controvérsia futebolística

As vedetas portuguesas continuam na mó de cima e a reivindicar o que (pensam) que lhes pertence. Senão, vejamos:

- Fernando Meira recordou à direcção do Estugarda o acordo que tinham feito caso existissem propostas. Assim foi, e rumou ao Galatasaray. Tudo dentro da "legalidade", apesar de ele ser vice-capitão e um exemplo para os demais.

- Cristiano Ronaldo já deixou bem expresso o desejo de rumar a Madrid, mesmo estando Alex Ferguson a declarar constantemente que ele é inegociável. "Vamos esperar..." foi a frase mais proferida por Ronaldo no período de férias, sinal de que considera possível o acordo entre clubes.

- Quem falou só por uma vez foi Quaresma. Disse claramente que queria saír durante o Europeu mas não teve muitas chances de se mostrar (e o que é que ainda há para ver?). Mourinho já declarou interesse, mas Moratti já recuou...o interesse esfriou ou são tudo jogos à Porto? De qualquer forma, Quaresma parece que anda amuado nos treinos à espera do bilhete de avião.

- Por fim, Moutinho. Após a definição do plantel por parte de Paulo Bento, o ainda capitão do Sporting declarou vontade de saír já. E ainda para mais para um clube como o Everton. Uma machadada fortíssima nas aspirações leoninas e na confiança no grupo.

Contas feitas, três talentos portugueses insatisfeitos. Uma questão de fama, prestígio ou dinheiro?

PS - Um recado especial a João Moutinho: ele que não se esqueça de pôr os olhos em Tiago e Maniche. É que eles também começaram assim...

JVP disse o "adeus oficial" ao futebol esta semana. Já sabiamos que seria assim. Aquela novela americana viu-se que não tinha pernas para andar e JVP não quereria fazer mais uma época como a última que passou em Braga. Ponto final parágrafo e 19 anos de futebol para analisar:

Começou como jovem promessa no Boavista e, mal influenciado, acabou no Atlético Madrileño a viver um pesadelo. Rapidamente voltou ao Boavista onde se manteve um ano até ingressar no Benfica. Aí, reuniu condições para ser um dos jogadores com mais épocas de clube dos tempos modernos, principalmente por aquela noite magnífica do hat-trick em Alvalade (que lhe valeu o único título de campeão na Luz), mas com a chegada de Vale e Azevedo à presidência, o estatuto do capitão mudou radicalmente e foi dispensado dias antes de começar o Euro-2000.

Não foi por vingança que rumou ao rival da Luz, o Sporting. E aí permaneceu 4 temporadas onde acabou por ser campeão nacional e onde, inclusivamente, chegou a ser capitão de equipa sem polémicas.

Na altura de renovar contrato, não aceitou baixar o ordenado e foi para o...Boavista, ganhar ainda menos. Duas épocas de futebol a espaços, mas com a braçadeira de capitão e o respeito e admiração de todos. Por fim, saíu para o Braga onde se manteve época e meia a meio gás.

Contas feitas, JVP realizou quase 700 jogos entre competições nacionais e internacionais e é hoje um dos mais internacionais de sempre da nossa Selecção, para onde nunca mais voltou depois do incidente na Coreia.

Foi uma carreira atribulada, sempre com as luzes da ribalta a focarem-no o que muito o dificultou na altura mais complicada da sua carreira quando pegava na equipa do Benfica às costas. Já no Sporting voltou a poder ser aquilo que sempre foi: um pequeno génio a trabalhar em prol da equipa. Pena foi o silêncio na hora da despedida da Selecção. Apesar do erro grave que cometeu, merecia outra consideração e até o perdão.

PS - Fica a dúvida: qual o clube (selecção incluída) que realmente sente mais saudades de JVP?

A novela em torno de Stojkovic continua e promete novos capitulos. Preterido por Paulo Bento, Stojkovic viajou, na semana passada, para Liverpool para treinar à experiência no Everton, mas parece que as coisas não correram lá muito bem, tendo os toffees anunciado no site oficial que tinham desistido de contratá-lo, porque "esteve nas instalações do clube, mas saiu uma hora depois, sem dar explicações". "Disseram-nos que tinha um feitio complicado, mas isto surpreendeu-nos", disse o relações públicas Ian Ross.

