controvérsia futebolística

Era a final mais esperada: Federer (nº1 do ranking) frente a Nadal (nº2). Wimbledon é por natureza o cantinho do suíço, mas sabia se que Roger este ano não tem estado ao seu nível e por outro lado tem perdido os últimos desafios frente ao espanhol. Nadal por sua vez é cada vez mais um jogador completo e uma vitória em Wimbledon seria o consagrar desta força da natureza.

Pessoalmente, torcia e apostava (literalmente!) em Federer. Depois de Sampras, é sem dúvida o meu jogador preferido. Era portanto com grande expectativa que se ia assistir a esta final e a mesma foi digna de figurar na história, fazendo lembrar os velhos duelos entre o já citado Sampras frente a Agassi.

Foi uma final que durou quase 5 horas (6-4, 6-4, 6-7 (5/7), 6-7 (8/10) e 9-7), com jogadas de grande nível, muita emoção, incerteza no marcador. Federer, não esteve muito forte no seu serviço, tremeu em algumas situações, e o facto de ter tido 14 break-points e só ter conseguido concretizar apenas um, será sem dúvida uma grande explicação para esta derrota em 5 sets. Nadal pelo contrário teve quase mortífero neste aspecto. Impressionante o facto de o espanhol não dar uma única bola como perdida! Parece que é feito de plasticina! Rápido, leitura fantástica do jogo, uma capacidade física absolutamente fora do normal, e uma colocação de serviço (sem ter feito muitos ases) que colocava constantemente a esquerda de Federer em apuros.

Depois havia e há cada vez mais o factor psicológico, em que frequentes derrotas frente ao espanhol, pesam na mente e Federer tinha a pressão de defender o seu território (perder em Roland Garros é normal, mas em Wimbledon é como perder em casa num jogo de futebol) e ao mesmo tempo de afastar dúvidas sobre quem é de facto hoje em dia o melhor. Se antes já começavam a existir dúvidas (figuras como MacCroe ou Borg já antes falavam em Nadal como o mais forte e sério candidato) agora então esse fantasma definitivamente anda no ar.