controvérsia futebolística

De uma forma ou de outra, Luis Filipe Vieira vai cumprindo com a promessa de que os contratos são para cumprir e volta a ver um treinador ir embora, por sua decisão, sem rasgar nenhum contrato. Foi assim com Camacho, com Trappatoni e, desta vez, até “vendeu o passe” de Koeman. Bom negócio para o Benfica porque a imagem do treinador estava desgastada (na ultima fase, penso que a desgastou ele próprio intencionalmente) e não me parece que a gestão que fazia a nível da equipa fosse de agrado dos jogadores (permanente rotação de 6-7 jogadores titulares, sendo Luisão, Petit, Simão e Nuno Gomes intocáveis).
A chegada do holandês ao Benfica até era bem vista aos olhos da maioria da imprensa portuguesa. Ligações ao Barcelona, um passado como jogador muito bom, o interesse da luta com o outro treinador holandês em Portugal, Co Adriaanse, enfim, haviam várias componentes que tornavam aliciante a chegada de Koeman.
Inicialmente, parecia reservado, simpático e cordial. Termina a estadia em Portugal com a ideia de que não é tão calmo quanto aparenta ser e, posto em cheque, fala de coisas que não deve.
Tacticamente foi um caos. Não me lembro de uma equipa do Benfica tão mal preparada tacticamente como a de Koeman. Se a de Trappatoni não jogava bonito, os jogadores sabiam o papel que lhes estava destinado. Com o holandês, e a constante rotatividade do 11, não se viu um fio de jogo, uma forma, um jogo coerente. Koeman vai embora, o Benfica resolve um problema que teria dentro de uns 3 ou 4 meses e, no final das contas, fica a imagem de um treinador que conseguiu levar o Benfica aos quartos-de-final da Liga dos Campeões e bater o campeão europeu em título…mas nem sempre essas fotografias são as mais adequadas para analisar toda uma passagem que, por mim, foi de fraco nível.