segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Porto 1 Benfica 1



Um Porto-Benfica é sempre um jogo de tripla, é quase sempre um jogo vibrante, polémico, e que alimenta conversas de café durante semanas.

O clássico de ontem e um dos mais esperado dos últimos tempos deu empate: F.C. Porto e Benfica dividiram pontos no Dragão, num jogo bem disputado. Não foi de facto um grande jogo, mas foi bem disputado.
Na frente do campeonato, nade de novo mantendo-se tudo igual, com um ponto a separar as duas equipas, com vantagem para os portistas.
Com a repetição do resultado da primeira volta, o FC Porto mantém a liderança com 35 pontos, com o Benfica (34) a manter-se a um e o Sporting a ficar a quatro, após perder em casa (2-3) diante do Braga, nesta 17ª jornada..

O FC Porto apresentou a equipa mais do que previsivel (os 11 poupados na Taça da Liga com o Sporting) em 4x3x3, enquanto o Benfica apostou no reforço do meio campo, num 4x4x2, com o vagabundo e ineficaz Aimar a tentar criar (ou algo que se parecesse) para o avançado Suazo ( o qual recuperou de uma lesão).


O Benfica entrou intermitente no jogo, sendo o FC Porto mais ameaçador, com Lucho a desperdiçar as primeiras oportunidades, falhando o golo primeiro com remate à entrada da área e depois de cabeça, liberto na área. Aliás nos primeiros minutos todas as jogadas de cabeça eram ganhas pelos azuis e brancos. Muito mal esteve nesse período o sistema defensivo encarnado. Nesse capitulo Sidney então era assustador. Com o tempo as coisas foram então serenando.

O Benfica começou então a soltar-se e respondeu com um cabeceamento de Reyes, nas costas de Fucile, mas o espanhol acertou nas malhas laterais. Ficou contudo o primeiro sinal de perigo e o alarmar das hostes portistas.


O Porto voltou a sacudir a pressão alta encarnada e tiveram 15-20 minutos de maior assédio, visando regularmente a baliza do seguro Moreira, mas sem eficácia e sem grande perigo.

Benfica, ia apostanto no contra-ataque e criou a melhor oportunidade com um disparo de Reyes mas à figura de Helton, que cedeu canto.
Já no período de compensação, o Benfica provou porque é forte nas bolas paradas: Reyes marcou canto na esquerda e Yebda, mais lesto que os contrários, cabeceou para o fundo das redes (0-1), levando os adeptos ao delírio.

No inicio da 2º parte, o Benfica continuou em alta e voltou a criar perigo: primeiro foi Suazo, de cabeça, a atirar cruzado rente ao poste esquerdo e depois foi Rubem Amorim, no lado oposto, a obrigar Helton a defesa relativamente complicada para canto.

Os portistas revelavam vontade, mas menos clarividência frente a um adversário cada vez mais confiante a atacar e sereno a defender, tapando melhor os caminhos da baliza de Moreira, o qual fez algumas boas defesas e mostrou-se sempre seguro, confiante, serenando os seus colegas.

Vendo que o ataque encarnado era cada vez mais ineficaz, Quique resolveu mexer na equipa tirando o desgastado Suazo, apostando na velocidade de Di Maria para continuar a tentar explorar o contra-ataque. Apesar da alteração, Quique consegui a proeza de deixar Aimar em campo. Admito que o “erro” seja meu, mas o que vi, foi um Aimar, incapaz de fazer uma finta, incapaz de ganhar uma bola dividida, incapaz de fazer um único remate e que perdia 9 em cada 10 bolas. Isto foi o que vi. Ouvi contudo à posteriori, ex-jogadores, jornalistas, ex-treinadores, etc. todos eles a elogiarem a exibição do argentino. Não percebo nada disto!

Voltando atrás: entrou Di Maria, o Benfica voltou a ter alguma bola, lançamentos em profundidade e o outro argentino a fazer o oposto de Aimar. Um não fintava ninguém e o mais novo e pensar que os fintava todos! Mais, a pensar que era só ele e a bola! Tentou fintar meio mundo e ignorou colegas melhor colocados. Precisamente num desses lances, ao minuto 70 (mais coisa menos coisa) Di Maria foi egoísta e atirou ao lado com Reyes em melhor posição e na resposta, Lisandro enganou Pedro Proença e conseguiu o penalti que deu o empate nos pés de Lucho.

