quinta-feira, maio 22, 2008

Machester United : Campeão Europeu

O Manchester United conquistou ontem em Moscovo a Liga dos Campeões, vencendo o Chelsea nos penáltis por 6-5, depois do 1-1 nos 120 minutos. Cristiano Ronaldo marcou o primeiro golo aos 26 minutos, mas Frank Lampard marcou pelo Chelsea, empatando a partida antes do intervalo.

Ronaldo, com o golo inaugural confirmou o estatuto de melhor marcador da prova (oito golos), ao qual poderá juntar a Bola de Ouro de melhor marcador dos campeonatos europeus (encerrou a época com 42 golos), e pode celebrar com Carlos Queiroz, técnico-adjunto do escocês Alex Ferguson, e Nani, que também foi chamado a converter um dos penaltis (concretizou o 4-4).

Foi, um jogo extremamente emotivo, com o Manchester United, cuja última vitória na “Champions” remontava à época de 1998/99, a ser mais feliz nos penáltis.

A primeira parte começou com grande equilíbrio, mas foi o Manchester United a equipa que primeiro mostrou maior dinâmica atacante. Com marcações muito rígidas de parte a parte, coube a Cristiano Ronaldo pegar no jogo e dar os primeiros sinais de inconformismo. À passagem do quarto de hora de jogo, o extremo português protagonizou duas arrancadas à sua maneira, que deixaram em sentido a equipa do Chelsea, que recuou no terreno. Recuo esse que haveria de ser fatal, aos 26 minutos, quando Ronaldo aproveitou um excelente cruzamento de Brown para, superando Essien nas alturas, rematar de cabeça e fazer o golo inaugural.
Em vantagem no marcador, o Manchester United carregou e, durante dez minutos, o Chelsea pareceu perdido em campo. Apenas aos 34 minutos, Ballack dispôs de uma oportunidade soberana, mas Van der Saar evitou o golo do empate. Em vez de se amedrontar, o Manchester logo respondeu e, na jogada seguinte, foi a vez de Cech ser decisivo, evitando, com duas defesas impressionantes, o golo de Tevez e Carrick. Aos 42, foi outra vez Tevez a desperdiçar, chegando tarde a um cruzamento de Rooney. O Manchester parecia uma autêntica máquina de jogar futebol e aquele trio de ataque baralhava completamente o Chelesa.
Mas quem não marca arrisca-se a sofrer e foi o que aconteceu à equipa de Alex Ferguson. Após um ressalto, Lampard apareceu solto na área e, a um minuto do intervalo, restabeleceu a igualdade no marcador. Era uma injustiça brutal.
Mas um golo pode mudar tudo e na prática foi isso que aconteceu. O Manchester abanou por tudo o que é lado e o Chelsea ganhou uma confiança que ninguém pensou ser possível.
Assim, no segundo tempo, a equipa de Avram Grant entrou melhor no jogo. Mais seguro a defender e dominando as operações a meio-campo, o Chelsea anulou o jogo do adversário e foi conseguindo criar sempre mais perigo. Com Essien mais concentrado na marcação a Ronaldo e a subir muito no terreno, os azuis de Londres quase chegavam ao golo, em três remates de longe de Essien, Ballack e Drogba (que jogador! De muito longe o melhor ponta de lança do mundo), este último a embater no poste esquerdo da baliza à guarda de Van der Saar.
Ferguson demorou, mas mexeu na equipa, fazendo entrar Giggs para o lugar do esgotado Scholes. Jogavam-se os últimos minutos do tempo regulamentar, mas foi a tempo de estancar a superioridade do Chelsea, fruto da passagem de Hargreaves para a zona central de terreno. Já o fraquinho Grant, optou por mexer na equipa apenas no prolongamento, fazendo entrar Kalou para o lugar de Malouda.
Ainda assim foi o Chelsea a voltar a entrar melhor, com Ballack a rematar à trave, logo aos 94 minutos. Mas o Manchester United respondeu de pronto, numa jogada rápida de Ronaldo, que surgiu na direita nesta altura do jogo. Aos 101 minutos, foi a vez de Giggs estar à beira de marcar, valendo ao Chelsea um corte providencial de Terry.
Os dois treinadores apostavam no ataque, fazendo entrar Anelka, no Chelsea, e Nani, no Manchester, mas era esta a equipa que voltava a mandar mais no jogo, muito por causa do «estoiro» físico de Makelele, que pouco podia contra a maior pujança de Carrick e Hargreaves. Esse estoiro aliado à péssima decisão de por Anelka na direita deu cabo do Chelsea.Percebendo isso, na segunda parte do prolongamento, recuou e adoptou uma toada de maior contenção, apostando a velocidade de Kalou e Anelka e nos lances de bola parada. Mas tudo caiu por terra, quando Drogba viu o cartão vermelho por agredir (??))Vidic, num aglomerado de jogadores em que os atletas do Chelsea protestavam com o facto de Tevez ter devolvido uma bola para uma zona perigosa para a equipa de Londres.
Com apenas dois minutos por jogar, nenhuma das equipas teve tempo para mudar o rumo da partida, que teve de ser resolvida através da marcação de grandes penalidades. Aí, começou por falhar Ronaldo (mais uma vez, após o falhanço na meia-final, em Camp Nou). Depois, Terry, o mítico capitão do Chelsea (com que hoje em dia embirro profundamente após a traição a José Mourinho), escorregou no momento em rematava o penalti decisivo. Finalmente, Anelka rematou fraco, permitindo a defesa de Van der Sar.

