domingo, junho 13, 2010
Crónicas do Mundial 2010 - 1
Ao fim de 2 dias de Mundial apetece-me escrever umas linhas.
A começar pela organização do evento. A verdade é que ninguém está seguro: nem jornalistas (chineses, portugues e espanhóis já se queixaram), nem jogadores (uruguaios e gregos que o digam) e, sem informação adicional, garantidamente nem os adeptos turistas que serão alvos muito mais acessíveis do que aqueles que, teoricamente, têm protecção 24 horas por dia. Primeiro problema a apontar ao primeiro campeonato africano, esperemos que fique a este nível.
Avancemos para o futebol jogado.
GRUPO A:
É um dos grupos mais equilibrados: a selecção anfitriã, a 3ª selecção americana no ranking, a antiga campeã do mundo França muito fragilizada e um Uruguai sem nada a perder e com aspirações a supreender. Vamos aos jogos:
África do Sul-México 1-1
Tenho expectativas por este México, é uma selecção que há muito gosto de ver jogar. Baseia o seu estilo de jogo num 3-5-2, com Rafa Marquez a assumir o meio campo em situação de ataque e Aguilar a incutir velocidade na direita e Salcido consistência na esquerda. Tem uma virtude e, ao mesmo tempo, um problema: os desiquilibrios da equipa estão a cargo de uma dupla jovem: Carlos Vela e Giovanni da Silva. Se o primeiro teve poucos minutos durante a época no Arsenal tendo, apesar disso, tido bons momentos, o segundo foi para a Turquia (Galatasaray sob o comando de Rijkaard) ganhar tempo de jogo. Bem lhe fez porque já não é aquele menino individualista do Barcelona mas, apesar disso, ainda está aquém de assumir um papel tão importante como o de carregar às costas uma selecção como a do México. Também daí, Aguirre tenha lançado Blanco com a missão de o lançar em velocidade e não o obrigar a recuar tanto no campo. Boa estratégia, apesar de não ter tido efeitos prácticos. Mereceu o empate mas Guillermo Franco terá de ser mais eficaz se quiserem ir mais longe, o que plenamente acredito.
Quanto à África do Sul, orientada por Carlos Alberto Parreira, agradou-me ver jogar. Gostei dos desdobramentos do lateral direito, Gaxa, da elevada rotação do marcador do golo, Tschabalala e das movimentações na frente de Mphela. Ficou mal na foto a ingenuidade defensiva no lance do golo de Marquez e a péssima exibição do lateral esquerdo, Lucas Thwala. Tem condições para discutir o apuramento se conseguir ganhar ao Uruguai.
Uruguai-França 0-0
Se tivesse apostado de antemão no Bwin este teria sido o meu resultado escolhido. Por várias razões:
- porque Tabarez é um treinador rigoroso tacticamente. Isso prova o 3-5-2 que escolheu para este jogo, com Maxi e Álvaro Pereira(s) decisivos nas laterais/alas a fazerem os desdobramentos de forma correcta e cronometrada; com Suares e Forlán muito móveis na frente e a receberem bolas longas para aproveitarem a inferior mobilidade de Gallas e Abidal; com Rios e Perez a encaixarem perfeitamente em Gourcouff e Diaby. Faltou-lhe um mais inspirado Nacho Gonzalez, claramente perdido em campo e por isso substituído, mas foi pior a emenda que o soneto porque Lodeiro foi expulso de forma infantil obrigado o Uruguai a abdicar de qualquer tentativa de risco por parte da França.
