terça-feira, novembro 30, 2004
Superliga_13
únicas 3 posições onde o Benfica consegue trocar jogadores e não baixar o rendimento das suas peças é no ataque (Nuno Gomes-Sokota-Karadas), na esquerda da defesa (Fyssas-Dos Santos) e na ala direita (João Pereira para o lugar de Geovanni ou Miguel). Trappatoni ainda não conseguiu encontrar uma solução para as ausências de vulto da equipa. O Sporting venceu o último da tabela, conseguiu marcar 4 golos (melhor ataque da prova), Pinilla voltou a marcar e Liedson continua no trilho para ser o melhor marcador do campeonato. Estranho o facto de Carlos Martins saír lesionado 3 vezes nos últimos 4 jogos...estoirou fisicamente? Se fosse muscular não conseguiria recuperar para o jogo seguinte certo? Já agora que se fala nesta promessa do futebol português, aproveito para destacar o enorme futebol que tem apresentado.
Quanto ao novo líder isolado da Superliga, o Porto deu mais uma demonstraçao de que continua talhado para os jogos decisivos. Mesmo reduzido a 10 homens pela expulsão do seu capitão, uniu-se e não deixou o Setúbal pôr em risco a sua liderança. Vamos ver como se comporta a partir de agora com 3 pontos de vantagem sobre o Benfica e 4 sobre o Sporting. No resto da jornada, destaque para a chegada ao 2º lugar do Boavista com a fórmula de Pacheco a voltar a ter sucesso, para a reviravolta do Braga (já o tinha conseguido com o Nacional) em Belém, para a primeira vitória fora do Guimarães (será que é desta que arranca?) e para o fabuloso Rio Ave que continua a jogar muito bom futebol.
Equipa da semana: Leiria
Jogador da semana: Helton
Golo da semana: Saulo (Rio Ave)
segunda-feira, novembro 29, 2004
Forum_4
sábado, novembro 27, 2004
Boavista_2
quinta-feira, novembro 25, 2004
Forum_3
quarta-feira, novembro 24, 2004
Forum_2
José Peseiro "encostou" Pedro Barbosa ou Pedro Barbosa "encostará" José Peseiro?
terça-feira, novembro 23, 2004
Forum_1
Aqui está a pergunta (benfiquistas, tentem responder a frio):
Giovanni Trappatoni é "burro velho" ou "velho burro"?
Árbitros_9
No Beira Mar-Sporting, do que vi, apenas posso dizer que há um penalty de Rogério sobre Tanque Silva. O árbitro terá sido iludido pelo próprio Tanque Silva que simulou uma falta que...existiu!
No Benfica-Rio Ave, o golo de Simão é obtido fora-de-jogo. Aliás, esse fiscal-de-linha teve vários erros e (quase) todos a favor da equipa da casa. De resto, Nuno Almeida teve uma actuação razoável (Karadas continua a protestar por tudo e por nada).
De destacar também outro lance: Carlos Carneiro no Guimarães-Leiria salta em voo de peixe enquanto que o defesa levanta o pé. A falta, a existir, é do avançado e não do defesa. Do lance resultou o único golo do Guimarães.
P.S. - Aos 2' do Porto-Boavista, Éder "atacou" barbaramente as pernas de McCarthy. Nem amarelo...porquê? Porque estavam jogados apenas 2 minutos de jogo. Mas porquê esta política? Se McCarthy tem agredido Milhazes no primeiro minuto veria o quê? Um amarelo? É altura de julgar em função do acto e não do tempo. Em todos os jogos ditos grandes do nosso campeonato, o primeiro a "dar" escapa-se sempre do amarelo.
Superliga_12
Pouco depois começava o Beira Mar-Sporting com a chance dos leões ficarem a 2 pontos do Porto. O golo de Kingsley serviu para acordar o Sporting que conseguiu dar a volta por Douala (continua em grande forma). Peseiro não arriscou (nem tinha de o fazer) e trocou homem por homem. Num lance nfeliz, o Beira Mar chegou à igualdade já perto do fim. O Sporting perdia uma "chance de prata" para se reaproximar dos rivais.
O Benfica e Setúbal tinham assim uma "chance de ouro" para chegar novamente à liderança. A equipa de Couceiro perdeu em Barcelos e deixou-se apanhar pelo Marítimo. Quanto ao Benfica, recebeu o Rio Ave e deixou-se empatar depois de ter tido uma vantagem de dois golos por duas vezes! Começou muito bem o Benfica e, principalmente Simão (grande primeira parte e bom jogo no global) marcando dois golos. Jogando em 4*4*2, os espaços no meio campo do Benfica eram imensos, deixando hipótese a Ricardo Nascimento (grande jogo!) de pautar o jogo da equipa. À medida que o jogo ia passando notava-se cada vez mais as deficiências no jogo do Benfica: Miguel em sub-rendimento (como foi possível entrar de início e, nem ser substituído durante o encontro?), Argel sem ritmo competitivo, meio campo descompensado (2 para 3 no centro). Para além disso, Trappatoni esteve muito mal no banco: para além de não ter tirado Miguel, deixou em campo Sokota e Geovanni até ao fim e lançou Bruno Aguiar para uma posição por ele desconhecida (solto atrás do ponta-de-lança), não tendo sido capaz de reequilibrar o meio campo. Zahovic continua de castigo e assim deverá continuar mais algum tempo. Carlos Brito aproveitou, tirou os pontas-de-lança Gaúcho e Evandro e lançou a velocidade de Paulo César e Gama. Num contra ataque depois de um canto do Benfica, o Rio Ave empatou (qual Inter de Milão da Superliga). Ficou a ideia de que se chegasse à vitória ninguém se sentiria injustiçado. Mais uma vez, patente a falta de estofo da equipa encarnada.
No resto da jornada, destaque para Guimarães e Moreirense que ainda não acertaram o passo (treinadores em risco?), Braga cumpriu e Penafiel que grão a grão tem-se mantido acima da linha de despromoção. Destaque ainda para o regresso aos golos de Dário e mais uma novidade trazida por Carlos Carvalhal (Jorge Tavares).
