controvérsia futebolística

Já está!




Portugal atinge os quartos de final do Mundial e a meta traçada inicialmente por Scolari foi atingida. Num jogo quezilento, ficámos reduzidos a 9 (Deco, quanto a mim, mal expulso) mas se Nuno Valente e Figo fossem expulsos ninguém se admiraria. Do outro lado, expulsar Sneijder não teria sido nenhum crime. Contas finais, em termos de arbitragem, saímos um pouco beneficiados mas não creio que tenha sido decisivo porque a Holanda nunca se mostrou superior o suficiente (mesmo em superioridade numérica) para merecer um golo. Aquela bola na barra de Cocu e os remates de van Bommel e van Persie foram os melhores momentos de uma Holanda que revelou inexperiência e excessiva ansiedade. Que bom foi ver van Nistelrooy sem saír do banco!
Do lado da nossa selecção, Costinha portou-se muito mal. Parecia de propósito tal a displicência com que abordou o jogo tendo já um amarelo. Deco deveria ter percebido que, como o jogo estava, o árbitro era mesmo capaz de o mandar para o banho e até Figo excedeu-se na "turrinha" a van Bommel. Relativamente ao jogo jogado, fomos superiores no meio campo (Maniche fez um grande jogo, Petit foi importantíssimo quando entrou) mas as laterais estavam demasiadamente desprotegidas. A dupla de centrais portou-se bem, apesar de uma ou outra falha. E Figo foi, mais uma vez, o estandarte! Que orgulho é tê-lo como capitão da nossa Selecção! Uma palavra para Simão e Tiago que entraram bem no jogo e souberam segurar a vantagem.
Venham os biffes!

E vão 3 em 3!
Se dúvidas haviam sobre o grau de dificuldade dos adversários que defrontámos, que tal ganhar com metade da equipa titular ao 7º classificado do ranking FIFA? Poderá invocar-se alguma sorte e decisões polémicas de arbitragem mas a verdade é que levamos 3 vitórias (algo que só Brasil e Espanha podem conseguir) e Scolari leva 10. Coisa pouca...
Foi um jogo emotivo, como seria de esperar. O México, com posse de bola, provou a razão do medo de Portugal: é uma equipa muito rápida.
Apesar de marcarmos cedo e termos ganho tranquilidade, sabíamos que qualquer pormenor motivador para os mexicanos poderia virar o jogo. Marquez, o mais experiente, desorientou-se e fez aquele penalty absurdo (Marquez, era o Meira!!!). 2-0 aos vinte minutos e o povo angolano a sonhar.
Veio a reacção do México, cantos consecutivos e o golo de Fonseca (suplente de Guillermo Franco? A que propósito?). Portugal tremeu, o meio campo não susteve os ataques mexicanos até chegarmos ao momento do jogo: mão de Miguel na área, penalty para o México, 2º amarelo no bolso e bola para fora. Se Miguel fosse expulso e a bola tem entrado talvez Scolari não tivesse ganho pela primeira vez em Mundiais. Mas os campeões fazem-se também com sorte e este pode ser um bom sinal.
Venham as laranjinhas!!!

E que tal era se tivéssemos já nos Oitavos de Final os seguintes jogos...

Alemanha-Inglaterra
Portugal-Argentina
Brasil-Itália
Espanha-França

São 4 finais antecipadas!! Mas há ainda a possibilidade de ver ficar de fora selecções como a França, a Itália ou a Rep. Checa de fora na 1ª fase!

O Mundial promete!

40 anos depois conseguimos um feito notável para um pequeno país como somos! Qualificámo-nos para a segunda fase de um Mundial pela 2ª vez em toda a história. Para os constantemente insatisfeitos, este feito é minorizado pelo facto de termos ganho a Angola e Irão para lá chegar, mas se bem me lembro, em 1986 perdemos com Marrocos (nunca tinha ganho um jogo no Mundial nessa altura) e fomos eliminados e em 2002 perdemos com EUA e Coreia do Sul sendo também eliminados.
Por isso, os críticos habituais contra Scolari continuem a falar porque, mesmo sem realizarmos exibições de outro mundo, temos sido seguros e demonstrado algo que as grandes equipas têm: saber ganhar com paciência.
A equipa frente ao Irão foi quase igual à que jogou no caminho do Euro 2004. A novidade foi Meira por lesão de Jorge Andrade. Costinha fez uma exibição sublime, cortando lances perigosos do Irão (até o amarelo que viu foi bem jogado pelo reforço do Atl. Madrid), Figo voltou a provar que é o líder e é dele que devemos esperar que leve a equipa às costas. Deco e Cristiano Ronaldo foram individualistas mas decisivos pelos golos apontados. A defesa tremeu, principalmente Meira que falhou em lances por alto. Críticas a Scolari? Tenho uma: meter Simão a 5 minutos do fim a ganhar 2-0 não foi o melhor para Boa Morte ou Nuno Gomes. Seria melhor lançar um destes jogadores para que ganhassem confiança e motivação. Mas, enquanto seja esta a única crítica a fazer, podemos ficar descansados. E de ambiente de balneário, Scolari percebe bem mais do que eu...

