terça-feira, junho 07, 2005
Análise Superliga_3
A permanência:
Costuma ser sempre até à última. Os treinadores até fazem contas antes da época começar: "Este ano são precisos X pontos", é hábito dizer.
Tinhamos 3 primodivisionários com visiveis dificuldades: o Estoril com uma equipa frágil, o Penafiel com muitos estreantes na Superliga e o Setubal com dificuldades económicas. Dos que habitavam na Superliga na época transacta, previa-se dificuldades para Académica (apesar da boa época passada de João Carlos Pereira) e para Moreirense (órfão de presidente e treinador). De Gil Vicente e Beira Mar esperava-se algo que ainda não se sabia bem ao certo: os gilistas mudaram 2/3 do plantel e tinham figuras como Julio César, Carlitos e Paulo Costa; os aveirenses entravam no "projecto inglês" com Mick Wadsworth como técnico.
Comecemos pelo fim (no sentido do texto e da classificação): Mano Nunes prometeu muito no início do ano. Um projecto europeu, dizia-se. Realmente foi europeu mas só por 2-3 meses. Wadsworth saíu e chegou Cajuda. A qualidade do plantel parecia que diminuía. Vence nas Antas, trava o Sporting, mas nos jogos entre "pequenos" mal pontua. Sai Cajuda, entra Luís Campos. A história repete-se: vence na Luz mas pontua pouco (ou nada) frente aos rivais directos. Chega Inácio com o destino quase traçado. A derrota em Alvalade nos ultimos minutos carimba a descida. Coladinho ao Beira Mar, ficou o Estoril. Que, curiosamente, passou mais tempo acima do que abaixo da linha de água. No fundo, era uma questão de tempo. Mostrou-se bem no início da época: um gr surpreendente, centrais de qualidade, laterais atrevidos e velocidade nas alas. A saída de N'Doye e a consequente lacuna no meio campo viria-se a revelar determinante para a descida. Junto a estes dois, o órfão Moreirense. Vitor Oliveira não foi capaz de trabalhar uma equipa que já tinha muitos mecanismos assimilados desde o tempo de Manuel Machado. A produtividade de Manoel, Lito, Afonso Martins ou Vitor Pereira ficaram aquém do que poderia ter sido feito. Se a chicotada psicológica tem estalado 3-4 semanas antes e talvez tivéssemos outra equipa na II Liga: Talvez, quem sabe, a União Leiria que, para espanto geral, ficou em 15º lugar! Vitor Pontes descarrilou na segunda volta (a antítese do Guimarães) e ficou a flutuar... (ainda conseguiram atingir a Intertoto!)
A Académica de Nelo Vingada conseguiu, através do óptimo reforço do plantel em Janeiro, a permanência mais que merecida. Quando uma equipa, sem ser um dos 3 grandes, consegue o feito de ter mais público num jogo fora que o seu adversário é de realçar e premiar (U. Leiria-Académica). Gil Vicente, Penafiel e Setubal também se conseguiram safar da despromoção, tendo apenas os gilistas sofrido um pouco mas Ulisses Morais conseguiu a manutenção.
P.S. - Normalmente, as equipas que andam a 1ª volta nos ultimos lugares, servem-se das chicotadas psicológicas para "abanar" a equipa o que é, usualmente, criticado. Este ano não foi excepção (Beira Mar, Gil Vicente e Académica) mas a chicotada do Moreirense terá pecado por...tardia.
Costuma ser sempre até à última. Os treinadores até fazem contas antes da época começar: "Este ano são precisos X pontos", é hábito dizer.
Tinhamos 3 primodivisionários com visiveis dificuldades: o Estoril com uma equipa frágil, o Penafiel com muitos estreantes na Superliga e o Setubal com dificuldades económicas. Dos que habitavam na Superliga na época transacta, previa-se dificuldades para Académica (apesar da boa época passada de João Carlos Pereira) e para Moreirense (órfão de presidente e treinador). De Gil Vicente e Beira Mar esperava-se algo que ainda não se sabia bem ao certo: os gilistas mudaram 2/3 do plantel e tinham figuras como Julio César, Carlitos e Paulo Costa; os aveirenses entravam no "projecto inglês" com Mick Wadsworth como técnico.
Comecemos pelo fim (no sentido do texto e da classificação): Mano Nunes prometeu muito no início do ano. Um projecto europeu, dizia-se. Realmente foi europeu mas só por 2-3 meses. Wadsworth saíu e chegou Cajuda. A qualidade do plantel parecia que diminuía. Vence nas Antas, trava o Sporting, mas nos jogos entre "pequenos" mal pontua. Sai Cajuda, entra Luís Campos. A história repete-se: vence na Luz mas pontua pouco (ou nada) frente aos rivais directos. Chega Inácio com o destino quase traçado. A derrota em Alvalade nos ultimos minutos carimba a descida. Coladinho ao Beira Mar, ficou o Estoril. Que, curiosamente, passou mais tempo acima do que abaixo da linha de água. No fundo, era uma questão de tempo. Mostrou-se bem no início da época: um gr surpreendente, centrais de qualidade, laterais atrevidos e velocidade nas alas. A saída de N'Doye e a consequente lacuna no meio campo viria-se a revelar determinante para a descida. Junto a estes dois, o órfão Moreirense. Vitor Oliveira não foi capaz de trabalhar uma equipa que já tinha muitos mecanismos assimilados desde o tempo de Manuel Machado. A produtividade de Manoel, Lito, Afonso Martins ou Vitor Pereira ficaram aquém do que poderia ter sido feito. Se a chicotada psicológica tem estalado 3-4 semanas antes e talvez tivéssemos outra equipa na II Liga: Talvez, quem sabe, a União Leiria que, para espanto geral, ficou em 15º lugar! Vitor Pontes descarrilou na segunda volta (a antítese do Guimarães) e ficou a flutuar... (ainda conseguiram atingir a Intertoto!)
A Académica de Nelo Vingada conseguiu, através do óptimo reforço do plantel em Janeiro, a permanência mais que merecida. Quando uma equipa, sem ser um dos 3 grandes, consegue o feito de ter mais público num jogo fora que o seu adversário é de realçar e premiar (U. Leiria-Académica). Gil Vicente, Penafiel e Setubal também se conseguiram safar da despromoção, tendo apenas os gilistas sofrido um pouco mas Ulisses Morais conseguiu a manutenção.
P.S. - Normalmente, as equipas que andam a 1ª volta nos ultimos lugares, servem-se das chicotadas psicológicas para "abanar" a equipa o que é, usualmente, criticado. Este ano não foi excepção (Beira Mar, Gil Vicente e Académica) mas a chicotada do Moreirense terá pecado por...tardia.
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