quarta-feira, agosto 25, 2004

Benfica_4

“Os grandes jogos decidem-se nos pequenos pormenores”. Esta frase é utilizada por qualquer treinador com o mínimo de experiência e, hoje em dia, todos estamos consciente disso mesmo. E essa frase pode-se aplicar aos dois últimos jogos do Benfica. Uma dúvida levantou-se no jogo da Supertaça: o que se passa com Ricardo Rocha? Porque estará ele no banco? Esse pormenor, quanto a mim, decidiu o jogo. Quaresma não o passava da maneira que passou por Argel. E no jogo de hoje foi a mesma coisa. Porque jogou Argel no lugar de Rocha?? Terá sido pela experiência? Não, não pode ter sido...Zahovic foi suplente de Manuel Fernandes, a desculpa da experiência não pega...e se Ricardo Rocha anda triste e desiludido, conforme disse que ficaria, por não ter saído para a Real Sociedad? O que é certo é que Ricardo Rocha, a não ser por um caso de indisciplina (o que não foi o caso porque se não não estaria no banco), poderia ficar de fora de 2 jogos desta importância. O Benfica jogou 6 milhões de euros fora por pequenos pormenores e este foi um deles. Já referi outro: Zahovic, em jogo grande, NUNCA pode ser suplente! Ele pode não durar mais que uma hora, pode até nem render 45 minutos, pode não ter motivação para outros jogos, mas é o jogador com mais futebol nos pés e, acima de tudo, na cabeça. Só um jogador tem um futebol da sua dimensão dentro da cabeça: Petit (apesar dos pés falharem de vez em quando). Vimos durante mais de uma hora um miudo que andou perdido, sem saber bem o que fazer, se fechar o meio campo, se subir com a bola. Foi um miudo que, ainda há bem pouco tempo, andou fora das opções de Trappatoni (até ao dia em que renovou contrato). Este foi outro pormenor que decidiu o passado recente do Benfica. Tenho outro: Miguel, o que se passa com o melhor lateral do europeu (para alguns)? Só há 2 respostas possíveis: uma é que anda com a cabeça no Newcastle e anda triste como o Ricardo Rocha. Mas, se anda triste, porque não ficou de fora? Ou Ricardo Rocha ficou mesmo de fora por ser o terceiro central para Trappatoni (espero sinceramente que não!). A segunda hipótese é não ter características de lateral e estas lacunas ficarem mais expostas nos jogos grandes. Não é possível um defesa jogar tantas vezes na “queima” e colocar-se á frente do extremo/avançado. Miguel deu dois golos ao Anderlecht. Eu vou mais pela segunda hipótese. Já agora, porque não falar de Quim? O guarda-redes relâmpago que é tão rápido que, quando o avançado remata, ele já se está a levantar da estirada inútil que fez. Foi assim com Quaresma (aceitável) e com Aruna (ridículo!). O remate de Aruna é na linha de grande área. Quim é o terceiro guarda redes do Benfica (não sabe jogar com os pés, chuta para onde está virado, não sabe fazer uma mancha, é pequeno, não sabe saír a um cruzamento, não sabe agarrar uma bola, não faz, não tem e não, não e não) e não faz sentido Trappatoni ter apostado nele. Isto porque Trappatoni disse que daria uma oportunidade a Quim, (ou seja, o lugar inicialmente era de Yannick que foi defendido pelo treinador depois do jogo da primeira mão). Nessa oportunidade dada, o Benfica perdeu, Quim não brilhou, nem fez boa exibição (defendeu alguma bola?), por isso o lugar deveria ser de Yannick (voltamos à questão da experiência). Como fica Yannick perante esta situação? Só mais 2 referências: Paulo Almeida (seria melhor explicar-lhe que o campo não é 50 por 20 metros, é 100 por 60!) e Geovanni. Será que é possível não perceber que Geovanni está fora de forma, sem confiança e apático. Que opção foi ele para este jogo? Pura e simplesmente, não foi...Só mais uma pergunta: Se Aruna era o jogador mais possante e perigoso nas bolas paradas, porque é que não foi Luisão que o marcou? Mais um pequeno pormenor...com tantos pequenos pormenores, estranho é só terem sido 3-0...