Equipa da semana: Boavista (vencer no dragão é mais difícil que empatar na Luz...)
Jogador da semana: Ricardo Nascimento
Golo da semana: Simão - o primeiro
domingo, novembro 21, 2004
Clássico_4
quarta-feira, novembro 17, 2004
Humor_11
"Nunca conseguíamos chegar a tempo à bola. Nem mesmo para dar porrada"
Pobres boavisteiros...devem ter saído mesmo chateados consigo mesmos de Alvalade. Mesmo conseguindo o tento de honra, nem uma valente castanhada conseguiram aviar. Mas houve quem tentasse...
segunda-feira, novembro 15, 2004
Superliga_11
Comecei pelo ex-líder, mas não quero diminuír o feito do novo líder. O Porto, sem Baía, Carlos Alberto e Diego (este aos 12 minutos de jogo) por lesão e Jorge Costa por opção foi capaz de vencer um Gil Vicente (frágil mas trabalhador) sem grandes dificuldades. Quaresma brilhou com um golo de génio (pareceu tão fácil de fazer...) e Costinha matou o encontro à sua maneira. O árbitro do encontro errou, quanto a mim, ao não assinalar penalty de Nuno sobre Paulo Costa num lance muito parecido com o que envolveu Nuno Gomes e Marco Tábuas. A diferença é que Paulo Costa desviou a bola e não a rematou como Nuno Gomes. O Porto é líder e já consegue fazer rotação do plantel. Está-se a tornar um caso sério, mas não é aquilo que todos esperávamos?
O Sporting esteve em grande. Fez do Boavista "gato sapato", a defesa esteve (quase) perfeita, o meio campo defendeu e criou muito jogo (os 4 em muito bom nível) e o ataque demolidor. Este Boavista desilude, Pacheco mexe e remexe (trocar de posições entre Frechaut e Lucas é só um exemplo) mas a atitude é sempre igual. Apesar disso, desta vez foi uma equipa mais contida em termos de violência (Éder e Lucas bem procuraram umas pernas interessantes), o resultado foi o que se viu. Grande exibição do quarteto do meio campo sportinguista, trucidou Tiago, André Barreto, Frechaut e Lucas. Destaque ainda, pela positiva, da brincadeira de Liedson a J. Pacheco (Acosta tinha feito o mesmo em Campo Maior) e pela negativa do discurso de Peseiro. Por muito irritado que esteja com as críticas que lhe têm sido feitas, deitar "tudo fora" no flash interview não é a melhor opção. As palavras estavam há tanto tempo debaixo da língua que tinham um travo demasiado amargo. Duarte Gomes esteve em bom plano, apenas falhando em 2 ou 3 foras de jogo sem influência. Flores foi derrubado por Polga aos 4-0 mas pareceu-me que estava fora-de-jogo.
No resto da jornada, o Moreirense voltou a confirmar que Vitor Oliveira deverá estar quase a seguir novo rumo, o Setúbal suou mas manteve-se nos lugares cimeiros, o Nacional é uma constante desilusão e a Académica poderá ter ganho um novo fôlego com uma vitória forasteira com um concorrente directo.
Equipa da semana: Sporting
Jogador da semana: o "quarteto de cordas" de Alvalade - Custódio, C. Martins, H. Viana e Roca (desculpem não especificar qual o melhor)
Golo da semana: Q-u-a-r-e-s-m-a (QUE GOLO!)
P.S. - Petit e Rochemback (não são os únicos) continuam a servir-se dos cotovelos de forma exagerada. Na Madeira e em Alvalade, os dois jogadores agrediram adversários de forma discreta. Se fossem jogadores do Boavista já teriam sido crucificados.
Avançados_1
Olhando para as equipas que militam actualmente na Superliga temos como referências:
Fc Porto: McCarthy
Benfica: Sokota e Karadas
Sporting: Liedson
Vit. Setúbal: Meyong
Boavista: Cafu (ou Flores, ocasionalmente JV Pinto)
Belenenses: Antchouet
Marítimo: Pena (Bibishkov)
União Leiria: Krpan
Nacional: Adriano
Rio Ave: Gaúcho (Evandro)
Gil Vicente: Júlio César (Fábio)
Moreirense: Manoel
Académica: Joeano, Kenny Cooper, Dário... tudo o que não for português
Penafiel: Roberto (ugh... péssimo)
Beira-Mar: Tanque Silva (cruzes...)
As excepções são o Sp. Braga (João Tomás), o Estoril (João Paulo, mas cuja titularidade está em perigo) e também o Guimarães (acredito que Romeu deve ser o preferido de Manuel Machado, embora Silva tenha sido mais vezes aposta) . Também no caso do Benfica se pode falar em Nuno Gomes como referência, mas isso seria injusto para o que de bom tem feito Karadas.
Ovo ou galinha? A pergunta pode parecer descontextualizada, mas passo a explicar. Será que este facto se deve à escassez de pontas de lança portugueses de qualidade? Ou será que esses mesmos pontas de lança de qualidade são obriagados a procurar outras paragens porque não têm por cá a chance que merecem? Não posso esquecer os casos Makukula e Pauleta - Dois avançados que nunca jogaram na Superliga...
Olhando para o panorama, vemos Hugo Almeida, Hélder Postiga, Luís Lourenço (dispensado do Sporting para acomodar a contratação de um estrangeiro de duvidosa qualidade...), Makukula, Nuno Gomes, Pauleta... E de qualidade ímpar (por ímpar entenda-se acima da média) ficamos conversados? Será uma questão de formação? Será que não existe aposta? Será que os treinadores das camadas jovens só se preocupam em ter matulões na frente, que depois não têm como evoluir (lembro-me sempre de Bambo e Zeferino...sobretudo Bambo...BAMBO!!!! BAMBO?!?! Quem?)?