Venceu no fundo aquela que é hoje em dia a melhor e mais forte equipa do mundo e que conta com o melhor jogador do mundo. Com esta vitória por certo, Ronaldo será certamente aclamado com o melhor. Algo que certamente não aconteceria se Terry tivesse marcado o penalti da vitória. Seria cruel. Muito cruel, mas estou convencido que Ronaldo seria crucificado e tudo o que de tão bom tem feito seria relegado para segundo plano. Futebol as vezes é tão injusto!

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terça-feira, maio 20, 2008

Balanço 07/8_ Parte2


Analisando o Benfica e tendo em conta a expectativa criada com os reforços do verão podemos considerar que foi uma época de desilusão. O presidente prometeu uma série de grandes jogadores para colmatar a saída de Simão Sabrosa e a aposta no treinador Fernando Santos (apesar de já estar muito fragilizado pelos adeptos). O directo desportivo Veiga voltou ao SLB após problemas com a justiça e acompanhou algumas contratações (Bergessio foi uma delas). O Presidente aumentou a pressão no treinador quando disse que era a melhor equipa do clube dos últimos 20 anos. A época começou e o treinador foi despedido e substituído pelo regrssado Camacho. Lutas internas, dispensas e contratações que pouco ou nada aumentaram a qualidade das alternativas foram determinantes para a saída pelo próprio pé do Espanhol. Apesar de tudo a equipa sempre esteve no 2º lugar até que estranhamente teve uma quebre acentuada e acabou em 4º lugar, apesar de a 3 pontos do 2º.
Na taça da liga foi eliminado pelo vencedor Setúbal e na Europa pela sensação Getafe. Na taça de Portugal foi humilhado pelo Sporting e os 5 golos sofridos em 25 minutos nunca foram bem digeridos pelos adeptos e pelos responsáveis do clube.
. O futuro? Tendo em conta que eciste muita indecisão e poucas certezas (apenas que Rui Costa abandonou e se tornou director desportivo e que Leo renovou) a lista de transferíveis aumentou após o campeonato (Luisão já sabe que está nela) e dos 3 grandes é aquele com maior incerteza.

Equipa tipo: Quim; Nélson, Léo; Luisão; Katso; Petit; Rui Costa; Rodriguez; Di Maria; Cardozo e Nuno Gomes.

Destaques: Rui Costa, Quim e Rodriguez.

