a ser preponderante mas Moutinho perdeu fulgor) mas poucas soluções no ataque (Liedson chega a valer por 2, mas sem ele…). O banco não tem muitas soluções, apenas com João Alves (para dar frescura ao meio campo), Nani (para improvisar), Deivid (para resolver).
Já o Benfica apresenta uma defesa de betão, um meio campo frágil e um ataque polivalente e forte. 6 opções fortíssimas na defesa (R. Rocha e Leo deverão ficar no banco), a dúvida entre Beto ou Manuel Fernandes (uma substituição a meio do jogo poderá passar por esta dupla, caso o titular já esteja amarelado) e a incógnita no ataque. Sendo Simão e Nuno Gomes garantidos, Geovanni (depois do belo golo em Barcelos) e Miccoli parecem estar em melhor situação para começarem de início. Mas não seria descabido começar com Manduca (atrás de Nuno Gomes) ou Robert (na esquerda, passando Simão para a direita e Geovanni para a frente). Desta incerteza sairá uma arma importante para o Benfica que, se lançar mal os dados de início, terá no banco muitas alternativas para rectificar o que fez mal.
A vantagem do Sporting poderá estar nas trocas do seu meio campo que podem baralhar Petit e Beto/M.Fernandes enquanto que o Benfica terá a mobilidade ofensiva de Simão, Nuno Gomes, Geovanni e o 4º elemento (Miccoli, Robert, Manduca ou Marcel?) como principal arma para desarmar o rival. Em termos de bolas paradas, vantagem para os da Luz que têm resolvido muitos dos seus problemas por aí.

O derby principal do nosso futebol vem já a seguir!

Onzes prováveis:
Benfica – Moretto; Alcides, Luisão, Anderson, Nélson; Petit, Beto; Geovanni, Nuno Gomes, Simão; Miccoli

Sporting - Ricardo; Abel, Tonel, Polga e Caneira; Custódio; Carlos Martins, João Moutinho; Romagnoli, Sá Pinto; Liedson

segunda-feira, janeiro 23, 2006

Superliga_53

2ª jornada da segunda volta que permitiu a Porto e Benfica distanciarem-se um pouco mais de um Sporting que jogou melhor do que tem jogado mas...não ganhou. E para a semana desloca-se à Luz onde, uma derrota, o pode deixar demasiado longe de 2 equipas que se revelam muito fortes e com soluções a vários níveis que os leões não têm. O Marítimo foi ousado e não abdicou de 2 pontas de lança durante todo o jogo.
O Benfica deslocou-se a Barcelos e começou a perder bem cedo. A reviravolta saíu dos pés dos "veteranos" Simão e Geovanni e foi necessário um lance invulgar (Jorge Baptista chutou no ar) para descansar os adeptos benfiquistas. O Benfica jogou bem e é hoje uma equipa mais sólida e constante.
Quem não demonstra muita solidez é o Porto que continua a ver o seu treinador a inovar. Desta vez, utilizou um sistema com 3 defesas, 3 médios centro e 4 avançados com 2 alas bem abertos. Foi de uma delas que saíu o golo mas, em falta de pontaria dos avançados, foi Fernando a fazer um auto-golo. O Porto atacou muito mas foi pouco eficaz. Este modelo é bonito e ofensivo mas não se tem traduzido em golos.
No resto da jornada, destaque para o Setubal que foi vencer a Paços Ferreira, deu mais um passo para garantir a manutenção e...mantém a melhor defesa da Superliga com apenas 10 golos sofridos. Guimarães e Penafiel continuam a marcar passo, sendo o caso dos penafidelenses quase sem solução. Estão obrigados a vencer no Restelo, um Belenenses motivado por recuperar de uma desvantagem de 2 golos em Leiria. Preocupante os 6 jogos sem ganhar da Académica.