Que futuro? Que soluções?
sexta-feira, novembro 12, 2004
ROCA_1
Reverso da medalha: Fábio Rochemback é imaturo... Só um jogador imaturo engorda da forma que ele engordou durante o defeso (com, ou sem lesão... aquele superavit de peso NÃO É NORMAL)!!! De repente parecia que tínhamos o Maradona em Alvalade.
Só um jogador imaturo, não acata a ordem de substituição de um treinador, e julga poder fazer mais do que um colega que está pronto para entrar em campo... Rui Jorge (o tão criticado Rui Jorge...) teve no decorrer da semana passada uma saída que só me fez ficar ainda mais admirador das suas IMENSAS qualidades humanas. Dizia ele, a propósito da titularidade de Paíto: "O Paíto, como eu trabalha para jogar. Fê-lo muito bem, e mereceu a chamada do técnico. A mim restou-me trabalhar com mais afinco. Não aceitar tal decisão do técnico seria uma enorme falta de respeito para com o meu colega". Fábio, esse balneário está aí para aprenderes... Aproveita.
Por muita razão que tenha (e na minha opinião, até a teria toda), não pode de modo algum colocar em cheque o seu treinador, perante tudo e todos. Até porque Peseiro não tem hipótese senão pô-lo a jogar... E depois inundar os jornais com declarações como: "Estava a falar cmgo próprio"... ou, "o Fábio fala assim desde pequeno..."... É tentar negar o inegável. É pior que o soneto, mesmo sem ser grande emenda.
Coloquem-se na pele de José Peseiro. Que atitude poderia ter José Peseiro? Ou melhor, que atitude teriam vocês, se fossem José Peseiro? É isso que quero ouvir da vossa parte. Passo a palavra. E se vocês fossem Fábio Rochemback... Qual a melhor maneira de expressar a vossa fúria (clubismos à parte). É isso que quero ouvir da vossa parte. Passo a palavra.
Etiquetas: rochemback
quinta-feira, novembro 11, 2004
Centésimo Post
Acima de tudo, penso que as linhas-mestre do blog têm sido cumpridas: exprimir as nossas opiniões, confrontá-las sempre que possível argumentando, da maneira correcta, a nosso favor, criticar o que de errado se passa no futebol apresentando soluções válidas para corrigir essas situações, elogiar o que de bom tem sido feito e, claro, se possível, defender as nossas cores, mesmo que seja sem ninguém perceber... eh eh eh
Quem não se lembra do Post "Imunidade Diplomática" sobre Scolari que fez correr tinta entre os "commentators"? Quem não se lembra do Post sobre os ódios de estimação (Desafio_1) que conseguiu o feito de obter 24 comments num só dia? Estes são alguns dos feitos que conseguimos ao longo destes 100 posts publicados durante estes quase 4 meses de escrita. Até a qualidade de escrita dos participantes (a minha inclusivé) tem evoluído favoravelmente! Vão ver as primeiras "páginas" do blog e notarão as diferenças!
Ao longo deste tempo não deixámos caír em esquecimento o blog e hoje é local de passagem diário para muitos. Alguns de vós sei que só lêem e não gostam de escrever. Não fico insatisfeito com isso mas a vossa participação é importante. Trazer sangue novo é sempre bom e ver nomes novos também. Também sei que alguns de vós acham os textos que escrevo demasiado maçudos. Sabem, é que deixo-me envolver pelo assunto e a capacidade de síntese ainda não é a melhor...
Voltando à questão da qualidade do blog, congratulo-me por ver algumas das ideias aqui explanadas por muitos de nós ser posta em prática pelos “senhores” do futebol. Senão ,vejamos:
Falou-se aqui da necessidade de incutir velocidade à equipa do Sporting e Peseiro lançou Douala no 11; Falou-se na falta de soluções do Barcelona ao 11 inicial e Mourinho, uma semana depois, referiu-o na sua crónica semanal; falou-se numa maneira de ajudar o Leiria a levar mais público ao futebol e foram dados bilhetes a escolas 15 dias depois; Falou-se no efeito-Rooney no balneário do Man Utd e os Red Devils não acertam o passo(a confirmar se é essa uma das causas mas é bem possivel que tenha influência negativa); Falou-se na incapacidade europeia das equipas portuguesas e elas provaram-no; Falou-se na falta de "tola" do Ranieri e ele está a comprová-lo; Falou-se no potencial enorme do Chelsea (muitos duvidavam) e eles aí estão em todas as frentes; Interrogámo-nos sobre o porquê de Nuno Santos e Edgar Marcelino não terem defrontado o Sporting e a Liga abriu o inquérito ontem; etc, etc, etc.
Meus amigos, como não acredito em coincidências, não tenho dúvidas que este blog anda a ser acompanhado (e levado bem a sério) pelos "agentes" do futebol (ehehehehe) e que quem nos visita diariamente sabe e percebe de bola.
Vamos continuar a trabalhar (muito trabalho, muito trabalho!) sempre na busca de novos temas (continuo a aceitar sugestões) e mantendo os posts semanais em actividade.
A todos, muito obrigado pelas visitas!
Ricardo_1
Ricardo falhou, deve assumir o erro (ou, no mínimo, ficar calado). O pior é não reconhecer esse erro quando ele foi tão óbvio...
P.S. - Nada tenho contra Ricardo. Não é um guarda-redes de classe, mas é um muito bom guarda-redes com pequenos defeitos. Gosto da sua postura dentro de campo, apesar de ser demasiado nervoso e impetuoso. É um jogador correcto mas meteu na cabeça que é um alvo em movimento para todos. E ao mínimo erro sente que toda a gente se aproveita desse deslize seu. Deveria perguntar a Figo como se sentiu em Camp Nou com a camisola do Real e aí sim, veria o que era um alvo em movimento.
terça-feira, novembro 09, 2004
CLÀSSICO_3
Olhando para a constituição das equipas, pareceu claro a todos que não havia grandes surpresas. Entrou Beto no Sporting, no Porto não haviam novidades.
