segunda-feira, agosto 09, 2004

Benfica_2

A 2 dias do início da época oficial do Benfica, já se pode fazer um balanço concreto de tudo o que se passou para trás. O Benfica começou a sua preparação com os seus jovens e caras novas a estagiar na Suiça. De fora ficaram os "europeus", ou seja, mais de metade da equipa-base. E começou bem, a ganhar, sem sofrer golos (Carouge, Saragoça e Marselha), até que o plantel ficou completo. E desde aí o Benfica não ganhou. Empatou com o Real e com o Braga. A produção dos "europeus" até nem foi má, mas Trappatoni já levantou um bocadinho o véu do que vai ser o Benfica deste ano: muito táctico, defesa sólida, meio campo de músculo e grande distanciamento entre a linha média avançada e o(s) ponta(s) de lança. Trappatoni não pôde, praticamente, testar 2 avançados, por isso utilizou quase sempre uma linha de 5 médios com 4 deles a fazer pressão na linha de meio campo. Assim, na baliza, Moreira parte em vantagem, apesar de estar de fora durante 3 ou 4 jogos iniciais. Na defesa, a concorrência apenas existe no lado esquerdo da defesa, os restantes lugares parecem preenchidos (Miguel, Luisão e Ricardo Rocha). A primeira opção de banco parece passar sempre por Amoreirinha (tanto para a direita como para o meio). No meio campo, Paulo Almeida tem jogado como trinco único e Petit mais à frente. Se quiser ser ousado, Trappatoni tira Paulo Almeida e recua Petit, dando mais criatividade com Bruno Aguiar e Manuel Fernandes. Nas alas Simão e Geovanni parecem ser as primeiras apostas, estando João Pereira e Carlitos em segundo plano. Depois, a dúvida habitual: Zahovic nas costas de Sokota (ou Nuno Gomes) ou Sokota com Nuno Gomes na frente? A grande incógnita passa pelas lesões. Mantorras está fora e não vale a pena contar com ele, Alcides chegou lesionado, Nuno Gomes está lesionado desde o Euro, Geovanni já teve uma lesão muscular, Everson vem com fama de lesionado...Mais uma vez o plantel do Benfica é curto e incompleto e a condição física parece que nunca é a melhor. A dupla Vieira-Veiga não foi capaz de contratar um grande nome e os jogadores que chegaram não oferecem grande credibilidade para fazer a diferença. Amoreirinha é muito jovem, Paulo Almeida muito pesado, Carlitos desiquilibrador mas, por vezes, inconsequente, Karadas não aparenta ser grande matador. Assim, só a prata da casa é que poderá trazer de volta o título ao Benfica, não os novos reforços. Trappatoni começará por apostar só num ponta-de-lança mas, assim que consolidar o sector recuado, poderá avançar para 2 opções de ataque. O sangue novo deste Benfica são os jovens (Miguel, Amoreirinha, Bruno Aguiar, Manuel Fernandes, João Pereira), mas como Trappatoni disse, falta-lhes matreirice. E essa matreirice são poucos os jogadores do Benfica que a têem: Zahovic, Sokota, Argel (mas falta-lhe a qualidade) e Simão e Petit (só às vezes). O Benfica tem, este ano, a melhor hipótese de chegar ao título dos últimos 10 anos. Não por demérito do Benfica dos últimos 2 anos (somou mais de 75 pontos) mas porque o Porto está (muito) mais frágil e o Sporting parte da mesma posição, apesar dos seus reforços serem melhores. Contudo, o seu balneário encontra-se algo fragilizado. Frente ao Anderlecht, não se poderá aceitar outro resultado que não o apuramento para a Liga dos Campeões. E a conquista da Supertaça (se bem que não muito importante) torna-se quase obrigatória dada a ausência de jogadores importantes no Porto e a instabilidade devido à saída de Del Neri.

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