Equipa da semana: Setúbal
Golo da semana: Geovanni
Jogador da semana: Silas
Treinador da semana: José Couceiro
Negativo da semana: A novela Baía, agora com um novo episódio

sexta-feira, janeiro 20, 2006

Negócios_1

Marcel assinou pelo Benfica, segundo Luis Filipe Vieira, por 6 meses de empréstimo com opção de compra no final da época. O presidente da Académica já veio a terreno dizer que o Benfica accionou a opção de compra de 3,5 milhões de euros e o jogador teve que saír. Em que ficamos? Será uma opção de compra obrigatória no final da época? E se é, para quê o empréstimo?
Recuando cerca de um mês, aquando da assinatura de Moretto, as pessoas interrogavam-se do porquê de Chumbita Nunes estar na conferência de imprensa. Hoje, encontrei a razão: evitam-se trocas e baldrocas e é assumido pelos 2 clubes que tipo de negócio foi feito.

O Braga continua com a sua política de aproveitar todos os bons negócios. Foi assim com João Alves e Wender e, mesmo assim, manteve-se nos lugares cimeiros da classificação. Agora com Nunes (óptimo central, espero que vingue em Mallorca) e Abel (por troca com o regressado Wender). No fundo, a base está constituída, há uma forma, uma estrutura e a saída de um jogador foi planeada uns meses antes com a chegada de outro. Exemplo disso a entrada de Marinelli e a saída de Jaime, que andava em meio litígio com Jesualdo (e, mesmo assim, não deixou de jogar).

Por outro lado, a política do Sporting não parece a mais adequada. Saíram Pinilla, Wender, Varela e Silva e ficaram apenas Sá Pinto, Liedson e Deivid. Plantel curto por mera opção. Espera-se, a todo o momento, a chegada de um avançado mas, se não chegar, os dirigentes leoninos não se souberam precaver para eventualidades. Deveriam olhar para o exemplo de Braga que, neste momento, é quem melhor gere os recursos que tem.

Humor_48

Ao que parece Koeman não ficou muito satisfeito com a semana de trabalho na Luz e queixou-se mesmo de falta de aplicação dos seus atletas.
É que, em nenhum treino, houve cena de pugilato entre jogadores!

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Racismo_1


É tema de moda no futebol (e um pouco por todo o desporto) e ainda bem que o é. É pouco ético, pouco humano e anti-desportivo. Este ano já tivémos um jogador do Messina, Zoro, a ameaçar saír da partida por insultos racistas do publico (Messina-Inter). Teve que ser Adriano e Martins a falar com ele para continuar em campo. Aliás, a Itália vive tempos conturbados e a presença (ou não) de Liverani na selecção foi amplamente debatida em Itália há alguns anos atrás.
A FIFA já veio a terreno com medidas ultra-especiais e, inclusivamente, a ameaçar os clubes que tenham adeptos com comportamentos racistas de serem penalizados com derrotas ou estádios vazios (ideia patética, diga-se de passagem).
Mas, não nos podemos esquecer que, o racismo não está só presente no adepto. Está, fundamentalmente, na sociedade. E a esta também pertencem técnicos, dirigentes e jogadores.
Javier Clemente veio prová-lo este fim de semana depois da cuspidela de Eto’o num jogador do Atletico Bilbao:
“Pensei que só os que descem das árvores é que cuspiam”
Quando temos exemplos destes, para quê perguntar de onde nascem os problemas?

P.S. – Espero para ver a posição da FIFA. Depois do episódio entre Henry e Aragonés, novamente um técnico espanhol no meio da balbúrdia. Se nenhum é castigado, que pensarão os adeptos, incógnitos do espectáculo, que o pagam (não justifica comportamento absolutamente nenhum) e que vêem as figuras centrais do futebol ter este tipo de atitudes passarem impunes?

terça-feira, janeiro 17, 2006

Árbitros_31


Semana polémica, principalmente na Luz. Logo aos 2 minutos, mão na bola na área da Académica. A velha questão se protege o corpo ou não…o mais importante de tudo é a dualidade de critérios do árbitro porque Luisão fez o mesmo (ou muito parecido) e ele nada assinalou. Ou marca os 2 (quanto a mim a decisão correcta), ou não marca nenhum.
No critério disciplinar, desastroso. Ezequias entra a pés juntos a Beto, deveria ter sido expulso. Petit faz falta para segundo amarelo, tal como Danilo. Roberto Brum por protestos poderia também ele ser convidado a saír mais cedo. Arbitragem muito pobre de Artur Soares Dias.
(Baseio o meu comentário somente no que vi no campo.)