Agora, Stojkovic diz que vai voltar a Alvalade após participar, com a selecção sérvia, nos Jogos Olímpicos de Pequim.

Pelo meio, Vladan, o seu irmão e empresário, critica os jornalistas e diz que o irmão está a ser "alvo de uma campanha". Mas agora pergunto eu que campanha??!! De quem?? Com que interesse??? Tb será o coitado do Paulo Bento????? Será que agora os tão críticos sportinguistas já conseguem entender o porquê da decisão do treinador?!! Ou será que para Vladan é o próprio Sporting (que tem é todo o interesse em conseguir vender o jogador) o culpado de tudo isto???

Gerir o que quer que seja não é fácil. Não há aqui lugar para lições a ninguém, mas há factos que têm o seu quê de difícil entendimento. Factos e não dissertações. São dados concretos. E como aqui falamos de desporto, eu particularmente como sócio e adepto benfiquista questiono-me se será mera coincidência.

Nos úlitmos anos o Benfica nas mais diversas modalidades, ou pelo menos naquelas que são as de maior dimensão (com todo o respeito pelas mesmas, não incluo aqui por exemplo o Triatlo, Judo, Natação,etc) o Benfica exceptuando o Futsal, pouco tem ganho.
Mas no Benfica, parece que quando ganham os treinadores são despedidos!! Olha que esta!

Senão repare-se: em Futebol foi 2 vezes campeão nos últimos(muitos!) anos e quando o consegui ser, ou seja em 1993 com Toni e já em 2004 (??) com Trapatonni, ambos foram despedidos! A velha raposa, não posso dizer que discordo(!!) mas já com Toni……
Já em Andebol, esteve 17 anos sem ser campeão. Esteve na 2º divisão, contratou o melhor técnico do país que é Alexander Donner, subiu, formou jogadores das camadas jovens (como Claúdio Pedroso)e este ano conseguiu a proeza de ser campeão. Resultado foi despedido!!
No já citado Futsal, a meio da época despediu o técnico campeão Adil Amarante (este sim já devia ter sido despedido após aquela bárbara agressão a um jogador do Boavista) e contratou Beto Aranha, que ergeu a equipa, fez um Play-off notável e foi campeão. Resultado ? foi despedido!!
Neste 2 casos (Futsal e Andebol) o responsável tem um nome: Fernando Tavares. Este senhor devia responder publicamente perante os associados. São 2 casos no mesmo ano e isso não é nada normal.

Nota: no meio de toda esta desorganização , quem se salvou felizmente foi José Jardim que foi campeão de Volley em 2006.

A noticia já não tem nada de novo, mas é um daqueles temas que não nos passa ao lado: Carlos Queiroz é novo seleccionador português nos próximos 4 anos.

É à partida um nome consensual nos diversos sectores do futebol: dirigentes, jogadores, treinadores, jornalistas, adeptos. Tirando o sonho Mourinho, este seria sem dúvida o nome melhor aceite por todos.

Entende-se por um lado toda esta aceitação. Por um lado é o chamado pai da geração de ouro do futebol português, tendo montado uma estrutura que criou as bases para um futuro sustentado. É por outro lado um treinador respeitado pelas diversas vedetas da nossa selecção (curiosamente li ontem um artigo sobre um livro que vai sair sobre a experiência de Scolari ao longo dos seus 5 anos como seleccionador, onde entre outras coisas contava o seu relacionamento com os jogadores e como difícil foi esse inicio em que as tais vedetas estavam habituados ao olhar de cima para baixo para os seleccionadores) e à partida não cede a pressões nem de clubes nem a dirigentes, seja da federação ou da liga. Tem também a seu favor a experiência em competições internacionais e é alguém organizado, metódico, rigoroso.

