controvérsia futebolística

Os problemas do Sporting passam, e muito, pela sua defesa. E isso contempla também a questão de quem trabalha no meio campo. Mas na própria defesa há problemas em todas as posições. Começamos pela baliza, aonde Ricardo terá de fazer uma época que finalmente cale todos os cépticos. Ainda não convenceu, com as suas defesas para a frente, as saídas a destempo e o deficiente posicionamento na baliza. O seu, sobreavaliado europeu poderá motivá-lo para a recuperação.
Depois aquele que poderá ser o problema mais grave: o lado direito da defesa. Miguel Garcia terá um bom jogo de cabeça, uma velocidade razoável, até fará bons cruzamentos, e no um para um, não será dos mais fáceis de ultrapassar... Falta-lhe o mais importante: nunca está no seu lugar, porque não tem cultura de lateral. É constantemente ultrapassado por passes na diagonal, e o seu extremo esquerdo não tem grandes dificuldades em iludir a sua marcação. Aquele lado direito parece uma passadeira vermelha, e todos que lá passam são reis. Mário Sérgio é o suplente de Frechaut (está tudo dito), sobretudo porque é duro de rins, e terá mau jogo de cabeça. Por isso os adeptos do Sporting desesperam pelo que poderá fazer Rogério naquela posição (Rogério que na Europa, é mais conhecido como o alvo predilecto das diabruras do Robinho... felizmente veio o Diego). As primeiras impressões, deixaram a desejar. A hipótese do Beto voltar à direita, não seria assim tão descabida. É estranho ver que Peseiro ainda não se lembrou disso (já se ganhou um título nesse molde)
No centro estaria o ponto forte da defesa... E o condicional não é empregue por acaso. Beto e Polga não se entendem. Não são jogadores que se complementem, porque têm características virtualmente idênticas. É preciso alguém duro, que marque em cima o homem, que não tenha problemas em jogar feio, que não utilize o lado esquerdo do centro da defesa como bode expiatório. Hugo? Poderia ser, mas é demasiado impetuoso, o que retira tranquilidade à defesa. Para além de que pode sempre errar se tentar sair a jogar. Enakharire? Quem sabe. Dizem que é uma pedra, e rezam os leões para que não se estejam a referir à sua mobilidade. O que noz traz ao lado esquerdo da defesa e a Rui Jorge, hoje por hoje, a pedra por excelencia. Tecnicamente do melhor que há, fisicamente o pior que há. Paíto leva vantagem, e não defende tão mal quanto querem fazer crer.
O meio campo do Sporting é claramente o ponto forte da equipa. É onde estão os seus melhores jogadores, os que podem fazer a diferença em vários aspectos do jogo, e por esse motivo deverá ser a partir dái que se deverá construir a equipa. Com relação a Tinga, estamos conversados. Excelente capacidade física, velocidade, calma, qualidade de passe e capacidade de marcação. Talvez a merecer a posição de vértice mais recuado? Rochemback é támbém um valor seguro que certamente fará entre 7 a 10 golos (contando com os penaltys que vai falhar), e o regresso de Barbosa prometeu (não cumpriu, mas ainda vai ter tempo para isso). E o quarto elemento? Tello? Viana? Carlos Martins? Rogério? Custódio? Danny? Que pesadelo... Rogério poderá encaixar na direita, Danny na frente. Dos outros... aparentemente Custódio será a opção, mas os sportinguistas anseiam por Carlos Martins, e por um consequente recuo de Tinga. A outra opção passa pelo sacrifício de Pedro Barbosa como figura de proa, passando a sair como um elemento de banco bastante válido.
No ataque, as deambulações de Liedson e Douala são uma melhor opção, do que qualquer outra. Terão que ser eles a cair nas alas e a provocar o desequilibrio, abrindo espaços para que alguém do meio campo possa entrar na área e finalizar. Saídos do banco, Pinilla e Niculae podem tornar-se variações interessantes a este modelo (não há condições para jogarem de início: Niculae n tem velocidade, Pinilla não parece ter nada), assim como o Paulo Sérgio.
Cumprimentos.
 

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Ontem, contra o Boavista, e sobretudo por via das circunstâncias, o treinador do Sporting fez uma coisa parecida com o que eu pedia no meu anterior comentário: testou um central a lateral direito (excluindo, por conveniencia, Miguel Garcia do lote dos centrais laterais). E no mínimo, o que se pode dizer é que a experiência correu muito bem!!! Mas ao mesmo tempo, o central utilizado à direita, mostrou que pode ser a solução para aquilo que, segundo a opinião que difundi no comentário anterior, tem faltado no centro da defesa: um marcador implacávcel, duro, e invencível no jogo aéreo. Fiquei bastante impressionado com Enakarhire. E começa a ganhar forma a possibilidade de um central jogar à direita. Hugo tb passou por lá, mas penso que o Beto seria a melhor solução, até pela segurança que evidenciou o nigeriano no meio (pelo menos, neste jogo. O único em que o vi actuar).
 

Ah, e com relação ao Sr. Capitão Pedro Barbosa, passar a sair do banco como opção válida... Essa terá sido uma das questões mais absurdas que alguma vez terei colocado na vida. Penitencio-me, e estamos conversados. Um jogador assim, é TITULAR (com letra grande).