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Para agora recordar..._2

Rui Alves, o controverso presidente do Nacional, veio a terreno há cerca de 1 semana dizer que se o Sporting quisesse Adriano teria que o comprar e não apenas obter o seu empréstimo. Isto porque o Nacional é detentor de 25% do passe e os seus interesses saíriam prejudicados.
Ao que parece Adriano chegou hoje ao Porto para jogar por empréstimo durante 6 meses. Rui Alves ainda não falou. Será que o vai fazer?

P.S: A interrogação lembra o episódio Paulo Assunção. Depois dessa novela, qualquer relação entre Rui Alves e o Sporting parecerá impossível de ser firme, enquanto que para o Porto, Rui Alves continua bem cotado na área de "amigos do Dragão"...

Superliga_52

Começou a 2ª volta e logo com uma surpresa. O invicto forasteiro Porto caíu na Amadora e terá que se acautelar perante a aproximação do Benfica que, depois de vencer a Académica por 3-0, voltou a depender só de si para revalidar o título de campeão nacional. Quem perdeu terreno foi o Nacional que não foi além de um empate frente ao Paços Ferreira que continua a somar pontos importantes para a permanência, tal como o Gil Vicente que travou o Marítimo de Bonamigo que parece perder gás. Penafiel, Naval e Guimarães continuam a perder terreno e terão que reagir rapidamente para não deixar fugir o comboio. Vitor Pontes e Álvaro Magalhães têm testes decisivos em breve. Luís Castro está com a vida bem mais complicada e até a indisciplina já toma conta do balneário (como sempre, N'Doye).
Passo importante deu o Boavista de Carlos Brito que começou a segunda volta a vencer fora de casa (caminho inverso ao do Porto) o que lhe permite aproximar-se do 6º lugar.

Equipa da semana: Estrela Amadora
Jogador da semana: Tonel
Golo da semana: Tonel
Treinador da semana: Toni (António Conceição)
Negativo da semana: o Penafiel somou a 6ª derrota consecutiva, 4 delas com possíveis adversários directos na descida (já consumada?)

sexta-feira, janeiro 13, 2006

Beto_1


O actual capitão do Sporting passa por aquilo que anteriores capitães do clube de Alvalade já passaram. Se não estou em erro, Pedro Barbosa, Oceano e Venâncio estiveram perto de final de contrato e com a sensação de não serem desejados no clube. O ano passado partiu Pedro Barbosa, referência para muitos no balneário leonino, e o Sporting enfraqueceu. Este ano cabia a Sá Pinto e Beto liderarem o grupo. Se o primeiro renovou por mais uma época, o segundo parece de malas feitas. Ou mesmo que fique, o seu poder baixará dado o desgaste sofrido nas negociações que têm sido levadas a cabo. As referências leoninas têm vindo a desaparecer e são agora os “miudos da cantera” (Carlos Martins, João Moutinho, Miguel Garcia, Custódio) que assumem papel de destaque num balneário demasiado jovem.
Mas voltando ao tema principal: Beto é e foi adorado por muitos, odiado por tantos outros. Esteve sempre associado ao melhor e ao pior, penso que nunca foi indiferente a ninguém. Desde os 2 célebres auto-golos “partilhados” com Cadete numa derrota caseira com o Benfica, até ao tiraço nos 3 a 0, vingando-se do Benfica. Beto sempre foi pronto-socorro. Ou no Sporting, ou na Selecção. Em Alvalade, foi defesa direito quando André Cruz e Babb justificavam a titularidade, foi médio centro quando essa zona do terreno estava enfraquecida e na Selecção foi sempre o substituto natural para a grande dupla F.Couto-J.Costa.
Talvez por tudo isso a sua imagem desgastou-se. Nunca foi imprescindível no centro da defesa (tirando alguns tempos ao lado de Marco Aurélio), de Alvalade ou da Selecção. O badalado interesse do Real Madrid a cada ano que passava apenas serviu para desgastar ainda mais a sua imagem. Nos últimos 2-3 anos, tem tido azar com as lesões que não lhe têm permitido assentar na equipa.Beto é hoje um activo dispensável para a Sporting, SAD. Os interesses económicos superam os interesses desportivos (é melhor que Tonel e Polga) e de balneário (Sá Pinto fica “pai solteiro”) mas é bom não esquecer que Beto continua em condições para realizar mais 2 ou 3 épocas ao mais alto nível. Nunca sem atingir o potencial que demonstrou, mas também sem nunca ficar aquém das mínimas expectativas exigidas a um talento como ele.

