sábado, dezembro 13, 2008
Monólogos de actores do futebol
Também Jesualdo Ferreira quis falar abertamente sobre o jogo com o Arsenal. E é importante que isto aconteça porque às vezes os treinadores devem "perder a humildade" e deixar claro as suas ideias e conquistas. Mas, a questão principal deste post é que, é exactamente nestes momentos que observamos a (des)atenção destes actores do futebol. Senão, vejamos as palavras de Jesualdo a propósito da fragilidade aparente do Arsenal no Dragão:
"Vamos falar da defesa do Arsenal? Almunia, que eu saiba não é júnior. Eboué é sempre titular do Arsenal e internacional do seu país. Depois tinham o Gallas. Em 1997, em Toulon, era eu treinador da selecção nacional, o Gallas jogava numa equipa que tinha um ataque que não era grande espingarda: Anelka, Trezeguet e Henry. Depois tinham o Djourou, que é suíço não sei como e joga frequentemente no Arsenal, e o Silveste, que estava nessa defesa com o Gallas em Toulon», acrescentando: «No meio campo, tinham por exemplo o Song, que é o habitual substituto de Gilberto quando Wenger quer mais consistência defensiva."
Bom, importante fazer notar que Gilberto Silva, o antigo capitão do Arsenal saíu para o Panathinaikos no início desta época e que Djourou é suiço desde os escalões jovens (sub-21) daquele país ao contrário de Deco e Pepe, jogadores naturalizados e aprovados pelo professor Jesualdo.
O que Raul fez não é nada fácil. Normalmente cá vai se para o discurso fácil e o correctamente politico. De vez em quando tb nos tentam fazer de parvos.
Os jogadores por exemplo gostam muito do "sou .....desde pequenino!".
Outros têm muita dificuldade em reconher o mérito alheio. Recordo me por exemplo de ver o ano passado uma lenda futebolistica do Benfica a falar sobre o Porto. Refiro-me a Chalana, o qual tinha um pé esquerdo de sonho mas que em termos de inteligencia é verdadeiramente assustador. Mas uma coisa é não ser mt inteligente e outra é ser parvinho. Chalana foi um dos muitos, mesmo muitos que nao atribuiram mérito ao campeão Porto e foi incapaz de dar os parabéns. É uma vergonha.
Depois há os outros que nos tentam fazer de parvos. Jesualdo às vezes é um desses.
Neste caso do jogo com o Porto, não se trata de reduzir a zero a vitória sobre o Arsenal, mas trata-se sim de ser realista a ver que o Arsenal veio a Portugal com 3 ou 4 titulares e o resto era uma manada de miudos, alguns dos quais com 17 anos. Alguns eram suplentes dos suplentes!
Jesualdo desvalorizou isso e afirmou que tb a sua equipa era muito nova. Muito nova? Tiveram 3 ou 4 mais novitos, o restao sao jogadores mais do que batidos, mas do que isso, são os habituais titulares. Ate pode ser novos vs nonos. Mas uns sao os titulares e os outros sao os suplentes.
Esqueceu-se que quando eles jogaram os titulares, levou 4 na bucha. Claro que foi um daqueles jogos que acontecem 1 em 10,mas querer agora exaltar esta vitoria como que abafando a derrota de Londres, nao faz sentido algum.
Mas voltando a bater no treinador do FC Porto, eu não gosto do homem. Ganha, perde, empata, é goleado, goleia e tem sempre aquela cara de quem comeu e não gostou, vendo apenas um jogo diferente daquele que toda a gente viu - tipo cronista de jornal desportivo.
Se ele estivesse num ponto mais elevado, decerto que ele veria outro jogo - o que toda a gente vê.
Em Londres, depois de uma derrota humilhante e de uma exibição, digamos, patética, tem uma reacção mais ou menos assim: "Tivemos azar". Bem azar tive eu que já tinha o bloco pronto para uma contagem de "cada remate um golo".
No Porto, o FC porto jogou bem, controlou, pressionou, jogou mal, prdeu o controlo do jogo, foi pressionado, marcou dois golos e a reacção foi do tipo: "Tivemos azar!"
Pior foi a do Arsène Wenger, que além de ser treinador de futebol, tem outro defeito... é arrogante. A maneira como ele se riu em Londres foi desenlegante, anti-desportivista e... digamos, francesa. Como o homem não fala bem e parece que nos últimos anos também não percebe muito de futebol, para além de ser francês - nacionalidade que no futebol tem tradução para "parvo" (vide Domenech)- esqueceu-se que só tinha dois pontos de avanço sobre o FC porto, que o jogo em Londres já tinha sido há dois meses, que no Dragão o público está mais próximo de matar alguém em campo que numa favela no Rio de Janeiro, que ía apresentar um equipa com poucas rotinas e que faz o homem? Dispensa o treino de adaptação ao relvado e à iluminação.
Para além de ser um treinador de futebol francês (três coisas que não aprecio lá muito), fiquei com a certeza que nos últimos anos também não percebe muito de futebol, ou então, vamos lá fazer da Campions League deste ano uma prova engraçada, com uns cabeças-de-série ridículos e uns segundas e terceiras linhas capazes de surpreenderem.
De qualquer das maneiras, o Jesualdo viu mais uma vez um jogo que ninguém viu e o Arséne Wenger foi um treinador de futebol francês, ou seja, um José Mourinho com tiques de Luis Campos, sabe-se lá.
Um abraço!
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