Das restantes equipas destaca-se o Marítimo pelo final de época interessante e pelo seu treinador experiente, o Belenenses com a afirmação do seu treinador Jorge Jesus e com os jovens Rolando, Ruben Amorim e Wendel em alta, o Setúbal vencedor da taça da liga e com o grande Carvalhal a encontrar finalmente um clube onde estabilizou os seus métodos de trabalho e a sua filosofia de jogo, acompanhado por os destaques Eduardo, Pitbull e Auri e pelo orçamento mais baixo da Liga a par do Paços de Ferreira.
O Braga foi uma desilusão. A influência do presidente, a falta de apoio da cidade ao clube e as contratações pouco pensadas tiveram influência negativa no rendimento da equipa e nunca chegou a ser explorado o seu potencial. O Nacional ficou na história por ter ganho expressivamente no dragão e também pelo seu treinador ter tentado a pancadaria com Cajuda.
O Boavista começou com um plantel muito desiquilibrado e sem soluções de qualidade. Após alguns reforços estabilizou e os problemas financeiros, o abandono cobarde do presidente e o apito final fizeram desta época uma para esquecer. Teoricamente está despromovido, veremos na prática.
Naval, Académica
e Estrela fizeram um campeonato tranquilo e sem grande destaque excepto a troca de capitão e treinador na Naval, a vitória na luz da Académica e a revelação da 1ª volta Helder Barbosa e os salários em atraso e a capacidade do Faquirá no Estrela.
O Leixões esteve até ao último minuot na 2ª divisão numa luta que aparentemente não interessa. Foi o rei dos empates e despediu o treinador. Jorge Gonçalves tem futebol para outros voos.
O Paços de Ferreira continua a fazer um trabalho sério com poucos recursos e ter ido à UEFA poderá ter tido os seus custos a nível desportivo. Joga bom futebol e isso é sempre de dar mérito apesar de defensivamente falhar quase sempre.
Por fim o Leiria que foi a pior equipa de que tenho memória. teve o seu ponto alto da época quando goleou o SCP no rescaldo da taça de portugal. A 2ª liga acenta-lhe bem.

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Contagem decrescente

Mourinho deu a si mesmo 15 dias para arranjar clube. Numa altura em que Ancelotti, Mancini, Schuster, Guardiola, Ranieri e Ferguson estão seguros, para onde irá Mourinho?

segunda-feira, maio 19, 2008

Balanço 07/08_ Parte 1

Em final de época creio que vale a pena fazer um balanço do que se passou a nível nacional na Supertaça, Bwin Liga, Taça da Liga e Taça de Portugal.

A época 2007/08 começou com uma vitória do Sporting frente ao Porto por 1-0 através de um golo do estreante Ismailov num jogo onde o domínio do FCP foi evidente. A capacidade de suster a já bem oleada máquina portista tinha dado frutos e os pupilos de Paulo Bento saiam com o primeiro título na carteira.

Analisando precisamente o campeão nacional Porto e tendo em conta a expectativa criada com os reforços do verão podia pensar-se que as saídas de Pepe e Anderson não tinham sido bem colmatadas… puro engano. Na verdade os reforços nunca o foram (Bolati, Kaz, Lino, Mariano Gonzalez, Leandro Lima, Stepanov, etc.) e o “retornado” Tarik foi de facto decisivo. Creio que o sucesso interno se deve precisamente a ter beneficiado de ter mantido o 11 da época passada, entrando apenas Pedro Emanuel (que fez esquecer Pepe) e Tarik. Foi sem dúvida a equipa mais equilibrada e naturalmente ganhou o campeonato tranquilamente. Em 4-3-3 muitas vezes transformado num 4-1-2-2-1, foi o individualismo que fez a diferença. Nas restantes competições ficou um pouco aquém do esperado. Eliminado da Taça da Liga pelo Fátima, na Liga dos campeões pelo Shalke e perdeu a final da taça sem ser a equipa que todos esperavam. O futuro? Tendo em conta que alguns jogadores sentem que o seu ciclo no Porto chegou ao fim (Bosingwa foi o 1º) tudo dependerá das restantes vendas, porque o dedo de Jesualdo nesse aspecto não se tem mostrado muito feliz e qual será o efeito apito final/ dourado nesta equipa e neste clube.

Equipa tipo: Helton; Bosingwa, Fucile; Bruno Alves e Pedro Emanuel; Paulo Assunção, Raul Meireles e Lucho; Tarik, Quaresma e Lisandro Lopes.

Destaques: Lizandro, Bosingwa e Quaresma.

