quarta-feira, junho 04, 2008
Euro-2008
O mais importante de tudo é que nós estamos lá! Portugal voltou a qualificar-se para uma fase final de um Europeu, algo que repete desde 1996 (falhou 88 e 92).
Essa qualificação foi atribulada, desde o seu arranque quando Scolari deu a entender que bastava não perder jogos para se qualificar. E, basicamente, no final da campanha, percebe-se que esse foi o objectivo prioritário da Selecção: não perder! Ou seja, o método calculista do mister Scolari voltaria a resultar. Esteve a um fio, é certo...até porque a derrota na Polónia veio assustar. Num resumo global, estranha-se que Portugal não tenha levado a melhor (leia-se, vencido) os 3 mais fortes opositores que tinha: Polónia (1 empate e 1 derrota), Sérvia (2 empates) e Finlândia (2 empates). No fundo, Portugal qualificou-se derrotando as selecções de menor dimensão (quantas vezes não dizemos que algum grande perdeu o campeonato contra os pequenos? Lembremo-nos, por exemplo, das derrotas de Peseiro contra Penafiel e Nacional) mas também aproveitando os deslizes forasteiros dos rivais directos e, claro, o equilibrio que marcava este grupo (onde apenas Portugal se destacava como favorito). A qualificação foi difícil mas partimos em pé de igualdade com todos os outros 15 concorrentes. Analisemos, de uma forma breve, o apuramento dessas equipas e as suas expectativas:
A Suiça e a Áustria tiveram acesso directo ao Euro, mas nem tudo foi pacífico: na Áustria, houve um abaixo assinado de algumas centenas de cidadãos a comunicar que achavam por bem que a sua Selecção não participasse no Europeu dado o seu fraco nível! O que é facto é que os austríacos terão pela frente um grupo nada acessível onde se inclui a Polónia, Alemanha e Croácia. Os polacos acabaram por vencer o seu grupo de qualificação contra todas as expectativas e apresentam-se com forte motivação enfrentando uma Alemanha que se auto-intitula principal candidata ao título e que terá que ter mesmo essa meta dado os últimos fracassos a nível europeu da sua selecção, agora totalmente renovada. Tem a seu favor encontrar o grupo de Portugal até às meias finais evitando assim no caminho até à final a Itália, França, Espanha e Holanda. Por fim, a Croácia apresentar-se-á com a responsabilidade de ter deixado de fora a Inglaterra, sendo por isso grande a expectativa no seu conjunto. Este grupo, composto por 4 países da Europa Central, será porventura um dos mais interessantes dada as ligações históricas dos países que a compõem. Interessante o confronto entre Polónia e Croácia, sendo que por aí poderá passar a decisão do segundo qualificado, isto porque a Alemanha parece intocável.
No grupo da Suiça estará a selecção portuguesa que não teve um apuramento fácil, ao contrário do que seria de esperar tendo, inclusivamente, sido uma das últimas selecções a conseguir o apuramento. O seu grupo parece acessível apesar da tradição dizer que Portugal se dá melhor frente aos gigantes europeus. Cristiano Ronaldo tem mais um desafio enorme no caminho que o poderá levar à eleição do melhor jogador do Mundo. Até porque a Turquia já não apresenta as individualidades de outros tempos mas o seu treinador Fatih Terim prima exactamente por fazer de bons jogadores grandes equipas. Apesar disso, optou por deixar de fora Basturk e Halil Altintop deixando assim aos ombros de Emre e Nihat a responsabilidade de levar a sua selecção à segunda fase. Para isso terá, certamente, que derrotar a Rep. Checa. Ela que também apresenta uma ausência de peso, se bem que por lesão: Rosicky. Conseguirão Cech, Ujfalosi e Koller comandar esta equipa até um lugar nos quartos? Sendo a Suiça um claro outsider, Portugal é o principal favorito e Turquia ou Rep. Checa terão que lutar muito para se qualificar.
