controvérsia futebolística

Koeman lançou Ricardo Rocha e Beto numa opção que, quem o começa a conhecer, compreende. Entendo (mas não a defendo) a opção Beto: ajudava Nelson a fechar Giggs, tapava melhor que Geovanni, dava uma ajuda no meio quando Scholes, Fletcher e Smith estivessem em superioridade em relação a Petit (muitas vezes obrigado a recuar para muito perto dos centrais) e Manuel Fernandes. Mas tanto trabalho táctico que fez e nenhum trabalho técnico. Perdeu inúmeras bolas (e se o objectivo era recuperar, saíu em desvantagem a sua utilização). Mas, mesmo tacticamente Beto estava perdido, desnorteado diria mesmo. Outra coisa não seria de esperar que saísse ao intervalo. Poderia entrar Geovanni, até João Pereira. Mas Beto não poderia continuar: atrapalhava Nelson a marcar Giggs, Richardson passou por ele, no mínimo, 5 vezes, fechou bem o meio mas perdia a bola a saír para o contra ataque, etc. Se analisarmos as restantes exibições veremos que o Benfica estava bem na defesa: Moreira esteve hesitante, falhou em 2 ocasições em cruzamentos mas salvou aquele golo de Ronaldo. Nelson começou muito nervoso, Giggs passou por ele duas vezes mas depois arrancou para uma exibição muito personalizada. Promete.
Luisão esteve bem, sabe disfarçar as suas lacunas enquanto jogador. Faz lembrar, nesse aspecto, Jorge Costa que faz esquecer as grandes limitações que tem.
Ricardo Rocha foi soberano. Aquele desarme a Nistelrooy quando este ia arrancar para a baliza foi muito bom. Quando quer (e não perde a cabeça) é muito bom! E ainda ia marcando.
Leo tinha tarefa árdua (parar Ronaldo) e não se portou nada mal. Não foi brilhante mas desempenhou bem o seu papel. Ainda tentou ajudar Simão.
Petit foi exemplar. Excelente como 3º central, bem no controlo das operações a meio campo.
A partir daqui começam os problemas, ou seja, o Benfica jogou bem defensivamente mas mal ofensivamente:
Manuel Fernandes tem um problema de locomoção. Mexe-se aos solavancos. E depois faz asneiras como a que dá origem ao 2º golo do Man Utd.
Beto não sabe mais. Acusou lentidão, falta de técnica e de visão de jogo, mas se Simão jogasse a central também enfrentaria problemas.
Simão andou fugido do jogo durante largos períodos, mas sempre que interviu fê-lo quase sempre bem, ora a segurar, ora a levar a bola para a frente. E aquele golo...
Nuno Gomes acaba por ficar ligado aos golos...adversários. Esteve muito em baixo, sem mobilidade e com apenas algumas tabelinhas de registo (o habitual).
Miccoli foi um zero...de novo. Sempre longe do jogo e quando pôde fazer algo, indivualizou. Bem substituído.
Koeman foi horripilante. Não criticando a táctica inicial, qualquer um veria que Beto não estava bem, nem a nível técnico, nem a nível táctico, nem a nível emocional. Não estava bem e não havia forma de provar o contrário. Arrastou-se (com determinação) 86 minutos...e o Benfica perdeu, não por culpa dele, mas por culpa interventiva do banco onde Koeman não soube aproveitar a incógnita Mantorras (entraria no lugar de Miccoli) e Geovanni (entraria ao intervalo para o lugar de Beto).
O Benfica acabou por perder 1 ponto e não ganhar mais 2 frente a um adversário temível. Cada vez que a bola chegou na frente aos pés de Nistelrooy, Scholes ou Ronaldo o Benfica abanou todo! Faltavam lá Rooney, Keane e Saha para provocar estrago maior. A melhor arma do Benfica (velocidade nas alas) não foi aproveitada frente a Bardsley e Richardson, fracos tacticamente. Koeman chumbou tacticamente, como já havia chumbado com o Gil Vicente e com o Sporting.