O Sporting estruturou-se num 4-4-2 , o Porto abandonou este sistema (que utilizou em todos os jogos grandes...) e apresentou-se em 4-3-3.
A vantagem do Sporting parecia clara. Um meio campo forte, musculado, com mais unidades, que lhe permitiu controlar o andamento da partida durante cerca de 35 minutos da primeira parte. Costinha não sabia muito bem com quem haveria de se preocupar, Diego não se libertva da dupla marcação de Rogério e Custódio, e Maniche neste momento é amorfo e sem dinâmica, limitou-se c ontrolar o raio de acção de Hugo Viana (já terá tido por certo tarefas bem mais complicadas). O Sporting apostava na solidez a meio campo, e na qualidade de passe destes 4 elementos para sair rapidamente para o ataque. Mas não era dia de Douala e Liedson... A defesa do Porto chegou e sobrou para as encomendas, e ao mesmo tempo que se via um Sporting dominador, também ficava claro que dificilmente conseguiria um golo... É a tradicional muita parra e pouca uva.
O Porto, entregou o jogo ao Sporting, procurando talvez explorar a rigidez dos seus laterais, e algum défice de velocidade do Sporting... Também não funcionou. Raramente tinha a bola nos pés, e a superioridade do Sporting a meio campo permitia libertar um desses elementos para fazer dobras, quer à direita, quer à esquerda. Quaresma não se libertou, Derlei à esquerda não se liberta e McCarthy ia aqui e ali dando conta da sua presença, mas perigo propriamente dito não havia. De qualquer maneira pairava no ar a sensação que quando o FC Porto acelerasse, o caso mudaria de figura... E a aceleração do Fc Porto só podia passar por um lado: Os laterais. E nesse aspecto, a substituição forçada de Ricardo Costa por Areias acaba por beneficiar a equipa da casa. Com a subida dos laterais, os médios interiores do Sporting começaram a abrir para as alas (a marcação tinha que ser deles), e o espaço no meio campo começou a aparecer. Foi isto que se viu, quer no final da primeira parte, quer depois na segunda parte. E o FC Porto cresceu, cresceu, cresceu, ao passo que o Sporting ficou mais preocupado em conter os seus ímpetos, deixou de sair para o ataque (talvez por falta de dinâmica dos homens do seu meio campo, bons jogadores, mas à parte de Rochemback, todos muito estáticos) e perdeu o controle do jogo.
Aqui surge o primeiro erro de José Peseiro... Com o Porto constantemente a sair a jogar pelas alas, através dos seus laterais, a solução nunca odia passar pelo sacrifício da coesão a meio campo, mas antes por pedir a Liedson e Douala que oscilassem e impedissem eles a saída pelas alas. Quando o Porto sai a jogar nas alas, Costinha recua mais para junto dos centrais, para abrir linha de passe e também para prevenir alguma perda de bola (Esteve bem Fernandéz... A sua ideia era essa desde o início, mas a incapacidade de Ricardo Costa, impediu-o de fazer valer a estratégia... ou seria?). Como Costinha recua é perfeitamente possível ser o médio mais avançado da equipa adversária a impedir a progressão pelo meio... E como os laterais são estorvados pela acção dos avançados, raramente passam do meio campo, a bola tem que seguir para o central e a progressão faz-se pelo meio... onde o SCP tinha vantagem. Peseiro pediu aos homens do meio campo para fazerem essa cobertura. Diego agradeceu, maniche soltou-se, e até Costinha ficou mais solto das marcações que deveria fazer.
O Porto cresceu, sem culpa nenhuma dos erros de Peseiro, e sobretudo porque foi muito sagaz na leitura que fez da partida. Esperou pacientemente, e pôde fazê-lo porque do domínio do Sporting ressaltava que nenhum perigo imediato iria resultar para si. O Sporting foi previsível... E a defesa do Porto controlou facilmente os seus pontos fortes (velocidade de Liedson – 20 foras de jogo – e Douala).
O Porto marcou, naturalmente (quando o golo surgiu, era uma coisa tão esperada, que o marcador das Antas já o tinha assinalado antes), e Peseiro entrou em PÂNICO (com letra grande) e fez a substituição nula (nula porque tacticamente não significa absolutamente nada). Miais valia estar quieto. A sua substituição não trouxe velocidade (foi Douala por Pinilla), não trouxe poder de choque, não trouxe jogo de cabeça, porque não havia alas, não trouxe mobilidade... enfim não trouxe nada. Foi puro pânico. Entrou um ponta de lança, pronto!! Os jogadores do Porto controlaram cada vez mais o jogo, e a seguir Fernandez desferiu um golpe de génio!! A entrada de Carlos Alberto para a saída de Quaresma... Como o Sporting não tinha alas, Seitaridis era livre para fazer o corredor direito, CarlosAlberto equilibrou as contas a meio campo, e ainda garantia com a sua velocidade e imprevisibilidade um terceiro homem no ataque. Derlei cai no meio e obriga ao recuar do trinco do Sporting (porque não se pode jogar 2 para 2 no meio), o ascendete no meio campo acentua-se e na altura lembro-me de ter pensado: “Ainda marcam mais dois ou três.”. Ah, e única maneira que o Sporting tinha de contrariar isto era subir os laterais... Enakarhire (subir só em altura...) e Rui Jorge (bom jogo, mas subir, só em sonhos). Mas nem isso Peseiro lhe pediu... E ainda bem porque teria sido embaraçoso. E a saída de Rochemback... cruzes, credo...
O Porto ganhou porque foi melhor em todo o lado, no campo, na inteligência, na cabeça dos seus jogadores e até no banco.
Queria referir um outro aspecto... A atitude dos jogadores do Sporting. Pareciam uns profetas em campo, sempre dispostos a dar a outra face. O único que combatia fogo com fogo era Fábio Rochemback (e Beto, embora este o fizesse de forma pouco inteligente). Depois, a seguir ao golo do FCP os jogadores do Sporting perderam por completo a cabeça, rematavam de todo o lado, entravam às pernas dos adversários, reclamavam com os árbitros (mesmo quem já tinha amarelo...). Enfim, se Fernandéz se queixa de falta de maturidade, Peseiro pode dizer que os seus ainda nem nasceram... o problema é que eles podem dizer o mesmo dele.