P.S. - O Brasil e a Inglaterra já se qualificaram, também receberam críticas mas ainda não sofreram golos. A Alemanha já se qualificou mas a defesa recebeu críticas. Resumindo, é só insatisfeitos...Seria melhor estarmos na posição da França ou da Itália?

Foi bom mas soube a pouco. Marcar aos 4 minutos de jogo deu-nos a tranquilidade que um jogo destes exigia visto que seria uma questão de ver quanto tempo levaríamos a marcar o primeiro golo. Angola nunca assumiu nenhum risco e a troca de Akwá por Mantorras deixou bem vincada a opção do técnico angolano: a superioridade da equipa teria que ser na zona intermediária. Conseguiu-a por alguns momentos mas foi quase sempre inconsequente esse domínio.
Já Scolari surpreendeu: com a ausência de Deco por lesão, deu a titularidade a Simão, passando Figo para o meio. Mas a verdadeira surpresa foi a titularidade de Tiago que apenas a justificou pela qualidade de passe apresentada na segunda parte. De resto, pouco ou nada se entendeu com Petit nas marcações sendo que Angola efectuou demasiados remates de meia distância. Penso que será assim enquanto Scolari for seleccionador: a partir do momento em que estejamos em vantagem, há que geri-la, seja contra quem for.
A nível individual, realce para Figo, sem dúvida o melhor elemento da equipa, o verdadeiro capitão que foi decisivo para a vitória. Pauleta voltou a facturar e Ricardo segurou a vantagem. Pela negativa, Petit, Tiago e Cristiano Ronaldo que denota excesso de individualismo e vontade de exercer um protagonismo que, pelos vistos, apenas Figo está preparado para ter.
Segue-se o Irão que denotou ser uma equipa interessante e entrosada. Apesar dos erros defensivos e da incapacidade de parar as bolas paradas bem estudadas pelo selecção do México.

Está aí o Mundial e, apesar das críticas ao treinador e a alguns dos convocados, penso que Portugal se vai unir, de forma sincera, à nossa selecção. O Europeu 2004 foi um dos momentos de união mais bonitos vividos em Portugal, foi o reatar de relações entre selecção e adeptos que já andavam de costas voltadas há algum tempo (sendo o Mundial 2002 o ponto alto dessa relação de ódio).
Scolari e o "bom receber" dos portugueses proporcionou-nos momentos únicos, sonhámos até ao fim mas vimo-nos gregos para engolir a maior desilusão desportiva que o país viveu.
Hoje, a dois dias do início do Mundial, as expectativas não são de loucos. Há a obrigação de passar à segunda fase onde poderemos encontrar uma Argentina ou Holanda...
A mensagem que passo à selecção é simples:
Façam-nos orgulhar de sermos portugueses e façam crescer a fé dentro de nós a cada jogo que passe!

Que possamos chegar à final com um penalty defendido pelo Ricardo, um corte sobre a linha do Ricardo Costa, um roubo de bola decisivo (e limpo) do Petit, um Maniche a correr o campo todo e um hat-trick do Postiga. Importante é que estejamos unidos com o único pensamento de que o desejo de todos é a vitória de...PORTUGAL!

Mourinho percebeu o porquê de não ter sucesso a nível internacional no Chelsea e decidiu mudar um pouco a sua filosofia. Faltam figuras de maior destaque e as compras deste ano incidem sobre jogadores que já venceram troféus e não são jovens em progressão de carreira. Se no Porto a aposta estava na base da surpresa, no Chelsea é diferente. Falta o nome decisivo, as atenções caírem nesse jogador, falta também um pouco de classe. Lampard não pode chegar para tudo e Robben ainda não tem nível mundial.
Daí que os 3 reforços que Mourinho pretende chamarem-se Ballack, Shevchenko e Roberto Carlos. Jogadores maduros com experiência internacional vasta. A nível individual, superiores aos jogadores actuais do plantel do Chelsea.
É desta forma que Mourinho vai motivar o seu plantel para revalidar o título de campeão inglês (3 jogadores que adorariam ser campeões num segundo país) e, finalmente, atacar a Champions com uma equipa de dimensão para tal.

Lembro-me de Costinha dizer de forma orgulhosa que, em Portugal, só jogaria no Porto porque é o único clube organizado e que, para ele, só um clube assim lhe interessa em Portugal. Isto apesar de admitir ser sportinguista o que ainda mais enaltece a sua tomada de posição.
Depois de ter tido um enorme êxito na sua estadia na Russia e de ter acreditado naquele projecto fantástico (são palavras dele!) do Dínamo, assinou pelo...Atlético Madrid! Um clube que tem provado nos últimos 20 anos ser um exemplo de seriedade e de organização, só ao nível de um Man Utd ou um Bayern Munique!!
Um clube que está tão bem oragnizado que conseguiu ter, no mesmo ano, 4 treinadores!! Um clube histórico da capital espanhola e que nem a qualificação para as competições europeias conseguiu!

Parabéns Costinha! Mereces!