terça-feira, março 22, 2005

SCP vs FCP

Antes de se iniciar o jogo já se sabia o que era pretendido por cada um dos treinadores: José Peseiro queria posse de bola, circulação da mesma, pressão alta, para assim que recuperasse a posse de bola lançar as diagonais de Liedson e Douala.
Couceiro, queria enervar o Sporting. Era um 4-4-2 matreiro o do FCP, que assim que se via com bola, se transformava num 4-3-3, deslocando Quaresma e Maufim para as alas, explorando o défice de velocidade dos laterais leoninos.
Ora, com o que o FCP não contava era com a total ausencia de Maniche em campo... Anbdei que tempos a perguntar-me a mim mesmo quem era o quarto elemento do meio campo do FCP, e só me apercebi quando vi o Maniche numa barreira (no lance do amarelo ao Pedro Emanuel). Uma sombra de alguma coisa (que não de si mesmo) este Maniche, que já deve ter o pensamento congelado na Sibéria.
Com isto, começou por se desmontar a estratégia do FCP (que beneficiou de alguma inépcia Sportinguista nos primeiros 5-10 mins). Viana e Barbosa esticavam o jogo para as laterais, Moutinho estava em todo o lado (é a pilhas?), Douala lá aparecia, e Só Liedson estava muito bem guardado pelo excelente Pedro Emanuel e por Jorge Costa. Na defensiva de Alavalade, Beto e Rui Jorge estiveram Excelentes, Enak ao nível habitual e Rogério menos bem. Ao SCP faltava o último passe, a última definição do lance. Até que McCarthy definiu. Definiu que é mimado, definiu que é egoísta, definiu que tem qualquer outra coisa em mente que não futebol. A partir daí pedia-se a Couceiro que equilibrasse a equipa. Ou fixava Quaresma na frente, ou então substituía-o por alguém que conseguisse estar fixo na frente... Não o fez. Descompensou a equipa, obrigou Bonfim a procurar a linha canhota, abriu o seu meio campo (Maniche não morava lá) e Costinha (não sabia quem marcar...) e Ibson não davam para tudo. Chegou o intervalo, com Baía a fazer o SCP sonhar (excelente o lance, Now you see it, now you don´t), e com Liedson a falhar um golo à Liedson.
Na segunda parte o FCP fez falta de comparência. O SCP cresceu, e as suas movimentações não tiendo efeitos práticos (estava quase tudo muito desinspirado), faziam adivinhar o golo. Que surgiu por Liedson, num lance em que o Génio do capitão se soltou da lâmpada mágica (o defesa-esquerdo titular da selecção prostado ao solo, e aí foi ele). A partir daí, voltaram alguns vícios antigos do Sporting, mormente a auto-flagelação. Pontapé para o ar, jogadores que sem bola já não corriam, ficavam a ver o jogo, e o porto a beneficiar (com 9 homens!!!) de inúmeros lances de bola parada à entrada da área... Não houve perigo, é um facto, mas o SCP deu-se ao perigo.
A cerca de 10 minutos do fim (contando com descontos), Barbosa pegou no jogo, e era um regalo vê-lo tratar a bola, e distribuí-la da esquerda para a direita, e esticar a equipa do FCP - afinal o que o SCP devia ter feito desde o golo. Não fossem alguns remates disparatados, e teria havido tempo para mais golos. O segundo surgiu em mais um desenho geométrico de Pedro Barbosa (35 anos de muito futebol). Carlos Martins colocou o ponto final.
Venceu a melhor equipa, a única que tinha um plano para atacar a baliza adversária (independentemente do número de jogadores - penso que Couceiro só pensava fazê-lo na segunda parte).

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