Árbitros_8
No clássico Porto-Sporting, António Costa teve uma boa actuação, apesar do grau de dificuldade do jogo ter sido elevado. 2 lances na área do Sporting: primeiro, Polga derruba Quaresma, mas era quase impossível ver o pé maroto de Polga levantar no último momento. No segundo lance, Derlei cai sem parecer que Rui Jorge lhe toque para tanto. Por duas vezes foi pedido o segundo amarelo a Beto. Em nenhuma das ocasiões deveria ter sido dado: da primeira, Beto joga de pé em riste mas sem maldade (jogou a bola apesar de ser falta). Na segunda, Beto divide um lance com McCarthy, este joga primeiro com a mão, depois Beto. A falta é assinalada a favor do Porto mas deveria ter sido ao contrário, logo erro do fiscal-de-linha ao ajuízar o lance. Não teve influência no resultado e a sua actuação foi positiva. De destacar o comportamento dos fiscais-de-linha. Erraram muito pouco nos lances de fora-de-jogo (o lance do 3º golo do Porto é legal), tendo também actuação positiva.
Superliga_10
No jogo grande da jornada, o Porto bateu o Sporting por esclarecedores 3-0. O jogo teve um primeiro tempo muito dividido, mas quando o Porto carregou no acelerador no segundo tempo, o Sporting ficou para trás. Peseiro desiludiu, manteve alguma rigidez táctica (a superioridade numérica no meio campo nunca foi aproveitada com eficácia) e substituíu Douala e Rochemback, jogadores que têm sido importantes na manobra da equipa. Justificou-se com o seu cansaço mas em jogos destes os grandes jogadores não se "cansam". O Porto foi mais feliz mas também foi melhor. Destaque para Diego e, claro, Benni McCarthy. Continua invencível, já venceu os seus 2 rivais directos e está a um ponto do primeiro lugar. Terá passado por alguma crise? Quanto ao Sporting, fica mais longe do título, não por ter perdido 3 pontos, mas pela atitude demonstrada pelos seus jogadores. E as palavras que Rochemback dirigiu a Peseiro aquando da substituição não terão sido de elogios...
No resto da jornada, destaque para o Estoril e Leiria pelas vitórias fora e para a desilusão de Guimarães e Moreirense ser cada vez maior. O Gil Vicente conseguiu um resultado importante num dos campos mais difíceis da Superliga (Choupana). Primeira derrota do Rio Ave, tornando o Porto a única invencível até ao momento.
Equipa da semana:Estoril (recuperar e dar a volta a uma desvantagem a jogar fora de casa é sempre de premiar)
Jogador da semana:Antchouet
Golo da semana: Diego (a defesa facilitou mas não lhe podem tirar o mérito)
segunda-feira, novembro 08, 2004
(In)Compatibilidades_1
Lá por fora, vemos mais destes casos em que o treinador se vê "obrigado" a tomar decisões difíceis. Podemos pensar em Queiróz o ano passado quando teve que conciliar Beckham, Zidane e Figo no mesmo onze. Conseguiu-o adaptando Beckham a novas funções. Este ano, a tarefa de Garcia Ramón prende-se mais com a convivência entre Raúl, Owen, Ronaldo e Morientes (solução: Raúl para a esquerda, Owen a 60 minutos, Morientes a 10-15). E que tal a tarefa de conciliar Deco e Ronaldinho no Barça? Rijkaard avança Ronaldinho e prende Deco mais a meio campo (maior capacidade de recuperação). E que tal a de Mourinho, que possibilitou a dois esquerdinos vaga no ataque do Chelsea? Robben e Duff têm sido decisivos e, inicialmente, eram concorrentes à mesma posição. E Ancelotti que tenta coabitar Rui Costa com Káká recuando, sem aparente sucesso, o português para trinco...Ou até mesmo Jesualdo Ferreira quando encostou Roger à direita de modo a este jogar de início com Zahovic. E se recuarmos até 96 onde Oliveira entregou a João Pinto e Sá Pinto a frente de ataque da selecção portuguesa, abdicando de um jogador mais fixo na área?
Essencialmente, os jogadores só não são compatíveis quando não há mecanismos na equipa que possibilitem a convivência entre ambos. Não há jogadores com características 100% iguais por isso há que rentabilizar ao máximo o potencial de cada um. Basicamente, se Deco defende melhor que Ronaldinho, é ele que joga mais atrás. A sua capacidade defensiva será utilizada em prol do colectivo e da libertação da criatividade de Ronaldinho, com a vantagem de se poder contar com Deco para criar quando for preciso. Um bom treinador consegue aproveitar as duas faces de Deco. E nisso Rijkaard tem estado muito bem.
Exemplo contrário posso exemplificar com Jacques Santinni em 2 momentos: França no Euro-2004 e Tottenham esta época (entretanto abandonou): Não ser capaz de rentabilizar Henry e Trezeguet juntos (jogadores que se conhecem há quase 10 anos!!) na selecção gaulesa e não ser capaz de aproveitar as qualidades mortíferas de Defoe, Kanoute e Robbie Keane é sinal de que não há trabalho mecanizado na(s) equipa(s). Em Portugal podemos falar (se bem que ainda seja cedo dado os problemas iniciais que encontrou) da dificuldade de Fernandez em conciliar Diego e Carlos Alberto, Derlei e outro ponta-de-lança (Benni ou Fabiano). As dificuldades de mecanização (bem patentes no jogo com o PSG em casa) do Porto ajudam, e muito, à incapacidade de integração destas figuras de qualidade.
sábado, novembro 06, 2004
Benfica_5
Relativamente á época transacta, os dois modelos tácticos utilizados são semelhantes: Zahovic ou um segundo ponta-de-lança é a interrogação (Paulo Almeida por Zahovic frente ao Moreirense é a excepção que confirma a regra). A diferença está na bola corrida: com Trappatoni, em caso de dúvida, a bola vai para o ar em direcção ao ponta-de-lança (a aquisição Karadas justifica-se com este futebol), um problema tem sido, quando isso acontece, por vezes é Nuno Gomes que está a jogar como ponta-de-lança, logo é bola perdida. O Benfica mantém a forma defensiva. Aparece um pouco mais aberto no meio campo (tanto a atacar como a defender), mas a eficácia é a mesma. E tal como Camacho, Trappatoni oscila 2-3 jogos sem sofrer com 2-3 golos sofridos pr jogo.