A época do Sporting teve sempre manchada com críticas. O verão foi activo em entradas e saídas do clube, nomeadamente em peças muito importantes na equipa principal – Ricardo, Nani, Caneira (retornou do empréstimo) e Tello nunca foram, ao nível do rendimento da equipa, colmatadas na totalidade. Na baliza Stoijkovic e Rui Patrício sempre foram mais problema que solução. Na esquerda apenas Grimmi disfarçou a posição – Ronny e Had nunca convenceram. Na direita Abel fez uma época muito oscilante e não passou por ele quem não quis. Os centrais mostraram o entendimento habitual e a lesão de Polga foi prejudicial no rendimento da defesa. Gladstone nunca se mostrou alternativa completa. Época fraca de Veloso (gordo) e Moutinho (a pior no SCP). Penso que Romagnoli fez uma boa época apesar do fraco rendimento da equipa. Ismailov para mim é a surpresa positiva pois absorveu bem o que o treinador lhe pediu e acabou a época em grande. Vuckcevic mostrou que tem muita qualidade e potencial, apesar de ser um pouco individualista. Liedson destacou-se mais pelo trabalho de equipa do que pela quantidade de golos. A equipa foi prejudicada pelo facto de Derlei se lesionar com gravidade mas beneficiou do regresso de Yanick.

Apesar de algumas desilusões (rendimento de alguns jogadores, eliminação da Taça UEFA e da Champions) conseguiu ficar com o 2º lugar (acesso directo à champions), a supertaça e a taça de Portugal.

O futuro? Segundo o presidente existem condições para manter as pedras fundamentais e contratar alguns jogadores de qualidade. Acredito que M. Veloso vai sair (tenho um passarinho que me diz que está vendido para o Man Utd) e a contratação de jogadores do nível de Roca poderão fortalecer a equipa.

Equipa tipo: Rui Patrício; Abel, Grimmi; Polga; Tonel; M. Veloso; Moutinho; Ismailov; Romagnoli; Vuckevic e Liedson.

Destaques: Tonel, Romagnoli e Ismailov.

A época do Guimarães foi sem dúvida surpreendente. A equipa subiu de divisão, manteve as peças chave e reforçou-se com jogadores desconhecidos (2ª divisão francesa maioritariamente). Cajuda soube sempre gerir a pressão mesmo quando lhe partiram a perna num treino mais animado.

Potenciou alguns jogadores jovens e liderados pelo capitão da equipa conseguiram um feito histórico para a cidade e o clube – a 3ª pré eliminatória da Champions.

O futuro? Depende de muitos factores – se o SCP e o SLB fazem um campeonato fraco, se as saídas não forem bem colmatadas e principalmente se esta equipa consegue conviver com a pressão de “já ter lá chegado”.

Equipa tipo: Nilson; Andrezinho, Luciano Amaral, Danilo e Geromel; Flávio Meireles, Desmarets, Fajardo, Ghilas e Alan; Mrdakovic.
Destaques:
Geromel, Ghilas, Cajuda.

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sábado, maio 17, 2008

Os 23 de Scolari

Sabíamos que a base da Selecção estava feita.
Ricardo e Quim eram intocáveis, ficava a dúvida (mínima) entre Rui Patrício e Eduardo. A escolha foi acertada.
Na defesa, os centrais estavam já definidos há muito depois da lesão de Jorge Andrade mas nas laterais havia a dúvida: Paulo Ferreira, Caneira ou Jorge Ribeiro, um deles teria de ficar de fora. Pensando que Miguel e Bosingwa não precisam de mais ninguém para lhes fazer concorrência e Jorge Ribeiro fazia falta pelo facto de ser canhoto, recaír sobre Paulo Ferreira e não em Caneira parece-me também uma escolha feliz.
No meio campo residiam as principais dúvidas: de 5 vagas, sabia-se que Petit e Deco eram intocáveis (apesar das épocas irregulares). Maniche e Moutinho pareciam ter vantagem sobre Meireles e Miguel Veloso mas foi Maniche a ficar de fora numa decisão estranha mas que apenas se justifica por uma má decisão de Maniche em ter ido para o Inter. Deixar Maniche de fora roubar-nos-á poder de remate e um claro box-to-box. Levar Meireles e Moutinho dar-nos-a maior consistência e segurança na transição apesar da menor experiência de ambos. Decisão muito difícil mas aceitável.
Nas alas nem dúvidas existiam: Nani, Quaresma, Simão e Cristiano Ronaldo são, neste momento, intocáveis.
Por fim, na frente. Hugo Almeida e Nuno Gomes eram certezas, haveria que decidir entre Postiga ou Makukula. A escolha terá sido pelo hábito de presença noutras ocasiões (Euro-04 e Mundial-06), se bem que o poder físico de Makukula poderá fazer falta.

