sábado, outubro 07, 2006
Adeus_3
Adeus Bicho. Se durante muito tempo apenas vi em Jorge Costa um jogador demasiado duro e maldoso, com a típica raiva de um portista de gema, na ultima etapa da sua carreira, fui capaz de ver um verdadeiro lider, um jogador completo, com uma capacidade de entrega impressionante e capaz de esconder as grandes limitações que tinha em termos fisicos, sobretudo depois das graves lesões pelas quais passou. Um central forte e pesado, foi durante algum tempo a companhia ideal de Fernando Couto (quanto a mim, a melhor dupla de centrais da nossa selecção e desculpe-me a actual) e de Aloisio (juntando-se a Vitor Baía num trio de sucesso e que durante muitos minutos manteve as redes da sua equipa invioláveis). Por muitos centrais que passaram pelas Antas, poucos foram os que ousaram desafiar a sua titularidade. Argel foi um desses casos mas perdeu por KO técnico. Com Octávio conheceu a etapa mais negra da carreira, sendo obrigado a saír para o Charlton de Inglaterra onde ainda hoje é recordado com saudade. Quando regressou ao clube, fê-lo pela mão de José Mourinho de quem diz que foi o melhor treinador que conheceu até hoje. Com ele, venceu a Liga dos Campeões e a taça UEFA, aos quais junta 8 Campeonatos Nacionais e 5 Taças de Portugal. Um curriculum à altura da personalidade e liderança que revelou.
Até sempre Bicho!
# publicada por Kramer : sábado, outubro 07, 2006
Comentários:
<< Página inicial
Pois eu nunca o deixei de ver como um jogador anti-futebol.
Respeito o homem (as suas entrevistas mostram um individuo inteligente e bem formado), mas enquanto jogador representa tudo aquilo que o futebol português não necessita para nada.
Era capaz de fazer a falta mais descarada, e ficar com a mesma cara a reclamar freneticamente com o árbitro. Quando perdia um duelo individual perto da sua área, atirava-se para o chão sabendo que os árbitros interromperiam a jogada. Usava os cotovelos como ninguém, numa altura em que não havia sumaríssimos. Enfim... era um tratado de anti-jogo, de subreptícidade, de maliciosidade, de anti-desportivismo.
Um simbolo sim, mas do que de mais negro tem o futebol nacional dos tempos do apogeu do "Sistema", que valeu 5 títulos seguidos a equipas medíocres como as do F.C.Porto dos anos noventa.
A agravar, na selecção, sem aplicar as mesmas receitas, só me lembro de más exibições, como no Portugal-EUA do mundial da Coreia.
Não faz falta nenhuma ao futebol !
Enviar um comentário
Respeito o homem (as suas entrevistas mostram um individuo inteligente e bem formado), mas enquanto jogador representa tudo aquilo que o futebol português não necessita para nada.
Era capaz de fazer a falta mais descarada, e ficar com a mesma cara a reclamar freneticamente com o árbitro. Quando perdia um duelo individual perto da sua área, atirava-se para o chão sabendo que os árbitros interromperiam a jogada. Usava os cotovelos como ninguém, numa altura em que não havia sumaríssimos. Enfim... era um tratado de anti-jogo, de subreptícidade, de maliciosidade, de anti-desportivismo.
Um simbolo sim, mas do que de mais negro tem o futebol nacional dos tempos do apogeu do "Sistema", que valeu 5 títulos seguidos a equipas medíocres como as do F.C.Porto dos anos noventa.
A agravar, na selecção, sem aplicar as mesmas receitas, só me lembro de más exibições, como no Portugal-EUA do mundial da Coreia.
Não faz falta nenhuma ao futebol !
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial
Subscrever Mensagens [Atom]