Por outro lado, consegue a fantástica proeza de tendo todo este prestigio e apoio das diferentes massas e no entanto ao nível do futebol sénior nunca ganhou nada!!!

Também aguardo para ver quem serão os adjuntos. Os ratos do porão como Agostinhos Oliveira, Alberto Costa ou Rui Caçador, estão já em bicos de pé!! Gente que sem a Federação jamais teria emprego pois são incompetentes. Mas lá irão mendigar à porta do amigo Queiroz.

Pessoalmente, considero que é um boa escolha tendo em conta as possíveis alternativas. Tem uma herança terrível, pois a meu ver Scolari fez um trabalho fantástico. Quero agora ver se os seus críticos também o irão ser com o Professor.

Era a final mais esperada: Federer (nº1 do ranking) frente a Nadal (nº2). Wimbledon é por natureza o cantinho do suíço, mas sabia se que Roger este ano não tem estado ao seu nível e por outro lado tem perdido os últimos desafios frente ao espanhol. Nadal por sua vez é cada vez mais um jogador completo e uma vitória em Wimbledon seria o consagrar desta força da natureza.

Pessoalmente, torcia e apostava (literalmente!) em Federer. Depois de Sampras, é sem dúvida o meu jogador preferido. Era portanto com grande expectativa que se ia assistir a esta final e a mesma foi digna de figurar na história, fazendo lembrar os velhos duelos entre o já citado Sampras frente a Agassi.

Foi uma final que durou quase 5 horas (6-4, 6-4, 6-7 (5/7), 6-7 (8/10) e 9-7), com jogadas de grande nível, muita emoção, incerteza no marcador. Federer, não esteve muito forte no seu serviço, tremeu em algumas situações, e o facto de ter tido 14 break-points e só ter conseguido concretizar apenas um, será sem dúvida uma grande explicação para esta derrota em 5 sets. Nadal pelo contrário teve quase mortífero neste aspecto. Impressionante o facto de o espanhol não dar uma única bola como perdida! Parece que é feito de plasticina! Rápido, leitura fantástica do jogo, uma capacidade física absolutamente fora do normal, e uma colocação de serviço (sem ter feito muitos ases) que colocava constantemente a esquerda de Federer em apuros.

Depois havia e há cada vez mais o factor psicológico, em que frequentes derrotas frente ao espanhol, pesam na mente e Federer tinha a pressão de defender o seu território (perder em Roland Garros é normal, mas em Wimbledon é como perder em casa num jogo de futebol) e ao mesmo tempo de afastar dúvidas sobre quem é de facto hoje em dia o melhor. Se antes já começavam a existir dúvidas (figuras como MacCroe ou Borg já antes falavam em Nadal como o mais forte e sério candidato) agora então esse fantasma definitivamente anda no ar.

Terminado o Europeu, agita-se o mercado de transferências e começa aquela expectativa de uma nova época a qual traz novas esperanças.

Faz portanto algum sentido fazer uma breve abordagem o mercado dos 3 grandes até agora, mesmo que ainda seja cedo, em que muita coisa possa vir a mudar em termos de entradas a saídas.

Começando pelo campeão FC Porto, quer me parecer que estão mais fracos. Viram partir 2 jogadores fulcrais como são o caso de Bosingwa e Paulo Assunção, estando em vias de ver partir Quaresma. Isto já para não falar que a saída de Lucho ainda é possível.
Mesmo tendo Fucile, substituir um jogador como Bosingwa será uma tarefa mt difícil, além de que irá desfalcar o flanco esquerdo onde actuou quase sempre o uruguaio. O próprio Paulo Assunção é uma baixa importantíssima e até agora não foi colmatada. Já Quaresma será substituído por um jogador de características diferentes, mas que tem imensa qualidade e que dá pelo nome de Rodriguez.

Depois no resto das entradas, são quase todos desconhecidos. Tomas Costa , Benitez são ilustres desconhecidos e são mais dois a somar à enorme legião de sul americanos, num plantel em que o numero de portugueses já esta em minoria. Fala-se sobretudo espanhol. Não sei se não haverá problemas dentro daquele balneário se as coisas não começarem a correr bem. Falta falar de outro reforço que é Rolando, o qual eu particularmente acho fraco.