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Risco_1

Grandes jogadores num plantel têm um risco: não só há a questão das diferenças salariais dentro do plantel, mas essencialmente o aumento da competitividade e da insatisfação.
É o Benfica de hoje: a um grupo unido (tem sido assim definido desde os tempos de Camacho e eu assino por baixo) juntaram-se 4 nomes em 3 dias. Um destabilizou as redes, outros os criativos insatisfeitos do plantel.
O incidente entre Luisão e Karagounis é normal de acontecer em todo o lado, mas penso que não é por acaso que aconteceu agora. Há que lutar por um lugar na equipa e para isso há que trabalhar mais. Já Karyaka optou por desabafar para a Russia, mas esses desabafos têm sempre o efeito boomerang: voltam sempre para donde saíram…

P.S. - O custo-benefício das chegadas de Moretto, Robert, Manduca e Marco Ferreira (ainda vêm mais?) só poderá ser analisado daqui a algum tempo. Até lá, Koeman tem a palavra.

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Superliga_51


O regresso do futebol no novo ano já era esperado com enorme ansiedade. É que, para além da "sede da bola" depois de 18 dias de jejum, havia o interesse de ver o derby Porto-Boavista e o sempre apetecível Braga-Sporting. Comecemos por aqui:
Paulo Bento, fiel à sua conduta de grupo, viu-se em apuros para arranjar 18 jogadores para levar a Braga. Recorreu-se a 3 juniores e um deles ia mesmo decidindo o jogo. To Mané esteve a um passo de fazer história. História essa que só seria possível graças ao inevitável Liedson. Mesmo a jogar mais afastado da baliza, foi à boca dela que empatou o jogo e fez sonhar os sportinguistas com uma reviravolta importante. Mas, o dispensado Wender fez questão de mostrar que o que mostrou em Braga no ano passado continua vivo e derrotou a sua ex-equipa (aliás, a sua actual entidade patronal porque é quem lhe paga). O Braga mostrou organização e muitas soluções depois do regresso dos lesionados Rossato, Sidney e Hugo Leal. Como diz Jesualdo Ferreira, o Braga realizará uma 2ª volta melhor que a 1ª. Parece-me também que sim. Já o Sporting de Paulo Bento denotou, mais uma vez, falhas graves na defesa onde os laterais continuam a não convencer e a dupla de centrais não se entrosou (melhor Caneira que Tonel, que esteve ligado a 2 dos golos bracarenses). A deslocação ao Restelo é teste de fogo dos leões.
Quem tem espaço de manobra para falhar é o Porto. 6 pontos de vantagem, o génio de Quaresma a encher os campos e um Paulo Assunção que estanca tudo. O Boavista de Carlos Brito continua a não ser uma equipa suficientemente forte para se intrometer entre os 4 primeiros.
Já o Benfica tinha tarefa teoricamente mais acessível. E assim foi. Um golo madrugador de Nélson (na esquerda, relegando Leo para o banco de suplentes) deixou bem claro que aquele jogo só teria um sentido. O Paços Ferreira jogou muito encolhido e só quando abriu um pouco o jogo (João Duarte por Edinho) é que Geovanni sentenciou a partida. Destaque para a titularidade de Moretto e as estreias de Robert e Manduca - melhor o brasileiro) e a ascensão ao 2º lugar da tabela devido ao deslize caseiro do Nacional frente ao Setúbal.
Este era um jogo aguardado com expectativa entre as 2 sensações do campeonato que acabou por ter o que os jogos destas equipas não costumam ter: 4 golos.
Destaque ainda para as vitórias forasteiras de Gil Vicente e Leiria e as vitórias frente a concorrentes directos de Naval e Estrela Amadora sobre, respectivamente, Penafiel e Guimarães.

Equipa da semana: Braga
Jogador da semana: Wender
Golo da semana: Bruno Tiago
Treinador da semana: Álvaro Magalhães
Negativo da semana: o afundar de Guimarães e Penafiel

domingo, janeiro 08, 2006

Forum_19

Ronald Koeman fez bem em dar a titularidade a Moretto ao fim de apenas 1 semana de trabalho e mesmo depois de Quim estar há 450 minutos (5 jogos consecutivos) sem sofrer um golo?