E tu, consideras injusta alguma decisão ou estás a 100% com o Seleccionador Nacional?

Harry Redknapp

Este é um daqueles treinadores que, creio, poucos lhe dão o devido valor. Quem o vê no banco parece que está a ver um tipo cheio de tiques e hábitos estranhos. É esquisito, bem sei. Ora, Harry Redknapp até podia ser conhecido por ser o tio de Frank Lampard, ou o pai de Jamie Redknapp, mas é-o pelo facto de realmente ser bom treinador e de dar provas de qualidade sendo, para além do mais, imensamente respeitado em Inglaterra apesar de em 2006 ter estado envolvido num processo relativo a um escândalo de aliciamento a um jogador do Blackburn. Algo que não ficou provado.
Hoje, Harry Redknapp ganhou pela primeira vez uma competição inglesa e logo a FA Cup levando o seu Portsmouth a derrotar na final o Cardiff por 1-0. Até hoje, o facto de maior relevo de Redknapp tinha sido levar o West Ham à vitória na Intertoto numa altura em que tinha no plantel Rio Ferdinand, Di Canio, Joe Cole, Michael Carrick e...Lampard. Fica assim o prémio a quem o merece.
PS - Comparo muito Redknapp a Cajuda. Forte personalidade, muitas vezes incompreendido, poucos ou nenhuns triunfos, mas uma personagem divertida!

domingo, maio 11, 2008

Rui Costa


Os cerca de 55 mil espectadores que se deslocaram à Luz até terão ido com a esperança de ver a equipa aceder à pré-eliminatória da Liga dos Campeões, ou alguns até terão sonhado que chegariam ao 2º lugar pelo facto do agora relegado Boavista pudesse inspirar-se por arte e obra do destino e travado o Sporting mesmo ali do outro lado da 2ª Circular, mas a grande maioria dos benfiquistas foram à Luz com uma missão: dizer adeus ao jogador mais especial dos últimos 30 anos que passou no seu clube do coração. Rui Costa encarna o espírito do jogador à antiga: devoto ao seu clube, acarinhado pelos sócios, humilde no trato, companheiro dentro de campo, reconhecido como tal pelos amantes do futebol, sem cores, nem facciosismos.


Rui Costa despediu-se hoje dos relvados que ficam mais pobres porque teve uma carreira exemplar recheada de troféus, mais emocionais do que taças, é um facto, mas o futebol que eu conheci e aprendi a amar há cerca de 20 anos era isso mesmo: a emoção de ver os nossos ídolos (na maioria nacionais) vestirem a camisola do nosso clube. E era vê-los representar as nossas cores nos grandes palcos europeus acompanhando os relatos pela rádio. Enfim, sinto-me nostálgico porque é assim que Rui Costa me faz sentir...porque me faz olhar para trás e vejo que sai de cena um dos últimos gentleman's do futebol. Rui Costa sempre soube estar, sempre teve aquele "savoir-faire" de quem tem pés de luxo e cabeça em cima dos ombros.

Quem não se lembra do penalty contra o Brasil no Mundial sub-20? E do golo do meio campo, em noite de chuva, à Irlanda que nos permitiu chegar ao Euro-96 (e estava tão complicado)? E daquele golo à Inglaterra em 2994 no jogo mais louco da nossa história? Todos factos ocorridos no seu estádio de sempre, estádio esse do qual se despede hoje, como o jogador do ano, tendo-lhe faltado apenas um triunfo no regresso (esta época feita o ano passado implicaria ganhar algo).