A produção da equipa é muito semelhante à do ano passado. A defesa está mais sólida (principalmente Luisão, tem-se mostrado integrado no futebol europeu), Manuel Fernandes substitui melhor na defesa Tiago (mas a produção ofensiva é muito menor), João Pereira está muito abaixo do ano passado, Geovanni continua nos seus altos e baixos, Zahovic é o mesmo, não muda, nem mexe, Simão desiquilibra, mais na técnica que na velocidade e Nuno Gomes e Sokota passaram crises de confiança (será que já a passaram mesmo?). E é no sector atacante que o Benfica passou a produzir menos relativamente ao ano passado. Com Camacho, o Benfica atacava e rematava mais. A bola chegava aos avançados 5-10 metros mais à frente. Com Trappatoni, os avançados têm que recuar muito baixando por isso a produção ofensiva.
Com a fragilidade apresentada pelo Porto e a irregularidade patenteada pelo Sporting, o Benfica tem condições para chegar ao título. "Apenas" deve manter a regularidade apresentada até aqui, rezar para não se deixar fragilizar (ausência de jogadores influentes) e esperar que a "crise" do Porto e Sporting se arraste mais algum tempo. De qualquer das formas, todos devem estar conscientes de que o Porto é o principal candidato ao título e o Sporting com Rochemback (seria 2º classificado o ano passado não fosse a sua lesão) é uma equipa forte.
P.S. - A febre do título não pode pairar sobre a Luz muito cedo. Faz mal aos jogadores (só Argel e Zahovic sabem o que é ser campeão) e aos adeptos (muitos deles pensam que o Eusébio ainda joga).
P.S. - Começa a ser por demais evidente as dificuldades do Benfica em jogos de importância capital. E os erros que comete são, normalmente, erros de principiante. Falta de qualidade dos jogadores (sobrevalorizados pela imprensa) ou faltas de concentração resultantes de lacunas no trabalho semanal e na responsabilização dos erros individuais de cada um?
quinta-feira, novembro 04, 2004
Balanço_1
Porto: sofreu a primeira chicotada psicológica da época. Sofreu (e ainda sofre) com isso. As contratações ainda não confirmaram todos os seus créditos, nem ganharam o seu espaço (Fabiano como cabeça de cartaz). Diego e Quaresma têm aparecido a espaços, Pepe tem oscilado entre o bom e o...péssimo (Supertaça Europeia, Choupana e Luz), Seitaridis tem cumprido. O 3º lugar a um ponto do primeiro indica-nos que não está tão mal quanto se pinta (ainda não perdeu). Apesar disso, a Liga dos Campeões é agora uma miragem...Começou num 4*4*2 mas era necessário encaixar Quaresma e Derlei (por isso Carlos Alberto foi adaptado à ala para ter outras soluções), por isso passou a um 4*3*3 que ainda está muito preso de movimentos.
Benfica: A velha raposa prometeu suceder, com êxito, a Camacho mas tem falhado como falhou o espanhol: qualificação para a Liga dos Campeões e jogos com rivais (Supertaça e Luz). O modelo de jogo utilizado é semelhante mas menos bonito (mais bombeado e directo). As contratações encontraram um lugar ao lado de...Trappatoni (Quim, Amoreirinha, Paulo Almeida, Everson, Carlitos, Karadas). Quantas vezes estes jogadores não são o banco do Benfica? Nos momentos críticos, falhou sempre (Anderlecht, Porto (duas vezes) e Gil Vicente) . Tem alternado entre o 4*2*3*1 e o 4*4*2. Denota falta de entrosamento na zona centro atacante (as constantes trocas entre Zahovic, Nuno Gomes, Sokota e Karadas dão ideia de quebrar o entrosamento entre os jogadores).
Sporting: Começou mal (sem Roca), está a melhorar (com Roca). O brasileiro é mais importante que todos (menos do que Liedson). A defesa tem altos e baixos, o meio campo está cada vez mais forte, o ataque (digo, Liedson) tem estado bem. A dependência em Roca e Liedson pode ser danosa, mas Benfica (Petit, Miguel e Simão) e Porto (Maniche, McCarthy e Jorge Costa) não estão nas mesmas condições? Poucas vezes abandonou o 4*4*2, jogando agora na variante do 4*1*3*2 (possivelmente o que mais se adapta aos seus jogadores). Com a recente aproximação aos lugares cimeiros, apresenta boas condições para lutar pelo título.
Setúbal: A surpresa do campeonato. Venceu o Sporting e tem, até agora, o jogador do campeonato (Jorginho) e o melhor ataque (!). O futebol é agradável e espera-se bons ventos do Sado para o resto do campeonato. Couceiro, finalmente, vê reconhecido o seu enorme trabalho no futebol português. Tem um modelo táctico muito móvel: adapta-se ao 4*4*2, 4*2*4 e 4*2*3*1 (o papel de Jorginho torna-se ainda mais importante dado ser ele a peça que se move mais no xadrez). Apesar disso, a tendência é para ir perdendo posições à medida que o campeonato for avançando.
Boavista: A inconstância marca este Boavista. Capaz de perder em casa com o Rio Ave e ganhar em Belém, o Boavista apresenta um modelo habitual em Pacheco, mas com caras novas e talentosas (Zé Manel, André Barreto, Toñito e João Pinto). Pode ir longe mas se ganhar ou perder os seus jogos, ninguém repara...Possui a melhor defesa do campeonato (como seria de esperar). Como muitos dos outros candidatos à Europa, apresenta o modelo de 4*2*3*1.