- e digo tentativa de risco porque Domenech não é treinador de arriscar. E essa era a segunda razão que me levava a apostar neste 0-0. Olhando para o onze inicial francês constata-se um erro crasso: deixar Malouda de fora! Ele tem de ser a figura máxima desta equipa: nem Gourcouff (faz lembrar Fernando Mamede, nos momentos decisivos eclipsa-se), nem Ribery nem Anelka, nem Henry. Aposte em Malouda e terá resultados. Ora, sem Malouda esta equipa foi uma sombra daqulo que pode ser. Muito rigida tacticamente, com Toulalan a ter preponderância claramente a mais do que deveria e com Diaby e Gourcouff anulados, foi dificil à França desiquilibrar. No momento de arriscar, Domenech enlouqueceu: tirou um finalizador (Anelka) e pôs um jogador de apoio ao ponta-de-lança (que tinha saído); quando pôs Malouda e o encostou à faixa esquerda, abdicou do jogador que deveria levar jogo para a frente (Gourcouff); quando lançou Gignac a jogar contra 10, tirou Govou obrigando a equipa a fixar num 4-4-2 com dois pivôts mais recuados no meio campo e sem profundidade nas alas (Evra e, principalmente, Sagna não conseguiram obrigar os Pereiras a passar mal pela desvantagem numérica no corredor. Assim, esta França confirma o cenário que se lhe antevia: a passar esta fase, será sempre à tangente e com enormes dificuldades.
A começar pela organização do evento. A verdade é que ninguém está seguro: nem jornalistas (chineses, portugues e espanhóis já se queixaram), nem jogadores (uruguaios e gregos que o digam) e, sem informação adicional, garantidamente nem os adeptos turistas que serão alvos muito mais acessíveis do que aqueles que, teoricamente, têm protecção 24 horas por dia. Primeiro problema a apontar ao primeiro campeonato africano, esperemos que fique a este nível.
Avancemos para o futebol jogado.
GRUPO A:
É um dos grupos mais equilibrados: a selecção anfitriã, a 3ª selecção americana no ranking, a antiga campeã do mundo França muito fragilizada e um Uruguai sem nada a perder e com aspirações a supreender. Vamos aos jogos:
África do Sul-México 1-1
Tenho expectativas por este México, é uma selecção que há muito gosto de ver jogar. Baseia o seu estilo de jogo num 3-5-2, com Rafa Marquez a assumir o meio campo em situação de ataque e Aguilar a incutir velocidade na direita e Salcido consistência na esquerda. Tem uma virtude e, ao mesmo tempo, um problema: os desiquilibrios da equipa estão a cargo de uma dupla jovem: Carlos Vela e Giovanni da Silva. Se o primeiro teve poucos minutos durante a época no Arsenal tendo, apesar disso, tido bons momentos, o segundo foi para a Turquia (Galatasaray sob o comando de Rijkaard) ganhar tempo de jogo. Bem lhe fez porque já não é aquele menino individualista do Barcelona mas, apesar disso, ainda está aquém de assumir um papel tão importante como o de carregar às costas uma selecção como a do México. Também daí, Aguirre tenha lançado Blanco com a missão de o lançar em velocidade e não o obrigar a recuar tanto no campo. Boa estratégia, apesar de não ter tido efeitos prácticos. Mereceu o empate mas Guillermo Franco terá de ser mais eficaz se quiserem ir mais longe, o que plenamente acredito.
Quanto à África do Sul, orientada por Carlos Alberto Parreira, agradou-me ver jogar. Gostei dos desdobramentos do lateral direito, Gaxa, da elevada rotação do marcador do golo, Tschabalala e das movimentações na frente de Mphela. Ficou mal na foto a ingenuidade defensiva no lance do golo de Marquez e a péssima exibição do lateral esquerdo, Lucas Thwala. Tem condições para discutir o apuramento se conseguir ganhar ao Uruguai.
Uruguai-França 0-0
Se tivesse apostado de antemão no Bwin este teria sido o meu resultado escolhido. Por várias razões:
- porque Tabarez é um treinador rigoroso tacticamente. Isso prova o 3-5-2 que escolheu para este jogo, com Maxi e Álvaro Pereira(s) decisivos nas laterais/alas a fazerem os desdobramentos de forma correcta e cronometrada; com Suares e Forlán muito móveis na frente e a receberem bolas longas para aproveitarem a inferior mobilidade de Gallas e Abidal; com Rios e Perez a encaixarem perfeitamente em Gourcouff e Diaby. Faltou-lhe um mais inspirado Nacho Gonzalez, claramente perdido em campo e por isso substituído, mas foi pior a emenda que o soneto porque Lodeiro foi expulso de forma infantil obrigado o Uruguai a abdicar de qualquer tentativa de risco por parte da França.
