terça-feira, maio 19, 2009

Inter e os Portugas

O Inter de Milão foi este fim de semana campeão italiano pela 4ª vez consecutiva (ainda que o 1º tenha sido ganho na secretaria) e a este titulo estão ligados vários portugueses.
José Mourinho e a sua equipa técnica. Luis Figo (tetracampeão) e Ricardo Quaresma.

Depois de um ano sabático, Mourinho chegou a Itália e logo gerou um misto de amor e de ódio. Não há grandes hipóteses: com Il Speziale ou é 8 ou é 80. Mantenho que tinha muito mais a perder do que a ganhar com a opção Inter. Ser campeão (apesar de esta época ser claramente a mais difícil que se avizinhava pois Juve e Milan já partiam em ponto de igualdade pontual e já com a estrutura montada) era algo que era exigível e não o ser seria imperdoável pelo que vencer acabaria por ser uma obrigação.

Começou a época por investir forte nas contratações de Quaresma, Mancini e Muntari. Destes, só mesmo Mancini (ex-Roma) tinha forte nome no Cálcio. A aposta seria no 4-3-3. Sabe-se que em Itália mora a arte de bem defender e a mestria da táctica. Não há campeonato como o italiano nesse aspecto e isso levou a que Mourinho andasse por ali completamente às apalpadelas. Criticado por muitos dos seus homólogos treinadores, alguns sectores da imprensa e com dificuldade em lidar com o ego de jogadores como Adriano e da estrela emergente Baloteli, os resultados foram sendo intermitentes (sobretudo na Champions) e as constantes alterações no modelo de jogo uma dor de cabeça.

Aqui entrou um dos portugueses: Quaresma. Aposta pessoal do treinador português, o ciganito nunca foi capaz de elevar o seu jogo. Em Itália todo o jogador tem de saber defender, todos têm de marcar, todos têm de pressionar. Quaresma não se dá com isso e pior que essa situação, foi a de ter encontrado defesas com outra qualidade, muito menos espaço e adeptos que não perdoam tanta fantochada. Uma coisa é jogar no Porto, que tem sempre o controlo do jogo, posse de bola e que mais tarde ou mais cedo acaba por marcar um golo. Outra coisa é jogar em Itália. Jogo mais repartido, menos hipótese de golo, menos domínio do jogo. Ali há que ser objectivo e os adeptos lá não brincam. Resultado: total desastre o nível de Quaresma. Assobiado por adeptos, criticado por colegas e pelo próprio treinador. Alias Mourinho veio já ontem afirmar: “Se regressar ao clube terá de o fazer com uma mentalidade um bocadinho diferente, porque penso que a experiência que teve aqui deve ter sido suficiente para perceber que as exigências do campeonato italiano são diferentes das do português e que o tipo de protecção e de paixão de que gozava no FC Porto, onde tinha estatuto, aqui é complemente diferente”.
Quem esperava que indo para Inglaterra e tudo mudasse, enganou-se uma vez mais. As vezes até é titular sim, mas é no campeonato de reservas……

Depois há o outro português e que é incontornavelmente uma figura do futebol mundial: Luis Figo.
Foi um dos melhores jogadores de sempre e que talvez não tenha uma melhor imagem a nível global em virtude da sua polémica saída do Barca para o Real e pelo facto de ser uma figura muito reservada.
Foi um grande mas mesmo grande jogador e um excelente líder. 4 vezes campeão em Itália e mais 3 ou 4 em Espanha. Chegou a Itália já na fase descendente da sua carreira, mas deixou o perfume do seu genial futebol. Sai agora e sai pela porta grande. Mourinho, inteligentemente e merecidamente tem lhe dado a titularidade nos últimos jogos e desta forma contribuiu de forma mais activa para o titulo. Um grande bem haja Luis!

Nota: impossível ou injusto não referir o contributo dos adjuntos Rui Faria, Silvino e Vilas Boas.

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Comentários:
Inter campeão. Mourinho campeão. Figo campeão. Quaresma a fracassar lá fora. Não há novidades.
Vamos ver...Mourinho contratou Muntari para ajudar no tridente de meio campo, foi uma aposta ganha.
Quaresma e Mancini foram contratados para as alas mas fracassaram os dois. Aliás, Mancini foi mesmo contratado para enfraquecer a Roma, objectivo que foi conseguido.
Afinal, Mourinho fez de Julio César melhor guarda redes do que o que era, fez de Cambiasso um estratega superior, recuperou Stankovic e tem em Maicon o ainda melhor defesa direito do Mundo.
O problema foi que ainda não fez de Ibra o melhor do mundo, ainda não fez de Quaresma um extremo de eleição, ainda não fez de Balotelli um verdadeiro profissional e ainda não fez do Inter campeão europeu.
Tem um ano mais para consegui-lo. E, depois, desafio Espanha!
 
Era para falar de Julio César. Quem fez dele um dos 3 melhores do mundo (para mim o melhor continua ser Casillas)foi sobretudo Silvino. Alias o próprio fala nisso ontem numa entrevista dada ao jornal A Bola. Com Silvino, Baia e Cech foram considerados o GR do Ano.
Há que dar mérito aos adjuntos também.
Atenção também ao crescimento ou se quisermos ao reconhecimento da categoria de Maicon e de Cambiasso e ao aparecimento de Santon.
 
Para mim, claramente Julio César (sim, Silvino tem feito trabalhos excelentes) e Cambiasso (está em todo o lado e não comete erros).
 
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