No chamado grupo da morte, encontram-se as favoritas Itália e França, conjuntamente com a sempre incógnita Holanda e a surpreendente Roménia. A Holanda é incógnita porque nunca se sabe muito bem o valor, não de cada individualidade, mas do seu grupo. E, para além do mais, Van Basten tem tido más notícias de última hora: o "não" de Seedorf, a lesão de Babel, a dúvida Van Persie...tudo isto numa selecção muito desigual entre uma fraca defesa e um forte ataque (dificil será escolher entre Van Nistelrooy ou Huntelaar). A Itália apresenta uma equipa fortíssima onde o ponto mais fraco parece ser o ataque com as ausências de Inzaghi e Totti, mas, mesmo assim, Del Piero e Toni poderão ser as chaves necessárias para resolver cada partida. A campeã do Mundo em título espera assim repetir o feito da campeã do Mundo em 1998 que sagrou-se campeã da Europa em 2000 derrotando os italianos na final. A França é assim uma histórica candidata tendo como figuras de proa Makélélé, Vieira, Ribery e Henry mas terá pela frente um grupo fortíssimo onde, tanto pode ganhar, como caír tal sem orgulho como no Mundial 2002. É que numa equipa que deixa de fora Mexes, Flamini, Cissé e Trezeguet, é bom que quem esteja prove bem o seu valor! Por fim, a Roménia é a outsider do grupo mas nem por isso fica afastada de ter hipóteses de se qualificar. É que Chivu, Adrian Mutu, Nicolae Dica & companhia farão os possíveis para provar que a grande qualificação que fizeram não foi obra do acaso. Um grupo onde um palpite não poderá passar disso mesmo!
No grupo D, a campeã em título Grécia tem uma tarefa espinhosa de deixar de fora selecções bem cotadas mas que não são as principais favoritas. É, assim, um grupo semelhante ao C mas nivelado por baixo. Conseguirá Otto Rehagel, com a mesma base de há 4 anos, conseguir desempenho semelhante? Quase impossível,diria eu. Até porque esta Espanha tem conseguido resultados interessantes com uma equipa que, a par da Holanda, é a que menos se revela como tal. Ainda para mais sem aquele que poderia ser o líder dentro de campo, Raúl, de fora por mera opção técnica de Aragonés. Serão então os madrilenos Casillas e Sérgio Ramos juntar-se aos catalães Puyol, Xavi, Iniesta e Fabregas a fazer de Villa e Torres figuras de proa no Europeu? Desafio sempre dificil mas nada impossível. É, para mim, a outsider do Europeu. Quem poderá voltar a surpreender numa fase final é a Suécia que vê regressar Henrik Larsson, o melhor jogador sueco de todos os tempos. Numa selecção com a defesa renovada, as esperanças suecas recaem nos habituais Ljungberg e Ibrahimovic. Para finalizar, a Rússia de Hiddink. Aquela que é selecção mais nacional (apenas Ivan Saenko joga fora da Rússia) de todas que estão no Europeu, apresenta hoje um espírito que nunca se tinha visto numa selecção russa.
Jogadores a seguir: Benzema (França), Huntelaar (Holanda), Ivica Olic (Croácia), Smolarek (Polónia), David Villa (Espanha), Arshavin (Zenit).
E tu, quem achas que vai ganhar? Quem vai desiludir? E quais os jogadores que vão brilhar?
O Site da UEFA tem um Fantasy Football (espécie de Liga Record) no seu site (http://en.fantasy.euro2008.uefa.com/).
Para além de podermos participar a nível global, existe a possibilidade de se fazer mini-ligas em que entram apenas quem se quiser convidar.
Como este é o único blog de futebol onde costumo participar/opinar, tomei a liberdade de criar uma liga com o nome do vosso blog. Se não tiverem de acordo, ou se porventura já o tiverem feito, então esqueçam, fica sem efeito..
Mas se tiverem de acordo, aqui está o código para se juntarem à liga:
Code to join this league: 48524-34877
link para o site:
http://en.fantasy.euro2008.uefa.com/
Apesar do equilibrio as minhas apostas vão para:
GRUPO A
1-Portugal
2-Rep.Checa
------------
3-Turquia
4-Suíça
GRUPO B
1-Alemanha
2-Croácia
------------
3-Polónia
4-Austria
GRUPO C
1-Itália
2-França
------------
3-Holanda
4-Roménia
GRUPO D
1-Espanha
2-Grécia
------------
3-Suécia
4-Rússia
Mas pronto... don´t hate the player, hate the game.
:D
Quanto ao Euro: Portugal tem grandes hipoteses de ir pelo menos até às meias finais. Acho que Espanha e França serão os grandes adversários. A Itália é actual campeã europeia, mas Canavaro e Totti e com um Del Piero mais desgastado, fica mais fraca.
Conto que os Sportinguistas ponham o Postiga!
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial
Subscrever Mensagens [Atom]