Marítimo: a segunda surpresa mais agradável do campeonato a seguir ao Setúbal. Bibishkov revela-te matador, Wênio, Alan, Leo Lima e Manduca talentos à solta. A defesa é sólida e Mariano Barreto tem surpreendido pela positiva pela disposição ofensiva das suas peças. Nos Barreiros, 4 jogos, 4 vitórias. A partida de Pepe não se tem feito notar. É de todos os 4*3*3, um dos mais parecidos com o 4*2*3*1. A eliminação em penalties com o Rangers foi o momento mais inglório da época até agora. Forte candidato ao 4º lugar, juntamente com Boavista e Braga.
Rio Ave: o "empata" da Superliga. Sem derrotas até agora, mas com 75% de empates, o Rio Ave mostra futebol alegre, mas menos técnico que no ano passado (as saídas de Jaime e Wandinho enfraqueceram a criatividade da equipa). Carlos Brito não abdica de 3 avançados abertos (por vezes com 2 pontas-de-lança juntos - Evandro e Gaúcho). Deverá ter um resto de campeonato tranquilo.
Nacional: Uma das desilusões do campeonato. As perdas de Rossato e Paulo Assunção foram determinantes para a baixa de produção relativamente ao ano passado. O goleador Adriano só agora se conciliou com os golos mas o futebol produzido é demasiado musculado e pouco trabalhado. Rui Alves ainda terá de engolir as palavras que proferiu: "O objectivo é ficar à frente de um dos grandes". Rigidez táctica parecida com a do ano passado (4*3*3) mas sem o desiquilibrio de Rossato na ala esquerda (fundamental, diga-se). Na UEFA a passagem foi fogaz, o Sevilha tinha mais argumentos.
Braga: O 4º plantel mais forte da Superliga. Uma equipa com boas soluções mas que insiste em bloquear em momentos importantes. Já garantiu algo que não tinha conseguido o ano passado: parar os grandes, e logo por duas vezes (Porto e Benfica). Demasiado dependente da produção ofensiva de João Tomás e Wender (8 golos em 10 da equipa), Jaime e Wandinho têm sido agradáveis surpresas. Jesualdo continua a ser contestado ao mínimo erro, talvez fruto da rigidez do seu sistema (4*3*3, com a única variante do triângulo de meio campo ter o vértice atrás ou à frente). O Hearts eliminou o Braga de uma forma que não se esperava. Jesualdo justificou-se com falta de experiência europeia...para tê-la no ano que vem, terá que melhorar alguns aspectos da equipa.
Beira Mar: um protocolo com uma empresa inglesa levou-a a virar o rumo ao modelo inglês. Durou 3 meses essa aventura...Wadsworth já deu meia volta e chegou Cajuda. De qualquer forma, a grande revelação da equipa é mesmo britânica: McPhee. Destaque também para Beto (se bem que esteja a perder espaço de manobra com Cajuda). Começou num 4*4*2 losango, mas tem alternado com um 4*3*3. Não deverá ter dificuldades para se manter.
Guimarães: Outra desilusão (haveria mesmo ilusão?). O pior ataque da Superliga continua sem provar que consegue jogar bom futebol. Nomes como Rogério Matias, Nuno Assis, Silva, Romeu e Luís Mário não estão a ser capazes de empurrar esta equipa para lugares longe da despromoção. Manuel Machado está a deixar um pouco a desejar depois de um óptimo trabalho em Moreira de Cónegos. Tal como o Beira Mar, tem alternado entre o 4*4*2 e o 4*3*3. Espera-se que consiga dar um pulo na classificação.
Belenenses: Uma boa surpresa da Superliga deste ano. Contando com jogadores que o conhecem bem (Amaral, José Pedro e Antchouet), Carlos Carvalhal montou um 4*4*2 losango assente na criatividade de Petrolina e José Pedro e na velocidade de Antchouet e Lourenço (e nas boas supresas Amaral e Rolando). É das equipas mais interessantes da Superliga e poderá vir a ser candidato à Europa.
Penafiel: Recém-promovido à Superliga, aparenta ser uma equipa fraca, mas dentro desse lote é das poucas que utiliza o modelo do 4*2*3*1 (Wesley como pivot em destaque). Está acima do que seria de esperar mas dificilmente conseguirá aguentar o ritmo inicial.
União Leiria: Um dos plantéis que mais se reforçou no início do ano (reforçou-se tanto que alguns dos reforços já foram dispensados) e que começou a competir mais cedo (Intertoto). Tem feito uma época irregular, com altos e baixos, capaz de empatar nas Antas e de perder em casa com o Penafiel. Vitor Pontes tem sido audaz mas os resultados não têm sido muito positivos. A defesa leiriense continua a apresentar lacunas que poderão ser insuficientes para o objectivo-Europa.
Académica: João Carlos Pereira prometeu muito o ano passado mas este ano está um pouco aquém das expectativas. O plantel é mais fraco e tem tido muitos lesionados, principalmente no ataque (Dário e Delmer, este de fora toda a época). Jogadores como Joeano, Dário, Ricardo Fernandes, Vasco Faísca ou Paulo Adriano poderão ajudar à manutenção.
Estoril: Uma boa surpresa da Superliga, detentora da maior goleada até agora (5-0 ao Beira Mar). Alguns jogadores têm-se destacado pela positiva e merecia, inclusivamente, uma melhor posição. Terá dificuldades em se manter mas até agora merece-o pela coragem e audácia demonstrada. Joga em 4*2*3*1 onde se destaca Dorival na defesa e N'Doye no meio campo. Tem boas opções ofensivas como João Paulo, Yuri ou Fellahi.
