controvérsia futebolística

O grupo B apresentava-se como tarefa quase impossível para o Sporting seguir em frente na Liga dos Campeões. Afinal, pela frente estava o melhor plantel do mundo (para alguns) comandado por Mancini e os fortíssimos alemães do Bayern Munique. A campanha leonina começou muito bem: um golo de Caneira derrotou o Inter e Nani conseguiu o feito de não deixar (uma vez mais) uma equipa portuguesa perder na Russia. 4 pontos em 2 jogos, o Inter a somar 0 e a vantagem de acabar em casa com o Spartak. Sonhava-se em Alvalade mas o Bayern fez questão de esfriar o sonho, apesar da razoável exibição leonina em Munique (acompanhada de um pontinho). Haviam então 2 formas de conseguir o apuramento: evitar a derrota em Milão, vencer o Spartak e esperar que o Bayern não perdesse em casa com o Inter. Esta era a mais lógica, mas não foi a adoptada por Paulo Bento que preferiu arriscar e tentar vencer em Milão o que não veio a suceder. Derrota e o adeus à Champions. Restava não perder com os russos, mas o adeus às competições europeias deste ano foi inglório. Aquela que era uma participação positiva na 1ª volta, tornou-se num pesadelo que foi ficar em último e ter o 2º pior ataque de toda a Champions (pior só o Levski).
No grupo F, o Benfica não partia como favorito em termos de lugar no pote do sorteio mas este não foi nada desfavorável (teoricamente). Arrancar a campanha na Dinamarca poderia condicionar todo o rumo encarnado, Fernando Santos alertou dos perigos dinamarqueses e jogou pelo seguro (com razão, porque Celtic e Man Utd perderam lá). Um pontinho e a recepção ao Man Utd, o favorito nº1 do grupo. Uma derrota quase ao caír do pano veio condicionar toda a estratégia benfiquista que agora necessitava de pontuar na Escócia e vencer os dois jogos em casa para poder discutir, em Old Trafford, a qualificação. A derrota no Celtic Park (onde todos perderam sem marcar um golo) apenas obrigou o Benfica a conseguir um milagre, o de conseguir o apuramento com apenas 1 ponto ao fim da primeira volta. Nos 2 jogos em casa consecutivos, o Benfica bateu Celtic e Copenhaga mas, no jogo decisivo em Old Trafford, baqueou frente a um adversário que, por erros próprios, necessitava de vencer o último jogo para seguir em frente. Num grupo onde os da casa foram reis, faltou ao Benfica bater o Man Utd, afinal, o que só ele não conseguiu...
Por fim, no grupo G, o Porto tinha uma tarefa teoricamente mais complicada que a do Benfica mas mais acessível que a do Sporting. O mau início com o empate caseiro com o CSKA e a derrota em Londres anunciava tempos dificeis aos azuis e brancos até que veio o duplo confronto com o Hamburgo que já havia demonstrado fragilidades contando então com 2 derrotas em tantos jogos. Uma dupla vitória portista permitiu-lhes sonhar com pés assentes no chão com a continuidade na Champions. Era agora necessário vencer na Russia (ou empatar e ganhar no último jogo ao Arsenal em casa) o que a equipa de Jesualdo veio a conseguir realizando um jogo perfeito. Lucho, Lisandro e Quaresma foram os principais obreiros desta campanha sem esquecer o papel desempenhado por toda a defensiva que lhes permitiu estar no grupo das segundas defesas menos batidas com apenas 4 golos.
O Porto segue em frente, enfrentando um dos primeiros classificados dos outros grupos (Valencia e Milão, os mais acessiveis), o Benfica passa para a UEFA onde terá boas hipóteses de ir longe (evita na próxima eliminatória os primeiros classificados dos grupos da UEFA) enquanto que o Sporting diz adeus prematuro às competições europeias deste ano.