Até ao fim, o equilíbrio reinou e a igualdade manteve-se.

Equipas (Notas): FC Porto: Helton (3), Fucile(4), Rolando(3), Bruno Alves(4), Cissokho (3), Fernando (4), Raul Meireles (2) (Mariano, 65), Lucho (2), Rodriguez (1), Hulk (3) e Lisandro (2)
Benfica: Moreira (3), Maxi Pereira (4), Luisão (3), Sidnei (4), David Luiz (4), Yebda (4), Katsouranis (3), Ruben Amorim (2), Aimar (1) (Carlos Martins, 93), Reyes (2) (Nuno Gomes, 86) e Suazo (2) (Di Maria, 62).


Se, no encontro da Luz, os portistas terminaram com o sentimento de que podiam ter colhido maiores dividendos, no Porto, foi a vez de os benfiquistas acabarem com a sensação de poder ter garantido o 0-1 até ao fim.

Muito se falou de Suazo e de Hulk, porém ambos não fizeram a diferença. Quer Bruno Alves, quer Sidney tiveram mt bem.

Para Rodríguez, se pretendia fazer a vida negra ao ex-clube, a noite também não foi produtiva, muito em razão da boa exibição de Mai Pereira

Comentários:
Parece que este campeonato (seja quem for que o vai ganhar) é um campeonato dos árbitros. Proença, famoso benfiquista e Jorge Sousa tiveram mais uma vez influencia directa nos resultados de ontem. Assim resta apreciar os resumos dos campeonatos estrangeiros.
 
"Admito que o “erro” seja meu, mas o que vi, foi um Aimar, incapaz de fazer uma finta, incapaz de ganhar uma bola dividida, incapaz de fazer um único remate e que perdia 9 em cada 10 bolas."

É, de facto!
 
Discordo de algumas coisa, acho que o Aimar fez um bom jogo, acelerou quando tinha que fazer e parou quando também tinha que o fazer. Foi ainda importante a defender onde, a par com o Katsouranis e Yebda, foi sempre dos 1ºs a fazer pressão.

Sobre o Di María... este sim continua sem me convencer e rezo para que haja algum clube que o leve!

Sobre o jogo em si, foi muito equilibrado. No final as duas equipas pareciam estar contentes com o empate... mas eu fiquei muito frustado com o resultado ainda por cima da forma que foi obtido!
Como é possível um árbitro estar bem colocado em campo e mesmo assim achar que aquilo é penalty??
 
O resultado foi justo, na minha opinião. O Porto foi mais perigoso, o Benfica foi mais controlador. Deu a impressão, em determinados momentos, que nem Lisandro, nem Hulk nem Rodriguez teriam condições para desiquilibrar como fazem habitualmente. E isso significa controlo defensivo. Muito bem Maxi, Luisão e Sidnei. Já David Luíz deixou o flanco demasiado aberto, talvez pelas movimentações interiores de Hulk. Aí, falhou Reyes na compensação defensiva permitindo a Fucile descidas perigosas no seu corredor.
Lucho foi peça fulcral para o bom desempenho portista. Diria até que foi ele o principal dinamizador do ataque portista. Falhou o golo, mas não falhou no penalty. E deu ao Porto a liderança de volta.
Reyes, Suazo, Lisandro e Rodriguez desiludiram, Hulk e Aimar confirmaram o bom momento. Boas exibições da dupla de centro campistas do Benfica e da dupla de centrais do Porto.
 
Relativamente ao Proença, bela exibição. Muito seguro de si mesmo, com poucos erros. Falhou no amarelo a Katsouranis e Maxi Pereira, ambos forçados. E, claro, falhou no lance do penalty. Sem discussão possível. O braço tá lá, mas o homem cai para a frente. O braço impede a progressão mas esta continua a existir. Não há como argumentar.
 
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