Gil Vicente: Uma desilusão (para quem estava iludido). Falou-se na Europa, está em último com 4 pontos. Luís Campos conseguiu a proeza de perder 6 vezes e ser eliminado da taça pelo Odivelas. Agora, com Ulisses Morais, os jogadores estarão espevitados mas o plantel é muito desiquilibrado (muitas e boas opções ofensivas, poucas na defesa).
Moreirense: Depois de várias épocas sob o comando de Manuel Machado, o Moreirense tem passado maus bocados sob o comando técnico de Vitor Oliveira. A equipa é mais defensiva, menos atrevida e joga um futebol menos bonito. O plantel é praticamente o mesmo do ano passado mas a qualidade de jogo é medíocre. Tem alternado entre o 4*4*2 (no início) e o 4*3*3. Nenhum jogador se tem destacado, para além de, claro está, Manoel. Será que Vitor Oliveira durará muito mais tempo?
Empréstimos_1
Às 12 horas de Sábado (dia do jogo), Nuno Santos e Edgar Marcelino foram informados que não poderiam defrontar o clube com o qual possuem contrato, apesar de se encontrarem emprestados ao Penafiel (com o qual também possuem um contrato). Durante a semana tinha sido dito que Clayton não podia jogar por estar emprestado pelos leões. Afinal jogou porque o seu ordenado é pago por 3 partes (Sporting, Penafiel e uma terceira parte desconhecida e duas dessas partes queriam que ele jogasse – ouvi na Renascença), enquanto que Nuno Santos e Edgar Marcelino não puderam alinhar (será o ordenado pago por inteiro pelo Sporting?). Este caso não é singular no nosso campeonato e não é um fenómeno recente. Há já muito tempo que é assim: As equipas grandes compram os melhores jogadores das equipas pequenas. “Experimentam-nos” a ver se servem para as suas equipas, se não servirem podem utilizá-los como moeda de troca num futuro negócio (muitos regressam à “casa-mãe”). Qual o problema que daí advém? É que as equipas a quem são emprestados esses jogadores, têm um modelo de jogo onde esse jogador encaixa e onde as suas características são importantes. A sua ausência de um jogo desse tipo, é enfraquecer a equipa. O problema passa pelo modelo em que o empréstimo é feito. Mas, neste caso entre Penafiel e Sporting, fica comprovado que é preciso algo mais que isso. Aliás, nesta situação o panorama é gravíssimo. O treinador Luís Castro andou uma semana inteira a preparar o jogo de uma determinada forma para que, 5 horas antes do jogo começar, a estratégia necessitou de ser repensada. A culpa também é de quem recebe emprestado: sujeitar-se a uma situação dessas é meio caminho andado para a subserviência. Já agora, alguém ouviu este caso ser falado na imprensa? Quando se trata de uma questão de hábito, ninguém se queixa...
P.S. – Quem não se lembra de ver Eto’o ao serviço do Mallorca em temporadas sucessivas ou Morientes ao serviço do Mónaco porem a cabeça em água à defensiva do Real (Eto’o chegou a fazer um hat-trick e Morientes eliminou-os da Champions). E Adriano que o ano passado, ao serviço do Parma, marcou frente ao Inter, clube ao qual estava (e está) ligado?
quarta-feira, novembro 03, 2004
Humor_10
"Adriano deu-me um soco com as duas mãos."
Não terão sido dois socos Caneira...? Um de cada mão? Ficaste tão atordoado que nem sabes de onde é que eles vieram...pareciam tordos!
terça-feira, novembro 02, 2004
Salgueiros_1
P.S. - Navegando pelo site do clube, podemos constatar que existe um projecto para um novo complexo desportivo para o clube (http://www.scsalgueiros.pt/www/mostra.php?id=o_futuro). Quando se passam as dificuldades que estão à vista de todos, como é possível haver condições para investir numa obra desta dimensão?
Árbitros_7
Superliga_9
O Sporting deslocou-se ao terreno do fraco Penafiel e conseguiu a terceira vitória consecutiva. Liedson continua a provar que, com a ajuda de Rochemback, poderá levar o Sporting ao topo da classificação. Será para manter a eficácia desta dupla demolidora?
O líder Benfica, frente a um Gil Vicente de “cara lavada”, perdeu a chance de se distanciar do Porto e, pior que isso, demonstrou falta de carácter. Teve sorte, foi feliz ao caír do pano (sorte de campeão?), mas os 90 minutos que ficaram para trás desse lance não justificavam vencer. O Benfica sentiu a falta de Miguel e Petit, o meio campo (Manuel Fernandes e Paulo Almeida) não estancou jogo e Amoreirinha abriu uma auto-estrada no corredor direito (não é lateral, será assim tão difícil de compreender isso?). Acabou por ser, mais uma vez, Simão a resolver. No contexto do jogo, o Benfica ganhou um ponto mas ao nível do campeonato, perdeu uma boa chance de ganhar fôlego. De qualquer forma, o Porto-Sporting da semana que vem dá-lhe a possibilidade de ganhar pontos a um dos rivais. Precisa, para isso, de ultrapassar o obstáculo Setúbal...Por falar em Setúbal, respeito ao líder da Superliga que tem feito um campeonato notável. Mais uma vitória, desta vez, com os seus rivais homónimos. De destacar também a maior goleada da Superliga até ao momento: o 5-0 do Estoril ao transformado Beira Mar de Cajuda (re-adaptar uma equipa à moda inglesa ao futebol de Cajuda tem o seu preço...) e à vitória entre europeus do Marítimo sobre o Braga (4 jogos em casa, 4 vitórias, os Barreiros continuam a fazer mossa em quem os visita).
Para a semana, dois duelos de titãs da Superliga: Benfica-Setúbal e Porto-Sporting. Quem vencer na Luz ficará líder isolado mas um empate nesse jogo e uma vitória do Porto fará com que estes cheguem ao primeiro lugar. Como será?
Equipa da semana: Setúbal (chegar a líder da Superliga à 8ª jornada é muito bom sinal)
Golo da semana: Gama
Jogador da semana: Adriano (mais pelo regresso aos golos e de uma forma tão importante)
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