controvérsia futebolística

Que final esta! Duas equipas espanholas (uma vez mais o poderio espanhol a vir ao de cima) e muita emoção fizeram parte desta final imprópria para cardíacos!
Penso que não se poderia dizer que o Sevilha era favorito. Talvez pela melhor qualidade dos seus jogadores (patenteada na classificação da Liga Espanholas) e pela experiência adquirida na época passada, se pudesse pensar que os andaluzes partiam em vantagem, mas não creio que fosse assim. Tanto que, até à expulsão de Moisés (num erro infantil), o Espanhol foi melhor. Mais objectivo no ataque, mais seguro na defesa.
As duas equipas, que até começaram com um 11 não muito defensivo, a jogar num claro 4x4x2, vieram do descanso com outra filosofia e ambição: Juande Ramos lançou Jesus Navas para abrir o seu futebol ofensivo (veio a ser decisivo no golo de Kanouté) enquanto que Valverde (bom treinador!) trocou Rufete por Pandiani, passando Luis Garcia para a direita. Eram dois 4x4x2 super ofensivos que se encontravam em campo! Até que Moisés comete aquele erro (quase) fatal, o Espanhol fecha-se, "perde" o capitão Tamudo por "opção forçada" e vê o Sevilha passar a um 3x5x2 com Navas e Puerta bem abertos e Renato a deambular por todo o ataque (diria que foi decisivo o seu posicionamento).

Fisicamente, o Espanhol ressentiu-se, perdeu quem poderia levar a bola para a frente (De La Peña), Riera e Luis Garcia já não podiam chegar-se a Pandiani tais os constantes raides de Daniel Alves e Puerta pelas alas e o Sevilha dominou o jogo até ao final.

Já no prolongamento, depois de chegar ao golo por Kanouté, o Sevilha dispôs de 3 situações claras para fazer o 3-1 e, como quem não mata morre, Jonatás decidiu lançar uma bomba sem hipóteses para Palop (que se vingaria dele nos penalties).

Vitória do Sevilha pode-se dizer que justa mas onde o sabor amargo da derrota não ficou bem a uma equipa valente como a do Espanhol.

Nota: Costumamos criticar os comentadores de futebol, desta vez tenho a dizer que a minha opinião que hoje aqui publico é quase similar à visão de António Tadeia: Riera, o homem do jogo até ao momento dos penalties onde Palop levantou sozinho a taça.