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Adeus_1


Adeus Estoril. Os canarinhos, clube simpático para todos (jogos no Algarve à parte), terminou hoje a sua actividade. Depois de vermos encerrar as portas de Farense, Campomaiorense, Alverca, Salgueiros...começamo-nos a sentir um pouco mais pobres.
Lembro-me de ver o Estoril voltar à 1ª divisão e surpreender o Benfica na Luz. 2-2 foi o resultado, com um golo para a história de Passos, um lateral esquerdo de quem nunca mais ouviu falar. Pelo Estoril passaram grandes jogadores como Carlos Manuel, Sanchez ou Voynov...
Como qualquer clube da zona de Lisboa (fora os grandes e, um pouco, o Belenenses) sempre teve problemas de público. Estrela Amadora e Alverca passaram pelo mesmo. Um fechou, o outro arrasta-se...
A constituição da SAD foi o adiar de uma solução que parecia inevitável. E, diga-se de passagem, que quem compôs a SAD deu provas no passado de que poderia não ter a varinha mágica para salvar o clube...
Fica a vontade de, dentro de um par de anos, ver o Estoril e outros históricos recém-terminados a recomeçarem do escalão mais baixo e vê-los subir a partir do nada. Porque também é isso que torna um clube grande.

P.S. - Dá vontade de dizer: até amanhã Estoril, mas, sobretudo, até nunca mais António Figueiredo & Companhia!

Troca-não-troca_1

Como habitualmente acontece depois de uma batalha perdida, Pinto da Costa deu uma entrevista para dar a sua versão dos mais recentes acontecimentos (novelas Moretto e Marco Ferreira e os habitués Vitor Baía e Co Adriaanse).
Se, por um lado, concordo com a sua visão que foi Co Adriaanse que conseguiu soltar Quaresma, que Vitor Baía é o melhor guarda-redes português e que Marco Ferreira não é jogador para o Benfica (aí depende da opinião de cada um, mas Pinto da Costa deve-se lembrar que Marco Ferreira ajudou à conquista da taça UEFA), por outro lado condeno algumas "tiradas" do presidente que, inclusivamente, contradiz-se na entrevista (é o troca-não-troca). Algumas frases soltas do presidente do Porto (transcritas da entrevista):

"Nunca estivemos interessados no jogador Moretto"

"A nossa proposta foi de 500 mil euros para ficar com os direitos (de Moretto) e para trazê-lo para cá dentro de um ano e meio."

Então sr. Presidente? Eram 500 mil euros deitados à rua? Se o jogador não interessava...

quarta-feira, janeiro 04, 2006

Forum_18

Depois da conferência de imprensa de LFV, Moretto e Chumbita, eis que chegou o comunicado da Porto, SAD a desmentir acordo com Moretto mas a dizer que tinha acordo com Chumbita...
Vamos então tentar entender o que realmente aconteceu.
Estas são as hipóteses:

a) Chumbita Nunes pagou os seus ordenados até final de 2006 com o dinheiro da venda de Moretto.

b) Moretto assinou contrato com o Porto, Benfica e Corinthians, tudo na mesma semana.

c) LFV e Vitor Diniz partilharam uma garrafa de champanhe no avião e tudo não passou de um golpe de teatro porque Vitor Diniz vai receber comissão do Benfica.

d) Pinto da Costa comprou Moretto ao Setúbal, mas vendeu-o horas depois ao Benfica pelo dobro do preço.

e) O Setúbal enganou Porto e Benfica (e já agora o Moretto) e vai enriquecer às suas custas.

Então, qual é a verdade desta história toda??

terça-feira, janeiro 03, 2006

Férias_1

Filipe Soares Franco já encontrou uma razão para os atrasos dos jogadores brasileiros, neste caso, Deivid e Polga:

"Se o futebol português adoptasse as regras do futebol inglês este problema não aconteceria. Devíamos fazer do futebol uma festa e se jogássemos quatro jogos em oito dias não haveria jogadores ausentes e teríamos feito do futebol uma festa"

Apesar de entender o sentido da frase do presidente leonino (e concordar que a época de Natal não deve ser sinónimo de 11 dias de paragem no campeonato), tenho que salientar que os jogadores brasileiros não voltam a tempo porque não querem. Se têm dificuldades em encontrar voo, liguem para as agências de viagens que eles em meio dia arranjam-lhes lugar no avião.
E mais: se houvessem 4 jogos em 8 dias caía o Carmo e a Trindade. Se hoje em dia os clubes "europeus" se queixam do excesso de competição, como seria jogar a esse ritmo?