Muito obrigado Rui por tudo o que deste ao futebol português!

sábado, maio 10, 2008

Editorial

O Controvérsias pediu muito que chegasse este momento. Realmente não acreditou que fosse possível mas pediu, sonhou e realizou-se. Este primeiro editorial é escrito depois de conhecermos as decisões da Comissão Disciplinar da Liga relativamente ao caso-Apito Dourado. Deste caso, resultaram os seguintes castigos aplicados, por unanimidade, por ocorrências durante a época de 2003/2004:
Augusto Duarte (árbitro) - 6 anos de suspensão por corrupção consumada ao receber 2500 euros na casa de Pinto da Costa 2 dias antes de apitar um jogo do Porto.

Martins dos Santos (árbitro) - 3 anos de suspensão (já retirado)

Jacinto Paixão (árbitro) - 2 anos de suspensão (já retirado)

Pinto da Costa (dirigente desportivo Porto) - 2 anos de suspensão por corrupção tentada a Augusto Duarte.

FC Porto - 6 pontos a menos (3 por favores sexuais a Jacinto Paixão, 3 por oferta monetária a Augusto Duarte).

João Loureiro (dirigente desportivo Boavista) - 4 anos de suspensão por coacção a Elmano Santos e Paulo Januário.

Boavista - descida de divisão por coacção a Elmano Santos e Paulo Januário.

João Bartolomeu (dirigente desportivo União Leiria) - 1 ano de suspensão.

União Leiria - 3 pontos a menos.


Se calhar, para muitos, estes castigos são leves e culpabilizam de forma insuficiente aquele que, para muitos, é o maestro desta orquestra. Valentim Loureiro passa incólume nestes castigos. Depois, a diferença de tratamento a Boavista e Porto, prontamente justificada pelas diferenças na aplicação das leis de coacção e corrupção. A primeira implica automaticamente descida de divisão, a segunda necessita de ver provada a oferta, pedido e prova dentro do campo de benefício ao corrupto o que não se verificou nos jogos apitados por Jacinto Paixão e Augusto Duarte.

A todos aqueles que se sentem injustiçados pelas penas aparentemente leves o Controvérsias relembra-lhes que, há um ano atrás, era impensável chegarmos ao dia de hoje com o Boavista na 2ª divisão por corrupção activa...

Assim, é com enorme orgulho que dizemos hoje: "Fez-se justiça!"


ps - a partir de agora, é também possível chamar corrupto a João Loureiro, Pinto da Costa e João Bartolomeu porque ficou provado que o são. E que, em relação a isso, já não há volta a dar...

quinta-feira, maio 08, 2008

O Regresso de Eriksson

Parece confirmado: Eriksson volta à Luz!! Depois de duas passagens de muitos sucessos pelo Benfica (tendo inclusive ido a uma final da Taça UEFA e a uma da antiga Taça dos Campeões Europeus). Treinou também em Itália a Roma, a Fiorentina e Lazio onde ganhou a Taça das Taças. Foi também o treinador da seleção inglesa de 2001 até a final da participação da equipa no Campeonato do Mundo de 2006.

Regressa ao Benfica numa fase pouco vitoriosa da sua carreira. Mas é um excelente treinador. Dos melhores a nível mundial. Pessoalmente sou um grande adepto e já este ano fiz um post sobre Eriksson, realçando o seu excelente trabalho no Manchester City e onde curiosamente este fim de semana os seus adeptos se manifestaram efusivamente contra a sua saída.
Má noticia para eles, óptima para nós! Confesso que nunca acreditei muito que ele voltasse. Isto apesar de o sueco ainda ter casa em Portugal e ter uma série de investimentos no Algarve (por caso bem perto do local onde trabalho).
A qualidade está lá. É um treinador de prestigio, classe, um metódico, um estudioso do futebol e que não vai lá com aquelas conversas só da mística. Finalmente um grande treinador!

A meu ver apenas 2 questões se colocam: virá com a motivação necessária????? Ou foi só para procurar o bom tempo e rentabilizar os seus investimentos???? A outra questão prende-se com a relação com o futuro director desportivo, ou seja, Rui Costa, o qual no fundo é o responsável pela sua escolha mas que no entanto passa agora a ser o seu superior hierárquico. Dantes era um dos meninos de Rui Costa. Agora é seu subordinado!