Resumindo: estão mais fracos.


O vice-campeão Sporting, é a meu ver quem se tem reforçado melhor. Preparou melhor a época quer me parecer. Procurou reforçar com jogadores que estão habituados à casa e à realidade do nosso campeonato. Caneira e Roca , regressam e poderão ser mt importantes. Talvez mais Caneira que certamente jogará na lateral esquerda. Roca é um belo jogador para o nosso campeonato (nunca para o inglês), pois cá jogamos sem grande velocidade e onde o seu físico faz toda a diferença (ao contrário de Inglaterra, onde ai o poderio físico dos adversários é outro) podendo voltar a brilhar. Não sei onde jogará, dado que M.Veloso e Moutinho são indiscutíveis, a 10 será complicado (nem Roca nem Moutinho são o típico 10) , na esquerda não cabe (talvez vá para la Moutinho) sendo o mais provável é jogar na meia direita do losangulo. Mas não esquecer que há Ismailov e sobretudo Vukcevic….. Entretanto parece que vão buscar Zé Castro, o que a confirmar-se será um óptimo reforço e que acredito que ainda antes de Dezembro seja já titular no centro da defesa. No ataque, estando recuperados fisicamente, creio que Derlei e Liedson serão os titulares. Postiga ??? Don´t think so!! Com sorte, marcará no máximo 6 a 8 golos no campeonato. Com muita sorte! Ou com penalties à mistura!

Resumindo: estão muito mais fortes


Por fim o Benfica. Foi o único a mudar de treinador (de quem tenho boa impressão) e mudou sobretudo em termos de gestão de futebol. Essa será a principal mudança.
No que ao plantel diz respeito, até agora é tudo uma incógnita. Perdeu dois elementos fulcrais. Perdeu o já citado Rodriguez e perdeu Rui Costa! 2 tiros no porta-aviões. Nada fácil de resolver isto.
A saída de Rodriguez até nem me preocupa muito, dado que permitirá a aposta em Di Maria, o qual acho um fantástico jogador, o qual se o Benfica jogar num 4-3-3 em que os alas têm liberdade para cair para o meio ou mesmo trocar frequentemente de flanco, poderá permitir um Di Maria em grande.
Quanto ao sucessor de Rui Costa, tudo depende de como jogará Quique Flores. Alias todo o plantel está condicionado em relação a isso. Do que conheço do espanhol, o seu sistema favorito é 4-4-2. Jogando assim, o 10 desaparece. Logo não percebo a insistência em Aimar e o próprio Carlos Martins terá dificuldade em jogar nesse sistema, dado que só com 2 médios centros, há que correr muito, pressionar muito, ser mt forte tacticamente. Ora isso e Carlos Martins, claramente não combinam. Carlos Martins será óptimo para jogar em 4-2-3-1. Por falar nisso, se é verdade que ele vem ganhar 125 Mil Euros por mês, mais vale darem me um tiro!
Jogando tb em 4-4-2, Di Maria terá muitas dificuldades.

Quanto ao resto: vejo que continua sem vir um lateral direito de qualidade que concorra com Nelson. Vejo que Ed Carlos e Maxi Pereira (jogadores muito, mas mesmo muito fracos!) continuam no plantel, sendo que a nível de centrais, o brasileiro é a 3º opção! Que medo! Vieram Ruben Amorim (boa contratação), um tal de Yebda (li declarações de jornalistas franceses e antigo treinador, que me deixam mt desconfiado) e Jorge Ribeiro (para quê???!!! Não faz sentido esta contratação, além de ter tido um comportamento indigno no passado para com o clube) . Onde andam os 2 extremos direitos que este clube precisa??????

Resumindo: até à data, estão mais fortes em termos de chefia e organização do futebol, mas em termos de plantel, sinceramente não vejo grande diferença em relação ao ano passado. Talvez estejam inclusivamente mais fracos. Preocupante de facto!