Facto_2


Robert Enke, aquando da saída do Benfica, foi injustamente acusado de uma série de coisas. Mau profissional, que iria para um rival (quando deixou bem claro que não jogaria noutro clube em Portugal), que só queria dinheiro.
Optou pelo Barcelona porque sonhava, segundo ele, com o Mundial-2002 (seria o substituto de Kahn). O Barcelona tinha Bonano e Valdés, ainda um jovem sem experiência. Era uma boa aposta. Teve azar num jogo da taça e foi afastado. Em seguida, arriscou jogar no Besiktas onde também foi mal sucedido.
Numa chance de relançar a carreira, seguiu para Hannover onde fez uma época fantástica e, por isso, foi eleito o Melhor Jogador do Ano da Bundesliga. Nem Rosicky, nem Klose, nem Makaay.

Por isso queria só deixar claro que passou pelo nosso campeonato um grande guarda-redes e que tinha, na altura, uma margem de progressão enorme.

P.S. - Quanto a mim, quando Enke optou pelo Barcelona, apostou alto. Não errou, teve azar. Assim acontecem a muitos futebolistas por esse mundo fora.

Máfia_1

Que melhor tema para começar 2006 do que a máfia do futebol?
Poderia escolher dizer que tinha sido um filme de Hollywood, mas não. Nesses filmes, as agressões entre actores são fingidas...
Mas vamo-nos tentar enquadrar e entender toda a história da novela-Moretto:
O guarda-redes brasileiro deu nas vistas por ser o menos batido da Europa e por brilhar num jogo frente ao Benfica. Koeman gostou, esqueceu Dudek e Toldo e o Benfica dedicou-se a Moretto.
Há cerca de mês e meio, falou-se numa ajuda do Benfica ao Setúbal: 1 milhão de euros pela opção de compra de 5 jogadores. Ajudava o clube a saír da crise e o Benfica "roubava" um lugar ao Porto, que sempre se deu muito bem com Chumbita Nunes (Marco Ferreira, Sandro e Jorginho). O negócio não avançou na altura, mas hoje nota-se que o Benfica "conquistou" o Setúbal com o pagamento de um valor pela cedência de José Fonte que, curiosamente, já tinha rescindido com justa causa. Foi o 1º passo para chegar ao alvo principal: Moretto. Quando o Porto soube, agiu como sempre: interferiu e tentou inflaccionar. É uma política antiga e que tem dado bons resultados. Para além do mais, o empresário de Moretto (irmão de um administrador da SAD portista), estava do seu lado.
O complicado da história chega aqui: Moretto diz que sempre preferiu o Benfica mas assinou um contrato com o Porto (são palavras suas) na torre das Antas. Foi de férias e atrás dele o hoje famoso Vitor Diniz ("amigo" de Moretto, mandatado pelo empresário, e o presidente Luis Filipe Vieira. Estava visto que havia mais uma birra entre Porto e Benfica. Entramos na fase das suposições:
Luis Filipe Vieira convence Moretto a assinar pelo Benfica ainda no Brasil e é supostamente agredido no aeroporto. Liga para Lisboa e pede uma recepção especial ao agressor que partilha o voo com ele. Os capangas aguardam a chegada de Vitor Diniz e um deles agride-o. Moretto é apresentado na Luz, são feitas queixinhas (quais garrafas de champanhe) e, para culminar, Marco Ferreira também é apresentado dias depois de rescindir com o Porto.

P.S. - Hoje o Benfica é muito forte a nível de dirigentes e deinfluência. Não há quem possa dizer que não. O poder central das Antas parece estar a transferir-se para o sul (pelo menos numa certa percentagem). O problema maior é a forma que os dirigentes têm utilizado para chegar a esse trono. O que só prova que o futebol português é mesmo um conjunto de mafiosos...

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