Outra questão tem a ver com o futuro modelo de jogo: ao que se diz, Rui Costa queria um treinador que implementasse o 4-3-3. Ora eu do que conheço de Eriksson, o seu modelo de jogo é o 4-4-2!

quarta-feira, maio 07, 2008

Pezinhos de Coentrão

Fábio Coentrão foi o Homem do Jogo na derrota do Porto por 3-0 frente ao Nacional. O internacional sub-20 português marcou dois golos no Estádio do Dragão e diz que têm «um significado muito grande».

O esquerdino mais parece ter bailado a salsa com uma deliciosa exibição no Dragão, culminada em dois belíssimos golos, o primeiro resultante de um potente remate com o pé esquerdo e o segundo festejado na sequência de um esplendoroso "chapéu" tirado com o pé esquerdo.


«Chegar aqui e espetar 3-0 não é fácil», salienta Coentrão, reparando que o Dragão «não é um estádio qualquer» e realçando assim o triunfo da equipa madeirense e logo a sua prestação.


O atleta foi o único a conseguir "bisar" no relvado portista nesta temporada e entende que isso «é bom» para o seu futuro. «Os dirigentes do Benfica estão atentos ao meu trabalho», repara o avançado que está no Nacional por empréstimo do clube da Luz.


Talvez Rui Costa (o futuro director desportivo), face à noite de Coentrão ante o FC Porto, não hesite em fazer regressar o vila-condense à casa-mãe, apesar de Fábio ter tudo aquilo que é necessário para errar na Luz. Conforme assume no site da Gestifute (empresa que o representa), Coentrão elege o Porto como a cidade favorita e o verde como a cor predilecta. Enfim, será uma maneira como outra qualquer de recomeçar na capital uma carreira com o pé esquerdo.

Jogar num grande, requer capacidades que vão para além do talento com os pés. Aguentar a pressão, saber conviver com a crítica e ao mesmo tempo saber conviver com o elogio e não pensar que se é mais um Luís Figo, não é para qualquer um. Coentrão tem talento nos pés, é um jogador com tremendo potencial, mas precisa de tempo, precisa de acompanhamento. Normalmente no Benfica não se dá tempo a ninguém. Querem-se resultados para o imediato, para ontem!
Fábio, chegou com a carga, com o fantasma de Simão e chegou com uma enorme onda de “ressabiados” do outro lado da 2ª circular, que não o poupam por quase ter assinado pelo seu clube, sobretudo após o mesmo ter publicamente confessado a cor do seu coração. Do outro lado passou da 2ª circular, passou de um belo talento a um banal jogador. Mas lá diz o ditado: “quem desdenha quer comprar!”

Ao futuro treinador e restante estrutura do futebol profissional, espero que acompanhem, apoiem e disciplinem este jovem, talentoso e promissor jogador, por a forma não acontecer o que aconteceu com tantos jovens e prometedores jogadores que se perderam com o esplendor da fama a uns, a carga de promissores a outros, ou ao descambar perante as primeiras criticas a outros.

segunda-feira, maio 05, 2008

O amor europeu pelo jogo

Ano após ano as competições europeias demonstram o seu significado. De um lado a Liga dos Campeões onde se joga pelo dinheiro e prestígio, do outro a Taça UEFA onde se joga pelo prazer de jogar futebol. Acredite-se ou não, é assim que funciona. Senão vejamos:
Nos últimos anos as finais da Liga dos Campeões premiaram equipas tacticamente defensivas, excepto no ano do Barcelona-Arsenal (2-1). Milan-Juventus (0-0), Liverpool-Milan (3-3 em 2004/2005 e 1-2 em 2006/2007) foram tristes vencedores e finalistas. De boa memória só mesmo o Porto de Mourinho em 2003/2004.
Em relação à Taça UEFA, esta deu-nos a conhecer equipas que praticaram bom futebol: Em 2004/2005, o Sporting de Peseiro, o CSKA com Daniel Carvalho e Wagner Love, o AZ Alkmaar de Co Adriaanse, em 2005/2006 o Steaua de Dica e o habitual nestas andanças, o Sevilha que repetiu a dose no ano seguinte com o Espanhol de Valverde. Foi melhor acompanhar a UEFA do que a Champions, mesmo apesar da diferença na dimensão dos palcos, dos nomes, das estrelas...mas o prazer de jogar futebol foi visto na UEFA e não na Champions. Confirmas?

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