controvérsia futebolística

Não contando com a mudança de estratégia dos dirigentes do FCP - agora deixaram a corrupção activa de domínio da arbitragem e apostam em "colocar" nos adversários Treinadores amigáveis, jogadores emprestados que formam a sua espinha dorsal e mais recentemente a moda do "vou jogar contigo na próxima jornada, está garantido que te vou comprar um jogador" - a política do FC Porcos passa pela colocação inteligente de certos jornalistas, comentadores e directores em locais estratégicos, onde a Televisão Pública, infelizmente, é o caso mais evidente. Ora bem isto permite várias contrapartidas - estabilidade, ausência de "casos", valorização constante de jogadores e equipas - o que leva ao sucesso. Disso tenho vários exemplos que explicam a minha opinião:

- Liverpool Vs Manchester - O Benfica ganhou ao Liverpool em 2005 nas duas mãos. O Porto empatou com o Man Utd em Old Traford. De uns ninguem se lembra, de outros foi uma semana a serem apelidados de "heroís de Manchester", reportagens especiais, o Treinador tinha conseguido algo inalcansável, já não era um treinador medroso, ía renovar por mais uma nao etc.
- Desempenho dos jogadores "fantásticos". Hulk passou de desconhecido a bomba. Na imprensa até já o venderam para todo lado por milhões. Quem viu o jogo no dragão chega à conclusão que ainda está a milhas de por exemplo Lisandro. Tem potencial físico e técnico mas ainda tem muito para crescer (e aproveitar as dádivas dos "laranjeiros" toda a gente se destaca). Até Mariano (que não sabe dominar uma bola) é elevado a craque pelos comentadores.
- Trocas e baldrocas - Um antigo jornalista desportivo da RTP Norte aparece como director de informação do clube. Porque não concorda com uma pergunta ao treinador Jesualdo na Flash Interview chama Filho da Puta ao ex-colega e diz que ele é um merdas e não chega para ele. Estranho que estas figurinhas andem anos e anos a lavar a opinião pública vendendo o pacote Porto Fantástico.
- Os casos de arbitragem não são minimanente discutidos na imprensa. Comparando em termos de arbitragem, por exemplo o Benfica-Braga e o Braga-Porto a arbitragem do P.Batista foi muito mais vergonhosa. 3 penaltys por assinalar e marcaram o 1º golo fora de jogo. Estranhamente (ou não) o Jorge Jesus comeu e calou, o presidente ainda lançou uns comentários (mas calou-se depois de ter negociado o Andrés Madrid) enquanto que com o Benfica foi uma escandaleira (o que para mim como Lagarto é sempre bom... Benfica sempre para baixo, ehehe).

Por outro lado os media também precisam de sobreviver e usam o Benfica a seu bel prazer, isto é, vende mais uma capa do treino do Benfica, do que o Título de campeão nacional do Porto e eles não se podem esquecer disso.

Em conclusão é fácil ganhar no Porto. Além de terem mais € para tranferências e ordenados - podem ter os melhores jogadores - tem tudo a seu favor: imprensa, adversários, etc., tornando-se um ciclo vicioso: Mais Estabilidade, Mais Vitórias, Mais €'s, Melhores Jogadores, Melhores Equipas, Mais Estabilidade, Mais Vitórias, Mais €'s, .....

Rui Cerqueira, de 35 anos (nasceu a 10 de Fevereiro de 1972, em Vila Nova de Gaia), um dos rostos mediáticos da RTP, onde era pivot da RTPN e fazia a narração de vários jogos de futebol para o canal público e também para a Antena 1.
Licenciado em Comunicação Social na Escola Superior de Jornalismo, no Porto, Cerqueira trabalhou na Rádio Lidador, na Maia, onde, em 1989, chegou a ser subeditor de desporto. Em 1992, mudou-se para a RTP, construindo uma carreira na área do jornalismo desportivo, que só foi interrompida há bem pouco tempo por causa do convite do FC Porto. Até 1998, também colaborou com a Antena 1, uma parceria que seria reatada nos últimos anos por força das sinergias das duas estações públicas. Em 2005, colaborou na redacção do livro "Jorge Costa, o capitão", narrando o percurso do antigo defesa central até se sagrar símbolo do FC Porto. Foi uma experiência na área da escrita muito por força da amizade que o une ao actual treinador do Braga.
Em termos de narração desportiva, relatou para a RTP a célebre final de Gelsenkirchen, na Alemanha, na qual os azuis e brancos conquistaram a segunda Taça dos Campeões Europeus da sua história. Venceram o Mónaco por 3-0.