sexta-feira, setembro 10, 2010

Despedimento de Carlos Queiróz

Não irei pegar na história do controlo anti-doping, nem na história de que foi um cenário montado por alguém para despedi-lo.
Interessa-me debater a razão(ões) invocada(s) para o despedimento de Carlos Queiróz.
Tenho a dizer que, a bom exemplo do que se passa hoje em dia na sociedade portuguesa, esta súmula não me convence.
"no dia 14 de Julho de 2010 comunicámos que a FPF cumpriu dois objectivos, não dissemos que foram todos cumpridos. Os objectivos cumpridos foram a qualificação, que foi a sexta presença consecutiva em grandes competições, e por outro lado a presença na fase a eliminar. O resultado fica aquém do que todos ambicionávamos mas foram cumpridos estes objectivos mínimos......face aos últimos acontecimentos, a direcção da FPF decidiu por unanimidade rescindir o contrato com Carlos Queiróz".
Que acontecimentos são esses? 1 ponto em 2 jogos da qualificação? As declarações de Queiróz sobre o castigo que recebeu?
Ou será que os acontecimentos reportam a MAIO 2010?

Conclusão: Carlos Queiróz foi contratado por 4 anos para reformular todas as selecções nacionais. Se o objectivo era reformular, era porque algo estava mal. Se algo estava mal, leva tempo a ser corrigido. Não se pode justificar este despedimento pelo resultado deste processo porque se foi tão grave, o que a FPF tinha a fazer na altura, era ela mesma abrir um inquérito e consequente processo disciplinar ao Seleccionador Nacional. Em MAIO 2010! Demita-se sr. Madaíl.

Comentários:
A forma como todo o processo é conduzido é errada.
A intenção de despedir sempre foi clara e eu pessoalmente concordei a 100%. Mas já não concordo com os meios utilizados. Maus resultados, má opção da Federação, agora só tinham é que assumir o erro e tentar chegar a acordo ou se não fosse possivel, então havia que pagar o contratualizado.
Queiroz é mau treinador, mau gestor de homens. Poderia ter sido um bom organizador, um bom director técnico.
As pessoas em Portugal confundem as coisas: muitos defendem que precisamos de um seleccionador que pense o futebol portugues a medio prazo. A meu ver é errado! Um seleccionador é alguem para o imediato! São ciclos de 2 anos (Apuramento e Fase Dinal de um Europeu ou Mundial) e é isso que tem de fazer!
Mas alguem pensa que um Del Bosque foi contratado para trabalho a 10 anos? Ou a Inglaterra a contratar Capello, a Turquia a contrar Hiddink ou a Alemanha com Low?? Não amigos, o futebol é o momento e não planos a médio prazo.
Querem alguem que pense as camadas jovens, contrate-se um director técnico que o faça e que nao viva nem de lobbies nem dê empregos aos amigos incompetentes.
Sucessao?? Paulo Bento agrada-me imenso! Tem apenas 2 aspectos negativos: é adepto ferveroso do 4-4-2 losangulo e se Portugal tem coisas boas são efectivamente extremos, pelo que jogadores como Quaresma (que por acaso voltou a não fazer nada quando realmente importa) teráo dificuldades. O outro senão é que uma vez mais teriamos um seleccionador a quem Ronaldo trata por tu.
Mas as vantagens que Paulo Bento tem, penso que serão mais valias: é lider, ambicioso, pensa o futebol e não se deixa levar por lobbies.
 
Carlos Queiróz foi contratado com o perfil de director técnico mas deram-lhe o cargo de seleccionador. Achou-se que se podia combinar as duas coisas numa só figura. Quem falou bem foi Carvalhal: contrate-se um seleccionador emotivo, gestor de homens (um pouco à imagem de Scolari) e um director técnico, figura quase unânime (coisa quase impossível em Portugal), que pense o futebol. Para mim, essa figura seria Carlos Queiróz. Que trabalhasse só nos bastidores, nas camadas jovens, na formação de técnicos para estes. Claro que agora está fora de hipótese, mas enfim. Mais um erro de Madaíl.
 
Queiroz não é treinador para a selecção.

E é despedido pelos maus resultados desportivos (que são maus,por mais que os queiramos disfarçar), pelas más escolhas de jogadores, pelo futebol inconsequente.

Se ele fosse campeão do mundo, até podia comer a mulher no Luís Horta ao vivo na Televisão que ninguém se importaria.

Os meio utilizados para despedir Queiroz são deploráveis. É uma vergonha, e espero que a federação tenha que pagar uma indemnização choruda e até ao último tostão, porque os contratos são para honrar.

E se o Madaíl fosse homenzinho (ele que até à era Queiroz, até vinha fazendo um trabalho positivo) assumia as suas responsabilidades e demitia-se.
 
Legisle-se quanto ao número de estrangeiros nos escalões de formação.

É importantíssimo ir por aí. Formal ou informalmente. Ou então incentivar financeiramente os clubes que tiverem jogadores portugueses, ou 80% de jogadores portugueses.

O futebol português precisa que apareçam grandes talentos, e francamente não se vê aí nada a aparecer nos próximos anos...
 
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