P.S. - Quanto a Trappatoni, parece a selecção olímpica...anda de olhos fechados. E Álvaro tem a missão de os abrir. Parece que já ouvi esta história aquando da passagem de Waseige pelo Sporting...
Bolas, lembrei-me de outro pormenor...o lateral esquerdo do Anderlecht (o loirinho) é mais lento que o Geovanni fora de forma. Porque será que não aproveitámos, em condições, essa lacuna do adversário? É melhor desligar o computador, isto tudo pode deixar de ser apenas pormenores...

Comentários:
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Confesso que quando me sentei em frente ao televisor, pensei: "Isto vai ser rápido. Em poucos minutos o Benfica marca um golo e arruma a eliminatória, até porque a equipa de um treinador que faz da segurança defensiva o seu cartão de visita, nunca poderá sofrer 3 golos".
Vi com alguma admiração o onze inicial do Benfica, porque não contava com a titularidade de Manuel Fernandes, enquanto que a de Carlitos já me parecia mais lógica: João Pereira está completamente em baixo de forma, e Geovanni agora é número 10, ou parece que dada a veia goleadora de Zahovic já não é, mas como o Zahovic ficou no banco, se calhar já é outra vez, mas como o Carlitos jogou mal, se calhar vira à direita... Enfim, é o Paulo Portas do plantel do Benfica: Ninguém sabe muito bem o que é, está lá e pronto.
Outra dúvida pertinente, é a a ausència de Ricardo Rocha, mas para quem e lê as opções de um treinador, o facto é que não espantou. Mas penso que depois deste jogo, Trap já terá esgotado a sua paixão por Argel, até porque os media querem a sua cabeça (ainda mais que o Dindane).
O jogo começou e o Benfica até entrou bem. Simão parecia querer voltar aos bons jogos, o Miguel acertava com a marcação ao Wilhelmson, o Mpenza fugia ao Dos Santos, mas não fazia mal, porque ninguém lhe liga nenhuma, nem sequer o árbitro (2 penaltys por assinalar: Dos Santos e Petit... Nenhum árbitro acredita ser necessário recorrer à falta para o travar), o prórprio Carlitos havia entrado bem no jogo, com algumas oportunidades de golo (convém não esquecer que é um miúdo, que tem 0 jogos de superliga, mas ainda assim é a melhor opção para o lado direito... o plantel não estará assim tão forte como se apregoa) e com movimentações constantes.
De repente, tudo se esfumou! Veio o primeiro golo, fruto de uma jogada aérea, em que a bola sobrevoa uma defesa que tem um jogador com quase 2 metros e outro super agressivo... Golo na mesma, porque altura e agressividade por si só não fazem um bom central (as duas juntas, já valem qualquer coisa).
A seguir ao golo o Benfica até encostou o Anderlecht lá atrás, mas aí veio ao de cima outra pecha da equipa: o ataque é do mais previsível que há. Toda a gente sabe o que vai acontecer, e a que velocidade vai acontecer. Só quando Zahovic entrou é que me lembro de ter dito :"Epá, este movimento foi inesperado...". As oportunidades de golo não apareceram, ainda que até ao intervalo, o domínio estivesse lá.
Segunda parte, e o intervalo fez mal... Não sei o que o Trap terá feito ou dito ao intervalo, mas não funcionou. Foi tudo demasiado mau! O domínio desapareceu, as oportunidades de golo apareceram mas na baliza errada!! Dindane fez a festa, o Benfica passou a defender ainda pior do que atacava (difícil, atenção que é muito dificil), e aquelas substituições... A perder, e a precisar de fazer um golo, não se compreende a substituição de um extremo por outro (que não é extremo, mas já é, aquela rábula de há pouco), e depois já com 10, e com o trinco a jogar no centro da defesa, subsitui um central (o tal trinco, que havia sido recuado) e mete outro!! E o ponta de lança ficou no banco... O Benfica devia a si próprio ter tentado ganhar o jogo (leia-se, a eliminatória) e jogar com 3 defesas (de igual para igual atrás) e com a carne toda no assador (2pontas, 2 extremos, um nº 10 e um trinco). Mas não... Benvindos à Taça Uefa...
 
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