- e digo tentativa de risco porque Domenech não é treinador de arriscar. E essa era a segunda razão que me levava a apostar neste 0-0. Olhando para o onze inicial francês constata-se um erro crasso: deixar Malouda de fora! Ele tem de ser a figura máxima desta equipa: nem Gourcouff (faz lembrar Fernando Mamede, nos momentos decisivos eclipsa-se), nem Ribery nem Anelka, nem Henry. Aposte em Malouda e terá resultados. Ora, sem Malouda esta equipa foi uma sombra daqulo que pode ser. Muito rigida tacticamente, com Toulalan a ter preponderância claramente a mais do que deveria e com Diaby e Gourcouff anulados, foi dificil à França desiquilibrar. No momento de arriscar, Domenech enlouqueceu: tirou um finalizador (Anelka) e pôs um jogador de apoio ao ponta-de-lança (que tinha saído); quando pôs Malouda e o encostou à faixa esquerda, abdicou do jogador que deveria levar jogo para a frente (Gourcouff); quando lançou Gignac a jogar contra 10, tirou Govou obrigando a equipa a fixar num 4-4-2 com dois pivôts mais recuados no meio campo e sem profundidade nas alas (Evra e, principalmente, Sagna não conseguiram obrigar os Pereiras a passar mal pela desvantagem numérica no corredor. Assim, esta França confirma o cenário que se lhe antevia: a passar esta fase, será sempre à tangente e com enormes dificuldades.
Comentários:
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Eu olho para a França e para jogadores como: Evra, Gourcouf, Diaby, Anelka, Ribery... E depois entraram Henry e Malouda...
Não percebo como é possível jogar tão mal! É inexplicável. A França tem uma excelente equipa! E deixou de fora Nasri e Benzema... Não se percebe.
Até se olhar para o banco.
Apenas um reparo ao que escreveste Kramer: Toulalan fez um excelente jogo. Tapou todos os buracos, saíu a jogar, ganhou despiques individuais e alimentou Gourcouff e diaby em muitas transições defesa ataque... Não o sabia um trinco tão competente.
Já Gourcouf (jogador que muito aprecio) fez um jogo horrível. E continuo a achar que Ribery (sendo bom jogador) é muito sobrevalorizado. 60 milhões?? Nunca na vidinha. 25 e já gozam... E já tá caro. É bom, mas não é galáctico. Ou melhor, eu não acho.
Não percebo como é possível jogar tão mal! É inexplicável. A França tem uma excelente equipa! E deixou de fora Nasri e Benzema... Não se percebe.
Até se olhar para o banco.
Apenas um reparo ao que escreveste Kramer: Toulalan fez um excelente jogo. Tapou todos os buracos, saíu a jogar, ganhou despiques individuais e alimentou Gourcouff e diaby em muitas transições defesa ataque... Não o sabia um trinco tão competente.
Já Gourcouf (jogador que muito aprecio) fez um jogo horrível. E continuo a achar que Ribery (sendo bom jogador) é muito sobrevalorizado. 60 milhões?? Nunca na vidinha. 25 e já gozam... E já tá caro. É bom, mas não é galáctico. Ou melhor, eu não acho.
O excesso de preponderância do Toulalan foi exactamente pela ausência de Diaby e Gourcouff na construção de jogo. Assim teve que ser o trinco a recuperar e a lançar o ataque.
Esta França é horrível, Domenech é a decadência em pessoa. Péssimas opções e ausência de jogo colectivo.
Espero que vão para casa mais cedo.
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Esta França é horrível, Domenech é a decadência em pessoa. Péssimas opções e ausência de jogo colectivo.
Espero que vão para casa mais cedo.
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