segunda-feira, setembro 06, 2010

Jogadores Estrangeiros - hábito ou necessidade?

Saíu hoje no jornal Record uma lista comparando a utilização dos jogadores portugueses com os estrangeiros, durante a época transacta. Aqui fica por ordem decrescente de jogadores portugueses utilizados (à frente a classificação final de cada equipa):
1º Sporting 4º
2º Rio Ave 12º
3º Olhanense 13º
4º Belenenses 15º
5º Académica 11º
6º Leixões 16º
7º Setubal 14º
8º Guimarães 6º
9º Paços Ferreira 10º
10ºLeiria 9º
11ºPorto 3º
12ºBenfica 1º
13ºNacional 7º
14ºNaval 8º
15ºMaritimo 5º
16ºBraga 2º

Numa análise, sublinho, superficial, e se pensarmos nas equipas que mais surpreenderam pela positiva e negativa, constatamos que o "crime" do Braga compensou claramente face à "honestidade" leonina. E, se analisaremos de um ponto de vista geral, quem apostou em estrangeiros, ficou bem classificado.
A verdade é que, quando analisamos a qualidade de alguns estrangeiros que passam pelo nosso campeonato, esta é altamente duvidosa o que deixa no ar a interrogação pertinente:
Afinal os portugueses são bons de bola ou não?


Nota: saíram também a lista de jogadores para a Champions. Em virtude do regulamento de inscrição penalizar equipas que não formam e apostam em jogadores, o Arsenal pôde apenas inscrever 21 jogadores na lista A, sendo que o único inglês que inscreveu foi Walcott...na lista B (menores de 21 anos). Neste caso, a situação é contrária ao nosso campeonato, isto é: as equipas com maior sucesso nos últimos anos (Barcelona e Man Utd) são as que mais jogadores formados no clube apresentam.

Comentários:
Não se trata de xenofobia, mas a realidade é que o que se passa com a quantidade exorbitante de jogadores estrangeiros no nosso campeonato é uma vergonha e que tem já reflexos no leque de jogadores selecionáveis para a seleção portuguesa.
Nesta vergonha incluo o meu Benfica que aposta em jogadores estrangeiros bastante novos e com muito por provar. Fazê-lo ocasionalemente até se aceita, mas quando se faz isso por sistema então deixa de fazer sentido.
Vejo pagar 5 milhoes por jogadores como Sidney e Rodrigo, jogadores que nada provaram nos anteriores clubes / seleções.
Esta questão do acordo politico entre Portugal e Brasil, mina toda e qualquer legislação desportiva.
Há que apostar na formação ou em jogadores jovens que andam nas divisões anteriores (viram como Bébé que de nem convocado agora em 3 meses já é titular da seleção!)e que só necessitam de uma oportunidade.
Não defendo uma aposta tão forte como fez no passado o Sporting, mas sim uma aposta que o faz actualmente em que se têm 5-6 jogadores vindos dos escalões jovens.
No meu Benfica por exemplo temos o caricato de o Sporting ter tantos jogadores formados no Benfica (J.Pereira e Maniche) como o próprio Benfica (Moreira e Roderick)!! Ridiculo!
Há também que perceber que jogadores portugueses, acabam por atrair mais adeptos aos estádios pois todos nós gostamos de ver actuar amigos e todo o jogador tem amigos e familiares, pelo que levam consigo gente ao estádio.
Ver um Braga com 2 ou 3 portugas no plantel é vergonhoso, tal como muito poucos no Benfica ou Maritimo. Corrigam isto!
 
Já andava para escrever sobre isto há algum tempo, e começava a análise de outra forma, que bem ou mal acaba por justificar o que aqui acontece, e o que se passa com todas as nossas selecções.

Já olharam para os planteis de júniores dos nossos clubes grandes?

Sporting - 7 estrangeiros
Porto - 13 Estrangeiros
Benfica - 16 estrangeiros

Estes clubes, que são os que oferecem melhores condições para a evolução física de jogadores (fundamental em tenras idades), andam preocupados em encontrar o novo Messi e esquecem-se de formar o próximo Figo.

Desde que abraçámos a "Globalização da Formação" que as nossas selecções jovens deixaram de ter sucessos - Não é coincidência. A última fornada de talentos que entrou na selecção foi a última equipa jovem que teve algum sucesso - A equipa de Miguel Velos, Manuel Fernandes, João Moutinho, Vieirinha, Márcio Sousa, Paulo Machado, etc.

Foi a última selecção jovem com talentos. Já em 2003. Daí para cá, um marasmo. A nossa selecção A sofre, porque não há talentos, os nossos miúdos não conseguem ter lugar para jogar. É grave!! São menos 36 jovens jogadores portugueses que podem trabalhar com máximas condições, e se desses 36 conseguíssemos um ou 2 talentos?

E o que é pior, todos estes jovens estrangeiros que vêm... Ainda nenhum vingou? No Sporting, que é de facto o mais equilibrado neste aspecto (não há como negá-lo) lembro-me de Rabiu, Luiz Paez, e outros que eram grandes vedetas mas não dão nada. E o pior, é que às vezes basta ver os miudos a jogar para se perceber que não vão dar nada, ou que não são especiais ao ponto de fazer os miúdos atravessas oceanos para jogarem aos 16 anos em escalões de formação das nossas equipas.

E aqui é que a Federação deve intervir. É uma questão de responsabilidade social, meus caros. E prejudica e muito o nosso futebol. A curto, médio e longo prazo!!
 
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